Capítulo Doze

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A porta foi aberta com certa brutalidade, eram mais de nove horas da noite. Quem era o desmiolado? Desci as escadas para ver quem era, já que estava em meu quarto passando a pomada nas cicatrizes dos meus braços. Olhei ao meu redor e não avistei ninguém. Mas vi que a luz de onde ficava o forno estava acesa. Jurava que havia apagado, pensei. Quando fui apagar, fui abraçada por trás por dois braços morenos. Não acredito.

— Olá, Paris. Como vão? Me chamo Alya Césaire e este é o The Noite com Marinette! – ela começa a me rodar enquanto Nino e Adrien apenas riem da situação e da minha cara de susto.

— Cheguei a conclusão de que você é estranha. Como não percebi isso antes? – indaguei saindo de seus braços.

— Eu crio um programa mental pra você e é assim que retribui? Ok, não conto mais a novidade, já que não sou bem vinda nessa casa. Vamos Nino. – ela se vira para a porta.

— Nem pensar, agora você vai me contar ou eu pulo nas suas costas. – me dirigi a ela.

— Marinette, você nem.... – eu a interrompo pulando em suas costas. – Sua maluca, saia de cima de mim agora! – protestou

— Promete que vai ficar? – perguntei.

— Não sou doida de sair, sabe que eu te amo. – os meninos a essa altura estavam fazendo xixi nas calças de rirem. — Vocês dois vão ficar rindo igual patetas ou vão contar logo a novidade?

— Desculpa, mas vocês duas são hilárias. – diz Nino secando suas lágrimas. – Bem, Mari, você já deve saber por que estamos aqui, certo?

— Na verdade, não. – falei, e era verdade, não tinha ideia o porquê de estarem aqui mais de nove horas da noite – o que não é normal.

— Ah meu Deus! – ele bateu a mão na própria testa. – Adrien, faça as honras por favor.

— Lembra quando Alya teve aquela ideia do baile? – havia me esquecido completamente. Afirmei com a cabeça. – Bem, conversamos com o diretor, e depois de longas duas horas tentando convencê-lo, conseguimos.

— Então ele deixou mesmo? – perguntei surpresa.

— Sim, e já temos até a data. Vai ser uma semana depois do Halloween. Não que esse seja o tema, o que seria muito legal, mas vai ser melhor já que estaremos nas provas finais, entregando trabalhos, e tals. Enfim, não acha a ideia boa?

— Claro, mal posso esperar para anunciar e começar a arrumação. Enfeites, discoteca, fitas, e...

— Uou, uou, uou, uou. Calma lá senhorita. Ainda precisamos saber se o pessoal vai se interessar. – Adrien disse me segurando pelos braços, como se fosse para me "acalmar".

— Pois é. Podemos saber o motivo dessa sua agitação toda? – perguntou Nino a mim.

— Ah, sabem como é. Aqui antigamente era uma correria que só. Agora fica esse silêncio. – abaixo a cabeça por alguns instantes, porém depois dou de ombros. Quando me virei para chamá-los para subirmos, notei certa tensão em seus rostos, a mesma tensão de hoje de manhã quando mencionei que teria que cuidar da padaria após a aula. – Tudo bem, desembucham. Por que estão assim? Desde o final da aula que estão com cara de quem viram fantasma.

— Andamos conversando bastante ultimamente sobre você. – Nino começou.

— Sobre mim? – indaguei. – Mas...por que? O que eu fiz?

— Relaxa amiga, você não fez nada. – Alya repousou sua mão em meu ombro. – Tivemos apenas uma ideia, que não é nova ao seu ver, é que possivelmente você não vai gostar, mas precisamos dizer.

New Opportunities {EM REVISÃO}Where stories live. Discover now