Capítulo Vinte e Cinco

392 28 3
                                    

Foi uma tarde gloriosa. Nunca nos divertimos tanto desse jeito, já tinha me esquecido o que era dar boas gargalhadas. Nesse meio tempo, fizemos o trabalho, mudei para o apartamento da Chloe, eu e Adrien estamos mais próximos que o normal. Não sinto mais aquela solidão, pela primeira vez em muito tempo me sinto completa, amada e feliz. Uma felicidade tão plena que saio espalhando para todos quando fico fora de casa. Uma criança que chora, um idoso resmungão, uma atendente de mau humor, tudo vira motivo de sorriso depois de um “bom dia”, ou um “você está bem?”. São coisas tão simples que podem mudar completamente o dia de uma pessoa, entendem? É bom ter essa sensação de espalhar amor e carinho para outros que também precisam. Não sou mais aquela pessoa que quer ficar em casa o tempo todo, mentindo para meus amigos dizendo que estava bem quando na verdade, minha vontade era de partir. Se tem uma coisa que desejo do fundo do meu coração para outras pessoas, é que sejam felizes, e aproveitem cada segundo que a vida lhes proporciona ao lado de quem se ama.

— Ah, mas fala sério, eu querendo chegar logo em casa e a dondoca no meio do passeio de namorico com o boy. Vê se pode? E ainda olha com cara feia. – bom, não disse nada sobre conseguir passar esse sentimento pra Chloe.

— Uhum, como se você nunca tivesse feito isso no meio da noite. – provocou Alya. Estávamos na casa da mesma. Nino e Adrien chegariam daqui a pouco com a pizza que pedimos.

— Minha querida, quando fico com alguém é no lugar mais preservado que se pode achar. Até parece que euzinha vou ficar num encostada num poste com alguém do que na minha cama. – retrucou.

— Céus, vocês não tem vergonha de falar isso em voz alta? – digo risonha.

— Mari, minha linda, às vezes perdemos nossa vergonha quando o assunto é pegar ou largar. – explicou a loira.

— Sua sem vergonha. – comentei.

— Meninas, ia até me esquecendo de contar. Já achei um buffet ideal para o baile do final de ano. – disse Alya quase que num pulo.

— E aí? Vai sair muito caro? Temos como ajudar? – perguntei realmente interessada.

— Bom, como temos cerca de trinta e cinco alunos em cada sala, se cada um der dez ou quinze dá para pagar tranquilo.

— Tá, mas a comida nós mesmos poderíamos levar. Quero ver mesmo é a decoração. Encontrou alguém para isso? – Chloe entrou na conversa.

— Ainda não. Nossa escola não é a única que teve essa ideia, sem contar que tem muita gente marcando casamentos no mesmo período. As lojas ficam cheias e a criatividade cada vez menor. – bufou a morena.

— Posso ajudar quanto a isso. Não é tão difícil achar algo que nos inspire na internet e dar um jeito com TNT's e luzes. – sugeri.

— Quer fazer tipo footloose? – ouvi a voz de Adrien, adentrando a porta junto com Nino.

— Cara, seria mó irado, né não? – a empolgação em seu rosto era evidente.

Ambos gostavam de músicas antigas e filmes envolvendo dança. Nesse precisamente, a festa acontece num celeiro, com decorações simples mas elegante ao mesmo tempo. Realmente, não era uma má ideia.

— Desde quando estão ouvindo nossa conversa? – Alya olhou sugestiva para eles.

— Nino leva um ano para achar as chaves ao invés de simplesmente bater a campainha. – resmungou Adrien.

— Nem vem, eu só…. – Nino ia se justificar quando intervi impedindo uma possível discussão zombateira.

— Gente, qual é, a pizza tá esfriando. – digo, as meninas riem junto a Adrien, Nino vai até a cozinha pegar os copos e o refrigerante.

New Opportunities {EM REVISÃO}Where stories live. Discover now