Capítulo Dezessete

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Finalmente era sexta, o dia estava totalmente corrido. Todos entregamos o famoso trabalho de biologia que venho citando bastante, e espero ter feito tudo de acordo já que fiz enquanto estava com inúmeras coisas em minha mente. Como estávamos entrando em setembro, logo viria último bimestre e era aí que as coisas realmente iriam sair do controle, pois além dos trabalhos e provas finais, tem o bendito "baile de despedida" que inventamos. E olha que estou surpresa por sermos os tais organizadores desse evento que muitos dizem ser o maco desse ano. Nem preciso mencionar o quanto Alya está afoita com todos os preparativos para a ocasião, tendo nós – seus amigos – acalma-la sempre que necessário. Fora isso, as aulas fluíram normalmente junto com as discussões e afrontas dos meus amigos, mas já é algo normal e não há nada que uma boa conversa não resolva.

O problema mesmo era que ainda não tinha caído a ficha de que eu realmente iria viajar com a família de Adrien – não tão completa por Félix não ir, graças a Deus – e estava muito nervosa. Sei lá, posso muito bem passar um vexame daqueles lá, ainda mais na frente dele. "Mas pra que esse nervosismo todo? É apenas uma viagem" claro, isso se não fosse o fato de que vão estar lá TODA a família dele. Seguinte, após as aulas Adrien veio me acompanhando em casa e me disse que onde iríamos morava simplesmente a família por parte de mãe dele. Não me levem a mal, a mãe dele é uma das melhores pessoas que pude ter o prazer de conhecer, uma das que mais me ajudou quando mais necessitei. Porém não muda o fato de que possivelmente irei gaguejar ou algo do tipo, era a coisa que menos queria que acontecesse.

E uma das coisas que estranhei foi o comportamento do loiro. De uns dias pra cá diz estar muito ocupado – o que não faz sentido já que ele não trabalha é só tem a escola para se preocupar. O que me fez perguntar o que ele estava aprontando, pois pelo que o conheço, sempre quando diz estar "devidamente ocupado", sempre estava tramando alguma. Mas como ele disse para não me preocupar apenas ignorei, mesmo tendo uma pitada de curiosidade.

Já passavam das quatro da tarde quando resolvi ligar o computador e ficar futricando pela internet. A senhora Agreste havia me ligado minutos antes dizendo que sairíamos as oito para o aeroporto. Minhas coisas já estavam todas feitas, então só me preocuparia com um belo banho e a roupa com a qual iria viajar. Depois de não achar nada interessante para fazer, resolvi me arrumar. Separei uma roupa para mim: uma calça jeans preta cos alta com uns detalhes em dourado, uma blusa Mullet na cor vinho, um par de botas de couro preta e uma jaqueta também de couro da mesma cor. Até pensei que estava dark demais mas como amo cores neutras, foram essas as escolhidas. E é claro que pra uma casa do interior peguei roupas melhores que essas, tanto que lá também está perto do frio, então não precisaria pensar na possibilidade de alguém ver as cicatrizes em meus braços.

Fui finalmente para debaixo do chuveiro aproveitando a água morna caindo sobre meu corpo por um bom tempo até ensaboar meu corpo, lavando também meus cabelos que precisavam de uma hidratação urgente, mas não liguei pra isso no momento. Então, após um bom tempo sai do banheiro e fui me arrumar.

Depois de já ter vestido a roupa, enxuguei meus cabelos passando um creme e os penteando. Depois de tudo pronto vi meu celular vibrando, uma provável ligação. E não pude estar mais certa, era Adrien. Atendi.

— Alô? – disse.

Oi Mari, e aí, já está pronta? – perguntou.

— Claro, acabei de me arrumar, já está tudo pronto aqui – expliquei.

Tudo bem, estamos indo pra aí, espere na porta da sua casa – me disse.

— Tudo bem, já estou descendo – sendo assim desliguei, peguei minha mala e uma mochila – já que tenho a mania de viajar com os pertences separados, como carregar ou para higienes.

New Opportunities {EM REVISÃO}Where stories live. Discover now