Capítulo Quatorze

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— .... e é desse jeito que se causa um eletrochoque. – a professora termina de explicar a matéria de física. – Muito bem, para a próxima aula, quero que pesquisem porque quando entramos em contato com a água não podemos usar aparelhos eletrônicos.

Isso foi conta para tocar o sinal finalizando as aulas. Chloé e eu nos encontraremos depois do almoço para acharmos alguém que queira colocar a padaria em leilão. O que não me deixa muito confiante, era meio que difícil para mim largar algo dos meus pais. Mas era uma nova oportunidade, talvez, seria bom eu viver "novas aventuras" fora de casa....

— Você tá legal? – era Nino, me tirando dos meus devaneios.

— Bem, estou sim. – então percebi que estava sozinho. – Onde estão Alya e Adrien?

— Pelo visto estava voada mesmo. – ele riu – Alya saiu correndo porque a mãe dela ligou para ela desesperada por causa das irmãs. – foi minha vez de rir. – E Adrien, não faço a mínima idéia, ele se despediu rápido de mim e saiu feito um jato também.

— Não poderíamos esperar outra coisa de nossos amigos, não? – ironizei.

— Tem razão. Enfim, quer dar uma volta? Ou precisa sair desesperada também?

— Tenho um compromisso com Chloé mais tarde, mas agora estou livre. Então podemos dar uma volta. – confirmei.

Peguei minha mochila e saímos da escola andando pelo bairro. O dia estava bonito para um clima frio. As aves cantavam normalmente, o sol brilhava com sua majestosa cor amarela. Era lindo.

— Então, quanto tempo estão juntos mesmo? – perguntei.

— Não faz tanto tem... Espera, como soube? – a dúvida era nítida em seu rosto. Ou seja, eles realmente ainda não haviam contado para ninguém

— Relaxa que não contei para ninguém. E, eu meio que descobri sozinha. – dei de ombros.

— Ah, Odin. Está tão na cara assim? – pelo visto ele estava realmente nervoso com isso.

— Vem cá, por que esse nervosismo todo? Por que ninguém pode saber? Isso tá estranho.

— Ela deve ter te falado que preferimos assim, sem ninguém se intrometendo. Entende?

— Claro, respeito a opinião de vocês. Mas seria legal ter algo para comemorar. – levanto minhas mãos em sinal de fogos de artifícios explodindo.

— Só você mesmo para achar um namoro motivo de comemoração. – falou rindo.

— Acho que estou andando demais com Alya. Estou "festeira" demais pro meu gosto. – faço aspas com as mãos rindo.

— De fato, Alya é bem festeira quando quer. Bem, e como vão as coisas? Vai mesmo sair da padaria?

— Ah, sim. Eu vou olhar hoje junto com Chloé alguém que queira alugar ou comprar o lote. – expliquei.

— Sei que é difícil para você, mas vai ser o melhor que poderia fazer. – disse colocando a mão em meu ombro.

— Fico feliz que em tão pouco tempo estou dando um jeito em minha vida. Sabe?

— Claro. E ficamos felizes por isso. – me deu um sorriso. Era bom conversar com Nino. Você pode até achar que ele é aquele cara que não leva nada a sério, mas é uma ótima companhia. – Acho que vou indo. Colocar as matérias em dia e treinar um pouco.

— Tudo bem, senhor Lahiffe. Vá ser o aluno nerd da sala. – rimos e ele foi embora.

Antes de voltar para casa, parei numa vitrine de loja de tecidos. Fiquei numa tentação enorme para comprar, mas lembrei que tinha dívidas a pagar e que, na hora certa, farei tudo ao meu alcance para melhorar meu talento.

New Opportunities {EM REVISÃO}Where stories live. Discover now