Pilotando a mente.

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- Jean.- Sinto alguém me balançar.- Jean, acorda.

Abro os olhos e enxergo Vlad me levantando do banco, olho para os lados e não havia mais ninguém no campo apenas nós dois, o céu estava um pouco mais calmo e o sol quase não aparecia, era de tarde e eu percebi que ainda estava com os fones de ouvido. Ele estava me mantendo de pé com seus braços em volta.

- Por quanto tempo eu dormi?- pergunto tirando os fones.

- Por quatros horas.- responde me soltando.

- Quatro horas? Perdi a aula do Sr.Carter...

- É eu também.- conclui ele.- Tive que ficar aqui com você, não tive escolha.

- Matou aula? Por quê? Eu podia ficar aqui dormindo. Não tinha que se preocupar comigo.

Ele revira os olhos.

- Claro eu que tinha.- seu tom era autoritário.- Se você já não está segura consciente imagina inconsciente.

Eu franzo a testa.

- Como assim não estou segura?

Ele não respondeu, apenas ficou me olhando com a expressão preocupada.

- Jean, você precisa...

- Responde.- eu exijo calma.- Como assim não estou segura?

Ele olhou para os lados, vendo se alguém estava por perto para nos ouvir.

- Aqui não.- diz me puxando para sair do campo.

- Vlad? O que está havendo?- pergunto assustada.

Andamos até o estacionamento da escola, puxei meu braço quando paramos em frente a uma moto preta. Olhei para os lados sem saber o que estava acontecendo e quando vi, Vlad já estava me dando um capacete.

- Coloque isso.- ele ordenou.

- Se vai me sequestrar, você deve ter pensado na possibilidade de que eu posso gritar.- digo sem rodeios.

Ele me encarou com o rosto impaciente.

- Não vou sequestrar você.

- Então por que me arrastou pra cá sem ao menos ter me perguntado se eu quero subir em uma ducate preta?

- Entende de motos?- ele pergunta tirando alguma coisa do bolso.

- Meu ex-namorado tinha uma. E ela era uma ducate preta.

Ele pareceu ficar incomodado, pois já estava colocando o capacete e sentando na moto.

- Vamos - mandou.- Suba logo.

- Qual foi a parte que você não entendeu de que eu não vou á lugar nenhum com você?

- Se você não subir, eu vou te carregar.- garantiu ele.

- Eu posso correr.

- Sou mais rápido.- diz ele sorrindo.

Claro que ele era.

Eu sento na moto em silêncio. Ele coloca a chave para ligá-la e dá a partida, ponho as minhas mãos rapidamente em volta da cintura dele com a agressão da aceleração.

- Se você não se importa.

- Nem um pouco.- diz ele entrelaçando mais as minhas mãos em sua cintura.- Se segura.

O vento era agressivo e pesado conforme ele acelerava, fiquei pensando aonde estava me levando, se eu deveria me preocupar ou apenas relaxar enquanto ele davas as curvas, algumas gotas de água começaram a cair e depois elas se transformaram em uma chuva forte, fazendo barulho e impacto no capacete que eu estava usando. Eu gritei algo para Vlad e ele pareceu não ouvir.

Meu vizinho se chama Vlad Where stories live. Discover now