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Andamos por uma ou duas horas até chegar realmente em um grande portão. Ele era como o do solar Drácula, mas estava mais enferrujado.
- Por que paramos?- pergunto confusa quando ela estava me encarando.
- Só você pode abrir.- aponta.
- Eu não sei abrir isso.
- Só os Frankensteins tem a chave.
Eu olho ao redor do perímetro. Tudo parecia deserto.
- Bom, dá pra pular os muros.- digo logo andando, mas Cassandra me para.- O que foi?
- Esse solar está protegido por magia. Se tentar pular o muro vai acabar carbonizada.- diz apontando para os cantos onde dava para passar.
- Pode ser o mesmo que os outros solares. Vi Vlad passando o próprio sangue no selo da entrada uma vez e ela se abriu depois.
- Quem?- pergunta ela.- Esqueça. Também não vai funcionar, esse método só é usado por vampiros.
- Talvez possa ser algo que o seu pai te deu ou disse, alguma coisa que pudesse servir de chave.- menciona Nicholas.
Algo que ele tivesse me dado. Algo importante. Coloco a mão no pescoço mas não o sinto.
- Meu colar.
- Onde está?
- Eu não sei. Eles o pegaram.
Lorelai senta em uma rocha para descansar as pernas.
- O que vamos fazer?- pergunto preocupada.
Sinto um vulto passar por mim.
- Latris...- sussurra Nick prestando atenção atentamente na parede.
- O que você...
- Shh.- manda ele concentrado.
Havia uma escritura no selo do portão, estava em uma língua diferente.
- Eu nunca vi tal linguagem.- ele passa a mão pela frase.- Que idioma é esse?
- Essa Língua é muito antiga. A sua origem antecede até mesmo os seus ancestrais.
- Lat'erva me oculon.- leio em voz alta para ver se aquilo era a forma de entrar.- será que eu disse errado...
- Talvez seja o colar.
- Não. Aqui não tem nenhuma abertura para ele. Tem que ser isso.- tento entender aquela língua. Tudo tem a ver com a minha família, com o seu passado e o legado que, por pouco, quase foi enterrado se eu não estivesse viva.- Tem que significar alguma coisa...
- Jean.
- Lat'erva me oculon...
- Vamos pensar juntos.
- Oculon...- essa palavra.- Lat'...- é bem familiar.
4 anos atrás...
Bato na porta levemente e cruzo os braços atrás das costas, na esperança de que ele não tivesse dormido outra vez.
- Pode entrar.
- Pensei que havia caído no sono de novo.- digo ao fechar a porta.- O senhor tem passado a noite em claro.
Ele levanta para pegar um livro em uma de suas estantes.
- Ainda estou trabalhando naquele projeto.- explica.- São muitos detalhes, queria ter mais tempo para acaba-lo, mas eu tenho até o final de semana para finalizar tudo.
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Meu vizinho se chama Vlad
Science FictionJean Mhorelly é uma colegial prestes a fazer 18 anos no ultimo ano do ensino médio. Ela é como qualquer garota que conheceu? um clichê que você ja ouviu falar? um rosto de princesa? Não... Jean é muito mais que isso. Ela se mudou com a sua mãe Alex...