Declarando guerra.

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***

Enquanto todos se juntavam e murmuravam sobre mim no salão, eu ficava tentando encontrar as palavras certas para formar um bom discurso. Eu vi algumas reviradas de olhos e outros bufando, mas não deixei aquilo me intimidar.

Lembrei imediatamente de como aquilo parecia com a escola e as apresentações feitas em frente a classe. Mas sinceramente, eu nunca fui boa em discursos. Amava ficar com a parte gráfica e ilustrativa de todos os trabalhos feitos em grupo.

Mas aquilo era outra coisa, algo maior. E eu precisava me posicionar.

- Eu fico...- comecei um pouco nervosa.- Contente. Fico muito contente que todos estejam bem e a salvo agora. Nós vamos nos organizar por aqui e dividiremos tarefas para estabelecer uma rotina e... vou direcionar vocês no que precisarem.

- Você? - alguém questionou. Uma mulher loira com o rosto cansado.

- Sim.-respondi

- Não mesmo.- respondeu de volta indignada.

- De jeito nenhum!- outro ao lado dela respondeu agressivo, o que incentivou o resto deles a protestarem.

Do nada o meu nervosismo começou a fazer o meu coração querer saltar pelo peito. Eles não me queriam ali. Eles me odiavam... e eu não os julgo por isso.

Um homem alto com uma tatuagem no rosto se aproximou e me olhou bem nos olhos, o que me deixou ainda mais nervosa. Ele estava com raiva.

- Se essa garota for a nossa líder...- disse ele com firmeza.- Eu e minha esposa vamos embora desse lugar. Não só daqui, mas também vamos abandonar a matilha.

- Ficou maluco?- Dion disparou.

- Eu tô falando bem sério aqui.- ele aumentou a voz e virou para as pessoas.- E se vocês forem espertos, vão se mandar daqui também.

- Você vai morrer lá fora.- disse baixo, mas fui ouvida. Pois todos fizeram silêncio.

- Como é?

- Acha mesmo que ao sair daqui, o Drácula não vai te caçar? Ou o exército dele? Qualquer um envolvido, qualquer um que esteja aqui hoje ele vai caçar. Ainda mais se estiver desprotegido.

- Qualquer um que esteja envolvido com você.- ele rebateu.

Fiquei o encarando por alguns segundos.

- Então você prefere morrer do que ficar ao meu lado. E tudo pra quê exatamente? Orgulho?

- Você pode ter uma parte humana, mas ainda tem o sangue deles correndo em todo o seu corpo. E nós somos os inimigos deles. Não podemos te aceitar, não é a nossa natureza. Nascemos pra odiar uns aos outros e confiar somente na nossa própria espécie.- disse mais calmo.- Então sim, eu prefiro morrer do que ficar ao seu lado.

- Por favor, não faça isso.- seguro o braço dele implorando.- Fique, precisamos de todos aqui.

Ele puxou o braço de volta.

- Não me toque sua prostituta de sangue!

Quando vejo, o homem estava no chão engasgando com um pé esmagando ao poucos o seu pescoço. Nick o tinha derrubado.

- Como ousa desrespeitar uma mulher?- Rosnou Nicholas.- Onde estão os seus modos, cachorrinho de merda?

O homem nem podia responder tais perguntas, conforme Nick apertava com força o pé na garganta dele, ele sufocava.

- Solta ele.- pedi.

- Como?- nicholas não entendeu.

- Por favor, eu não quero briga agora. Sinceramente, minha cabeça tá pesada. Qual é Nicholas... depois eu deixo você encher ele de porrada. É claro, se ele não se comportar.- Lorelai surgiu no canto do salão. Deve ter ouvido a gente.- Eu quero ouvir o que a Jean tem a dizer. Caso ao contrario, se não a ouvirem, estarão desrespeitando diretamente a mim. A alfa da alcateia.

Meu vizinho se chama Vlad Where stories live. Discover now