Ainda não acreditando que aquilo estava acontecendo, pegou o celular e discou o número da amiga que ele mais preservava. Maria Júlia, uma mina rodada, passada de mão em mão, nunca abandonou o garoto, ao contrario daquelas que se diziam "certas", que na primeira oportunidade, o golpearam pelas costas.
Como qualquer jovem normal, Leonardo gosta de ser radical. Era vida louca, e não ficava calado. Seu modo de pensar era bem estanho, já que não tinha vergonha de nada.
"A vida já me pregou tantas peças, que até me acostumei" -Pensava ele sempre que ia fazer algo errado.
Sua amiga demorou a atender porque estava dormindo. Ela não pretendia ir para a escola naquele dia. Mas o garoto não deixou isso acontecer, ele não queria passar um dia inteiro sozinho naquela prisão que se tem o nome de escola.
-Você não pode me deixar sozinho lá, Maria Júlia... Não! Eu não quero saber! Não estou nem aí que você foi ficar com o Cauã e voltou tarde! Estou indo aí te buscar! Não interessa! Eu To indo! Se arruma!
E assim acabou a conversa amorosa entre eles. O ruivo, que se chamava Thalel, escutou tudo. Ele ria discretamente para que o garoto não percebesse. O carro não tinha saído do lugar. O motorista não sabia pra onde ir, e Léo não havia dito. Com certeza, seria para a escola, mas com esse telefonema, o trajeto se rumou para a casa de Maria Júlia.
-Ei, gato, leve-me para os Jardins? Sabe onde fica, né? -Perguntou Leonardo olhando no retrovisor.
-Sei! Mas, se formos até lá, não vamos se atrasar para a escola? -Falou o ruivo sorrindo.
-Eu não estou com vontade de ir pra aula hoje... Qualquer coisa eu fico na minha amiga! Então? Vamos? -Indagou.
Acelerando o veiculo, Thalel rumou para os Jardins. Um bairro comum, sem muita diferença dos outros. Passaram pelo centro da cidade e viram algumas pessoas com guarda-chuvas, e outras correndo das gotas grossas que caíam do céu. O carro era branco. Por dentro, todo confortável. Tinha um cheiro de coisa limpa, e o perfume de Léo exalava.
A vida do garoto foi bem sofrida quando era mais novo. Quando completou quatro anos, sua mãe traiu seu pai. Os dois se separaram e o garoto passou a morar com a família materna. Depois de algum tempo, decidiram levar a guarda dele na justiça, pra saber com quem é que ele iria ficar.
Nenhum, e nem outro. O menino, bem novinho, decidiu ficar com a avó. Mãe de seu pai. O amor por ela era gigantesco, era ainda maior do que o amor que sentia por sua mãe.
Alguns anos se passaram e seu pai se casou novamente. A moça se chamava Daiana. E com ela, teve um filho, no qual passou a se chamar Kayo Guilherme.
Como qualquer relacionamento, nao durou muito o casamento dos dois. O pai de Léo ficou solteiro durante um bom tempo, e o garoto estava gostando de ter a presença paterna ali, dentro da casa da avó.
Não demorou muito para o homem encontrar outra mulher. Essa, por sua vez, se chamava Neide. Tinha quatro filhos. Luizinho, Lili, Taty, e Vanessa.
Todos grandes. A mais velha, Vanessa, com vinte anos, morava sozinha. Taty, com dezessete, era rebelde, e tinha seus motivos. Luiz, o menino que tinha a idade de Léo, quinze, naquela época, não mantinha muito contato com o garoto. E Lili, a mais nova e a mais querida dentro de casa fazia questão de ser a melhor.Essas foram as diferenças que fizeram Léo ser o que é hoje.
~"~
VIVA O HOJE, ESQUEÇA O AMANHÃ!
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O RUIVO DO UBER -ROMANCE GAY-
RomanceA noite parecia ser repleta de azar. O céu nublado tapava a visão de qualquer um que tentasse ver as estrelas. Tudo mudou tão de repente que fica difícil de explicar. O dia estava sendo perfeito, tudo fluindo para algumas conquistas diárias, mas, ao...