CAPÍTULO 40 "ENTÃO É ASSIM QUE TERMINA?"

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Capítulo dedicado à Emer711... Um pontinho de luz em meio à escuridão... "O meu pontinho de luz"

                                    ~*~

Uma vez dentro da casa de Henrique, eu já sabia exatamente o que fazer. Estava tudo na minha mente, e se o Ruivo colaborasse com o roteiro, tudo sairia perfeito.

As bebidas estavam no quarto do Henrique. Nós três estávamos bebendo lá em cima para poder vigiar o Robson. O álcool já estava subindo para a minha cabeça, eu sentia, e foi naquele momento que me dirigi para a cozinha, sentei em um balcão e pensei.

"É, Leonardo... Como pôde ter sido tão idiota?"

Aquele ruivo vagabundo conseguiu me enganar e enganar o Robson. Não o culpo de nada, ele foi tão enganado quanto eu, então, se Robson for ao menos inteligente e tiver amor próprio, ele vai ficar do meu lado. E assim espero.

Quando retornei para a sala, os dois estavam mais alegres, e Henrique calado em um canto, bebendo e encarando o nada, me deixou um pouco melancólico. Maria Julia, muito sorrateiramente estava tirando informações de Robson, e ao me ver entrar na sala, sorriu, e mandou-me uma piscadela. O olhar dela dizia que descobrira muito mais coisas do que eu imaginava que existia.

Eu adorava os nossos assuntos conversados pelo olhar.

Caminhei até Henrique e sentei ao seu lado. Aquilo não estava nos planos dele, e para falar a verdade, não estava nem nos meus, e eu sequer perguntei a ele se podia colocar o Robson e o Thalel ali dentro da sua casa.

-Henrique... Desculpa, okay, eu não pedi sua permissão para colocar os dois aqui dentro, mas acontece que não teve jeito -falei baixo em seu ouvido. A sua respiração estava tão intensa que quando tocava o meu pescoço, eu arrepiava.

-Não, nada a ver... Eu tô bolado com outra coisa, mas nem esquenta comigo, beleza? -Disse se afastando um pouco e apertando o meu nariz -eu colocaria até uma multidão de gente aqui se fosse pra te ajudar...

A sala não estava muito confortável para se ter aquele tipo de assunto, então perguntei se eles iriam beber, logicamente que todos disseram um "SIM" e me dirigi para o quarto. Henrique veio atrás e assim que chegamos, fechei  a porta e sentei na cama; eu estava ficando tontinho.

-Me conta... O que está te aborrecendo? -Perguntei assim que ele sentou ao meu lado.

-O cara ruivo... Ele me aborrece. Vou ser sincero, Léo, eu quero ter você, estou te ajudando a perceber que ele não te merece e espero que você enxergue isso, porque o meu maior medo é que depois de tudo isso, você ainda volte para sua casa com ele. -Respondeu se levantando e pegando a garrafa de vodkca. Antes de sair, olhou para trás e falou -I Love It, está na segunda pasta... Eu sei que você quer que ele confesse, e estarei lá para você rebolar no meu colo para causar ciúmes nele, então, espero ao menos que você me deixe de pau duro.

Ainda sentado na cama, mirando a porta entreaberta e sentindo uma vontade enorme de rebolar a raba, peguei o celular de Henrique que estava encima da cama e coloquei a tal música.

A música ecoou por toda a casa e então corri para a escada. Desci lentamente os degraus e lá estava ele, sentado na poltrona, com as pernas abertas e com um sorriso safado no rosto.

Caminhei até o mesmo e comecei a tirar a minha camiseta. Assim que terminei esse processo, tirei os sapatos e os joguei para o outro lado da sala. Passei a mão no botão da calça e o desabotoei baixando o zíper lentamente.

A minha cueca branca foi ganhando lugar conforme ia retirando a calça, e aos poucos, acabei ficando apenas com um par de meias e uma cueca branca colada.

Ao lado dele tinha uma garrafa de catuaba, e sem ao menos pensar, a peguei e virei uma bela quantidade de uma vez. Assim que acabei de engolir todo o líquido, sentei em seu colo e dei-lhe um beijo profundo e cheio de fogo. Me levantei, olhei em seus olhos e levantei a sua camiseta. Aquele corpo realmente era lindo.  O puxei para perto e ficamos os dois em pé.

Maria Julia parecia que gritava, ou estava caindo de horrores pelo momento, pois a música estava alta e eu ouvia sua voz ao longe.

Passei minhas mãos em seu pescoço e em seguida desci para seu peito que agora estava igual ao meu, nu. Sua boca atacou a minha com brutalidade e suas mãos apertavam a minha bunda com tamanha força que foi impossível não gemer em seu ouvido depois que paramos de nos beijar.

Com tamanha certeza, aquilo não aconteceria jamais na minha vida. Eu não me colocaria em tal situação novamente, mas tenho que confessar, que estava adorando fazer aquilo. Estava adorando me entregar à música e ao momento e esquecer que ali naquele ambiente tem mais pessoas.

A música não demorou para terminar, e assim que cessou, vi aquele punho fechado vindo em minha direção, e pensei "Pronto, um olho roxo". 

Mas o que aconteceu não foi o que eu esperava, pois Robson tinha acabado de dar um socão na cara do Ruivo e eu fiquei ali, satisfeito por saber que Thalel sequer mediu forças para não se entregar ao momento. Que ele sequer se importou com a presença do seu Ficante e que sequer me impediu de continuar.

Olhei para Robson e o seu olhar era de nojo para mim. Eu sabia que se abrisse a boca, com toda a certeza iria apanhar ali, mas eu gosto do perigo, eu gosto é do estrago.

Me virei para Thalel e passei a mão em meu rosto; estava bem nítido de que a vergonha havia se fixado nele. Henrique tinha se levantado e Maria Julia estava sentada de boca aberta.

-Então é assim que você costuma tratar os seus "irmãos caçulas"? -Perguntou Robson ao ruivo e em seguida me olhando -Viado podre... Pão com ovo... Bichinha sem qualidade...

-Eu não queria ter que dizer isso a você, mas, se eu não tivesse qualidade nenhuma, acredito que não teria atraído a atenção do Thalel para mim, e antes de qualquer coisa, tudo o que fiz aqui hoje, foi para abrir os seus olhos, pois fui tão enganado quanto você, e a propósito, pode ficar com ele todinho para você... Quando o prato é muito disputado a gente deixa pra quem está passando fome... -Falei olhando para o ruivo que permanecia no chão -Então é assim que termina, Thalel?

Ele não respondeu e eu continuei:

-Sabe porque essa história não vai acabar nada feliz? HEIN? ME RESPONDE, INFERNO! -Ele não dizia nada. -Enfim, eu vou ser bem realista... Essa nunca foi a minha história... Ela sempre foi sua... Desde o começo... E VOCÊ deu conta de fuder com tudo...

Me sentei ao seu lado e segurei o seu queixo.

-Você tinha tudo para fazer o meu papel nessa história o mais magnífico... O melhor de todos, e inclusive, o papel da pessoa que ficaria do seu lado, mas você preferiu me deixar de lado e me tratar como um coadjuvante qualquer... Espero que você consiga concertar o seu erro com ele -falei me referindo ao Robson- Esperei todo esse tempo para poder me entregar a um homem que é gentil e carinhoso comigo que me deseja e eu sempre digo não a ele por SUA causa, seu cretino... VOCÊ FUDEU COM O MEU PSICOLÓGICO... E apesar de tudo, saiba que a partir de hoje, para mim, você não vai passar de uma lembrança... Não vai passar da lembrança de que algum dia, um ruivo, motorista de Uber me levou para a escola e fez eu me apaixonar enquanto tinha um relacionamento com outro homem... É isso, acho que você já pode sair da casa do Henrique, porque do mesmo jeito que convidei você, eu estou desconvidando...

                                     ~°~

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O RUIVO DO UBER -ROMANCE GAY- Where stories live. Discover now