Minha salvação veio logo em seguida quando meu celular tocou. Olhei para a tela e vi que era Maria Júlia. Thalel por um minuto me olhou e então tornou a olhar para Júlio.
-Olhem, esperem um minuto. -Falei me afastando pra atender. -Alô?
-Léo, o ruivo veio aqui dizendo que vocês iriam sair... Olha, eu não quero ser intrometida, mas você já deveria ter dispensado ele! Você sabe disso.
-Agora não é o momento para isso, Maria! Ele está aqui, e o Julio também... Af, estão se enfrentando e ele está bêbado... Eu sei que deveria já ter dispensado, mas acontece que eu queria curtir com ele só esse final de semana... Entende?
-Entendo, só que como sua amiga, eu deveria pelo menos te previnir de sofrer... Mas você parece que gosta! Faz assim, dispense o Julio e saia com o ruivo, faça ele melhorar, e então já converse sobre o assunto!
-Não, hoje não! Falarei sobre isso na segunda! Agora eu tenho que desligar, um beijo! Tchau.
-Tchau, e depois não venha dizer que eu não avisei!
-Okay.
Desliguei a chamada e caminhei até Thalel. Passei meu braço por entre o dele que estava cruzado e fiz com que ele me olhasse.
-Me espere ali no carro... Prometo que já saio com você.
-Ele não vai te incomodar? -Perguntou ainda com a voz arrastada.
-Tenho certeza que não.
Thalel se retirou e foi para o carro. Júlio veio para perto e logo sorriu como se nada tivesse acontecido.
-Pode ir falando. -Disse irritado.
-Calma... Ele é seu novo namoradinho? Por isso não quer me dar moral? -Perguntou.
-Você perdeu sua moral no dia em que começou a namorar com aquela vagabunda pra esconder a sua sexualidade pro seu pai.
-Ei, você tem que me entender...
-Não, Júlio, eu tentei! Juro que tentei, mas sabe o que acontece quando eu tento hoje em dia? Eu sinto náuseas... Então por favor, não me procure mais, porque como você mesmo viu, aquela muralha ali vai te esmagar. -Terminei e caminhei até o carro já entrando. -Vamos, me tire daqui. -Soou mais como uma ordem do que um pedido.
Enquanto ele estava dirigindo, eu pensava nas coisas que Maria Júlia havia me falado. E meu coração apertou.
Sem ao menos esperar, ele colocou a mão direita na minha coxa e acariciou; olhou pra mim e parou no sinal vermelho.
-Sei que não sou melhor que aquele cara que você passou o dia, e também não quero nem tentar ser... Mas eu te garanto que se eu tiver que competir com ele, eu farei isso sem hesitar.
-Não diga nada, por favor... Você está bêbado... E eu não quero complicar nada.
-Eu não estou bêbado... Eu só tomei uma latinha; só estou com raiva de te ver com aquele cara! E eu pensei que quando chegasse na sua casa, te encontraria ao menos.
-Eu saí porque combinamos de sair só de noite... Thalel por favor, eu não quero brigar com você... Pra onde estamos indo? -Perguntei.
-Eu ia te levar pra casa do meu amigo, mas já vi que se eu for beber você vai ficar bravo, então vamos tomar um sorvete! -Respondeu olhando nos meus olhos e então tornando a acelerar o carro. Sua mão ainda permanecia na minha coxa e eu estava gostando.
Assim que chegamos na sorveteria, descemos juntos e a única moça que estava sentada entre as mesas ficou olhando para nós dois. Imagino que era pelo fato de ser estranho dois homens irem a uma sorveteria juntos.
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O RUIVO DO UBER -ROMANCE GAY-
Storie d'amoreA noite parecia ser repleta de azar. O céu nublado tapava a visão de qualquer um que tentasse ver as estrelas. Tudo mudou tão de repente que fica difícil de explicar. O dia estava sendo perfeito, tudo fluindo para algumas conquistas diárias, mas, ao...