Capítulo 02

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CHECK-IN - Capítulo 02

||Narração Nallanda||

Faz um mês desde que cheguei no IPSG, e desde que cheguei, não sei por que o quarto branco é proibido. A única pessoa que entra lá é Nato, e ele não deixa eu ver quem está lá de jeito nenhum.
Algumas enfermeiras que já trabalham aquí a algum tempo me falaram que tem um homem lindo, e que a última mulher que cuidou dele, deixou ele fugir. Não sei direito a história dele, mas sei que ele deve ser bem maluco pra estar no quarto branco.

Hoje é dia de visita, e como aqui é tudo bem organizado, os visitantes ligam marcando hora. Me colocaram pra agendar e receber as visitas, então percebo que é minha chance de saber sobre o tal Santana do quarto branco. Arrumo minha saia, retoco meu batom e vou pra recepção.
As visitas começam a chegar, e eu as recebo e levo até o pátio, onde os pacientes ficam. Até que chega uma loira, linda, mas com uma carinha de nojenta.
– Vim ver meu irmão. – Diz como se eu fosse uma maluca. Olho na lista.
– Bruna Santana? – Ela afirma. – Vou levá-la até o pátio. – Me viro.
– Não, querida. Eu não vou pro pátio. Vou pra sala de segurança. – Faço um "ah" silencioso.
– Vou acompanh-la. – Nojenta. – Por aqui. – Começo a andar e ela atrás.
O caminho até a sala de segurança é um silêncio total. Abro a porta e lhe dou passagem.
– Fique à vontade, Srt.Santana. – Fecho a porta e suspiro. Preciso voltar pra recepção, não que eu queira, mas preciso.
Caminho devagar olhando pro chão, até ouço uma movimentação no corredor. Ergo os olhos e vejo Nato, levando um cara com camisa de força. Ele me olha, e é o olhar mas intenso que eu já recebi.
Ele é.... Lindo. Muito lindo. Ele abre um sorriso muito malicioso e meu corpo todo se arrepia e eu nem sei o porque. Só sei que tudo que é bom, dura pouco. Ele entra na sala de segurança com Nato. Decido esperar e perguntar a ele sobre esse paciente.
Logo ele sai.
– Oi, Nato. – Falo me aproximando.
– Ihhh, lá vem. O que foi, Nallanda?
– Quero saber sobre esse paciente. É ele o cara do Quarto Branco? – Pergunto olhando pela janelinha da porta. Ele está solto, e abraçado a intojadinha.
– Não que te interesse, mas sim. É ele.
– Mas ele é lindo demais. Não parece precisar de uma camisa de força. – Agora o tal Santana senta de frente pra intojada.
– Ele não precisa. O pai dele paga uma fortuna pra esse cara ficar assim. Eu tenho pena dele. O cara tá melhor e todo mundo sabe que ele não precisa estar aquí. – O Olho.
– Ele não é maluco?
– Não, ele é esquizofrênico. – Engulo em seco. – Mas está controlado. Agora, se eu fosse você voltava pro seu posto. Você deve ficar longe dele. – Franzo o cenho. – A última enfermeira que se aproximou, precisou ser internada. Ela ficou apaixonada por ele, e o soltou. Ele fugiu e matou o amante da esposa. – Meu queixo vai no chão.
– Ele que é o assassino daquele caso?
– É o que falam. Agora vai pro seu posto. – Concordo e vou andando.
Eu não acho que ele possa ter matado alguém, mas não o conheço. Então nem vou dar palpite. Mas de uma coisa eu tenho certeza: Ele é lindo. Entendo perfeitamente o porquê da outra enfermeira ter ficado louca. Imagina esse homem na cama. Deve ser uma coisa louca.

Volto pro meu lugar e tento prestar atenção no trabalho, mas impossível tirar aquele homem da mente.

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