Capítulo 09

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CHECK-IN – Capítulo 09

|| Narração Rafael ||

Sento de frente pro tal advogado e o encaro.
– Eu sou o Evandro. Nallanda me disse que você fica em condições nada agradáveis aqui....
– Você não disse nada que eu não soubesse. – Falo, revirando os olhos.
– Eu sei, babaca. – Por que todo mundo me chama de babaca? – Dependendo do rumo que esssa conversa tomar, posso entrar na justiça e te tirar daqui. – Dou de ombros.
– Me tirar daqui é a menor das minhas preocupações. Se eu sair, vou direto pra cadeia por "assassinar meu ex melhor amigo". Se for assim, prefiro ficar aqui. Pelo menos tem a gostosa da Nallanda pra me distrair. – Ele empurra a bochecha com a lingua. – Ah, ela é sua irmã, né?! Tinha esquecido. – Estalo a língua.
– Por mim tudo bem. Só não machuca minha irmã. De não dá merda. Mas vamos ao que interessa. Se não tiverem provas que _VOCÊ_ matou o cara, não tem como te prender.
– Pelo menos você pensa! É meio impossível eu matar o cara no Brasil estando em Havana.
– Isso é! Você está bem lúcido pra estar no meio de uma crise de esquizofrenia! O que te mantem desse jeito?
– Meu pai paga ao filho da puta do Roberto pra me manter assim. Só quem sabe é o Nato, e ele ameaça o cara se abrir a boca. O cara é negro, se o Roberto falar um ai, o cara numca mais arruma emprego. Minha irmã sabe, mas sempre que comenta, a chamam de mimada. Ninguém sabe o que se passa dentro do quarto branco, pois tem medo de mim.
– Entendo. Bom, eu ví que isso é o necessário. – Ele se levanta.
– Espera. – Ele me olha. – Meu "amado" pai quer vender minha revista. Eu nem posso opinar, pois estou aqui.
– E você quer que eu o ajude?! Você seria um bom cliente. – Me levanto e o encaro de perto.
– Me tira daqui e te dou os melhores clientes, não só de Havana, mas do mundo.
– Então estamos combinados. Até a próxima, Santana. – Ele bate na porta e Nato abre pra ele sair.
Logo me leva pro quarto e coloca a porra da camisa de força em mim. Sento no chão e fecho os olhos.

As horas foram passando, e novamente é hora do remédio, mas da madrugada. Cansei de tanto nada e dormi. Mais uma vez, sonhei com Nallanda. Se continuar assim, vamos ter sérios problemas de ereção precosse.
A porta abre e Nallanda aparece. Ela me olha com uma malícia irreconhecível e tranca a porta por dentro. Ela pega um remédio no carrinho e vem caminhando em minha direção, de uma forma totalmente não Nallanda. Se abaixa na minha frente e coloca o remédio entre os dentes.
– Você tá bem? – Pergunto a olhando. Ela apenas se aproxima e cola nossos lábios, deixando o remedio na minha boca, logo iniciando um beijo.
É como se nesse beijo todas as cenas dos sonhos que tenho com ela viesse a tona. Mas também me faz esquecer coisas que não são importantes e me causa umas coisas que não recordo o nome no momento.
Depois do que parecem anos, ela separa nossos lábios.
– Olha, se for pra me dar remédio assim todos os dias, eu não reclamo nunca mais. – Ela RI. – O que faz aqui a essa hora?
– Troquei de turno. Meu irmão meio que ameaçou o Roberto pra ele me pôr de plantão. – Diz me puxando pra frente e abrindo a camisa de forças.
– E por que ele fez isso? – A olho sem entender.
– Jura que não sabe? – Pergunta tirando o pano por meus braços e arremessando em algum canto.
– Sei que você está viciada em mim, por isso decidiu vir aqui a noite e abusar de mim
– Mooncalf! – Gargalho.
– Sexy nurse! – Ela revira os olhos. – Você não veio aqui só pra me chamar de idiota, veio?
– Não. Vim dar seu remédio também. – Ela se levanta e se vira. – Vou indo. – Ela caminha até a porta e me levanto rápido.
Corro até Nallanda e a prendo contra a porta de aço.
– Espera, Sexy Nurse. – Ela vira de frente, ficando a centímetros do meu rosto. Passo o polegar por seus lábios. – Seria ótimo terminar o que começamos naquele banheiro. – Beijo o pescoço dela e começo a desabotoar o vestido de "trabalho" dela.
– Sei não. – Diz falha. A olho.
– Sabe sim. – Tomo seus lábios em um beijo ávido, cheio de desejo.
Exploro cada canto de sua boca gostosa com a minha língua apressada.
Ela, que até então mantinha as mãos ao lado do corpo, as leva a meus cabelos e puxa os mesmos de leve.
Termino de abrir os tantos botões de seu vestido e o jogo no chão. Paro o beijo só pra poder olhar seu corpo.
Admiro cada detalhe e ela é simplesmente linda. Me ajoelho a sua frente e seguro uma se suas pernas. Tiro o salto e deixo de lado. Desenrolo a meia rastão branca até tirá-la e também deixá-la de lado. Deixo leves beijos por sua perna, e logo à abandono e pego a outra.
Faço o mesmo processo e me levanto a olhando. Coloco a mão entre seus cabelos e solto os mesmos do coque perfeito.
– Você é muito linda. – Falo olhando cada detalhe dela. Percebo que fica envergonhada, então a beijo de novo.
Passeio as mãos por suas costas, em busca do fecho do sutiã. Assim que acho o abro. Nallanda deixa que eu o tire e o largue em qualquer canto.
– Tem certeza que não sabe se quer continuar? – Pergunto contra sua boca.

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