Capítulo 07

339 9 2
                                    

CHECK-IN - Capítulo 07

– Por que não? – O olho incrédula.
– Deixei você sozinha com ele uns minutos e olha onde deu. Vamos logo. – Não sei como, mas Luan passa por mim feito um furacão e prende Nato na parede, empurrando o braço contra seu pescoço.
– Me escuta. Ela está ajudando a minha irmã a provar minha inocência. Você vai continuar deixando ela vir, sim! Se quiser ajudar a gente, será maravilhoso, se não quiser, foda-se. Eu nunca matei ninguém na minha vida, mas se eu não sair daqui até o final do ano por culpa sua, eu mato. Estamos entendidos?
– Sim. Pode me soltar? – Luan solta ele.
– Ótimo. Preciso de um celular. – Ele olha pra mim e pra Nato.
– O meu tá no meu armário. – Nato tira o celular do bolso e estende pra Luan.
– Eu vou ajudar vocês. Também não acredito que você tenha matado alguém.
– Bom saber disso. – Diz Luan, com um sorriso no rosto. Ele pega o celular e disca um número. Logo leva o celular ao ouvido e espera. – Oi, PI.... É do Nato. Ele vai ajudar.... Ótimo, no cofre da casa que eu morava com a Giovanna, tem a senha da minha conta na suíça. Vai até lá e pega a senha. Precisamos pagar mais que o Amarildo pra esse médico de merda me soltar... Fazer tudo dentro da lei? Bruna, estou aquí a três anos.... Só faz o que estou pedindo. A senha do cofre é a data que eu te dei o Puff... Agora previso desligar. Também te amo, tchau. – Ele desliga e entrega o celular pra Nato.
– Não sei se ajuda, mas meu irmão é advogado. – Ele me olha.
– E eu com isso? – Esse cara é grosso.
– Se eu falar com ele, ele entra na justiça pra te tirar daqui. Você está bem e não é justo ficar aqui.
– Eu sei que não. Por que você acha que quero sair? Porque estou com saudades do sol? Me poupe. – Reviro os olhos.
– Você é um babaca, egoísta. Merecia ficar aqui até a morte. Eu só vou continuar ajudando por causa da Bruna, porque ELA não merece sofrer. – Passo por ele e saio da sala batendo a porta.
Me recosto na parede e respiro fundo. O que aconteceu naquele banheiro? Não sei explicar o que aconteceu, só que eu perdi o controle quando ele me beijou. Entendo perfeitamente porque a outra ficou louca.

Chego em casa e me jogo no sofá. Evandro senta ao meu lado.
– O que você tem? – Pergunta me olhando.
– Nada. – Suspiro.
– Nall, tem sim alguma coisa. Você está assim a quase um mês. Me conte.
– Lembra daquele cara que fugiu da clínica e "matou" o amante da ex?
– Lembro. O que tem?
– Ele não matou ninguém. A irmã dele quer provar a inocência dele, mas pra isso ele precisa sair.
– Ele não pode sair se é maluco.
– Esse é o problema. Ele não é maluco. É esquizofrênico, mas controlado. O pai dele paga uma fortuna pro psiquiatra manter ele preso.
– Isso é crime. – Suspiro de novo.
– Eu sei. Você me ajuda a provar a inocência dele? – Meu irmão fica me olhando sem entender.
– Por que quer ajudar ele?
– Porque ele não tem que estar preso. E a irmã dele está sofrendo. Eu no lugar deles, iria querer ajuda.
– Nallanda, você está se envolvendo com ele? – Arregalo os olhos.
– Que?  Claro que não! – Ele me olha com deboche. – Tá. Ele me beijou hoje.
– Só hoje?
– Só. – Ficamos em silêncio. – Mas eu venho tendo sonhos com ele. Sonhos estranhos. Muito estranhos.
– Não quero nem saber esses sonhos. – Diz se levantando. – Vou ajudar vocês.
Semana que vem vou lá e vejo o cara. Se eu achar que está em condições de sair e o psiquiatra disser que não, eu entro com o processo pra tirar ele de lá. Agora vai dormir. – Ele se vira pra subir.
– Vandro. – Ele me olha. – Obrigada.
– Não é nada. Boa noite.
– Boa. – Ele sobe.
Passo uma mensagem pra Bruna e falo o que Evandro acabou de me falar.
Depois subo e vou dormir.

♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥

Check-inWhere stories live. Discover now