Capítulo 20

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CHECK-IN — Capítulo 20

|| Narração Nallanda ||

Luan deixou eu e Bruna em um canto e foi escolher um carro. Ainda não engoli essa história de filho.
— Sério, como ele pode estar tão calmo? Ele acabou de ganhar um filho de brinde. — Falo.
— Bem, foi o que eu disse. Meu irmão sempre quis formar uma família. O sonho principal dele era ser pai. Mas quando ele pegou a Giovanna traindo ele, as esperanças que tinha acabaram. Luan era todo romântico. Estava com a Giovanna a dez anos, casou cedo, mas tinha certeza que amava ela. Quando eles namoravam, Luan ia todo dia ver ela. Levava uma rosa branca sempre. Quando saiam, levava pra casa na hora certa. Não foi atoa que foi todo romântico quando pediu ela em casamento.
— Como foi? — Bruna sorri de lado.
— Luan levou ela pra um lugar lindo. Tinha preparado tudo. Passaram uma noite maravilhosa. Quando foi levar ela pra casa no dia seguinte, pediu pro pai dela pra casar com ela.
— Que fofo!
— Ele sempre foi. Mas aí o mundo encantado dele desmoronou. E ele passou a ser esse cara que a gente tá vendo. Mas tenho certeza que ele pode voltar a ser o Luan que eu conhecia, é só achar a pessoa certa. — Diz e me olha.
— Entendi! — Afirmo e respiro fundo.
— Mas mudando de assunto. E aqueles beijos lá no fórum? — Coro.
— Ah, aquilo foi porque a água de salsicha estava por perto.
— Sei! Vai dizer que não gosta do meu irmão?
— Claro que gosto. Como amigo. — Claro que gosto dele mais que amigo, mas não vou ser trouxe de confessar.
— Nallanda, para de palhaçada. Você passou a noite na minha casa e acredito que não foi brincando de pique-esconde. — Reviro os olhos.
— Olha, se a gente transa, é por diversão.
— Sei não. Jantar preparado por ele, vinho Malbec. Acho que não é por diversão. Vocês se gostam, só não assumem. — Quando vou responder, Luan aparece.
— Vamos?
— Já escolheu? — Pergunto.
— Já. Vamos logo. Ainda preciso comprar um celular.
— Você quer estourar meu cartão?
— É ilimitado, tá no nome da empresa, e quem vai pagar sou eu! — Bruna bufa e eu rio. — Vamos logo. — Ele segura minha mão e sai me puxando. Bruna vem atrás.
Saimos da concessionária, dando de cara com uma Ferrari vermelha.
— Uma Ferrari? — O olho. — Você comprou uma Ferrari?
— Isso! Comprei uma Ferrari. Algum problema?
— Nenhum! — Dou a volta no carro pra entrar atrás.
— Você vai na frente.
— Vou?
— Vai! — Olho Bruna, que RI e entra atrás. Luan entra no lado do motorista. — Entra, Nallanda. — Reviro os olhos e entro no carro.
O carro é tão lindo por dentro, quanto por fora. Luan dá partida e arranca com o carro como se não houvesse amanhã.
— Abre a capota, Piron. — Luan RI e aperta um botão. A capota começa a abrir devagar, logo abrindo por inteira. É incrível sentir o vento no cabelo.
— Tá gostando? — Pergunta Luan, colocando a mão em minha perna. Faço que sim com a cabeça. Ele sorri e volta a atenção pra estrada.
— Depois que comprar seu celular, vamos ver um filme? Lá em casa? — Diz Bruna. Eles se olham pelo retrovisor.
— Pode ser. — Diz Luan.
— Preciso ir pra casa.
— Vê o filme com a gente. O Luan te leva depois.
— É. Depois eu te levo. — Ele me olha por uns segundos, depois volta a olhar a estrada.
— Ok. Eu assisto o filme com vocês. Mas só um.
— Ok. — Os dois respondem juntos.
Tô sentindo que não vai prestar. De dois, um: ou a Bruna vai dormir e eu e o Luan vamos nos pegar no sofá; Ou quando ele me levar, vamos nos pegar no carro. Ou os dois!

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