Capítulo 14

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CHECK-IN — Capítulo 14

Depois que Evandro fez eu programar meu relógio pra oito horas, pois tem audiência amanhã, ele e Nallanda vão embora, e Bruna se disponibiliza a me encher de perguntas.
— Você tá gostando dela?
— Dela quem? — Finjo de sonso.
— Não se faz de sonso! Da Nallanda.
— Que? Claro que não.
— Te conheço, Luan Rafael! — Reviro os olhos.
— Exatamente por me conhecer é que deveria saber que eu não gosto de ninguém. — Me levanto e vou até a mesinha. Pego um conhaque pra mim. Senti tanta falta disso.
— Para de palhaçada, Luan. Não é porque a Giovanna era uma piranha, que a Nall também é.
— Eu não gosto de ninguém! — Sento no sofá de novo e tomo um gole do conheque. — A gente só transou. Nada mais.
— Uma transa, que você está querendo repetir. Eu ouvi quando a convidou pra vir aqui hoje a noite.
— Já que ouviu, sabe que é pra sair. Aliás, vou subir e tomar um longo banho, depois dormir na minha cama. — Me levanto e caminho em direção a escada.
— Só não magoa ela. A Nallanda gosta de você de verdade. Caso contrário, não teria ajudado a tirar você de lá.
— Sabemos que foi por você.
— Sabemos que não. Abre o olho, Luan. Eu te amo, mas se você magoar a Nallanda, depois de tudo que ela está fazendo _por você_, eu vou parar de falar com você. — Suspiro e subo. Vou pro quarto que era meu antes de eu ser internado.
Assim que abro a porta, fico surpreso ao ver que também está redecorado. As paredes que antes era brancas, estão cinza claro. A cama que antes era cama box, agora é uma king-size (acho que é isso).
Bruna realmente se superou.
Entro quarto e Bato a porta. Vou pro banheiro, tiro a roupa e tomo um belo e demorado banho.
Quando saio, visto uma cueca, ligo ar e me jogo na cama. Não demoro a pegar no sono.

Acordo e olho o relogio ao lado da cama. Seis e meia.
Me levanto e tomo um banho. Depois saio do banheiro, visto algo mais leve e desço. Bruna está no sofá. Sento ao seu lado.
— Já sabe pra onde vai? — Pergunto, a olhando.
— Sei! Vou sair com o Evandro pra Jantar. — A olho.
— Com o Evandro?
— É! Algum problema? — Ela me olha.
— Não. Claro que não. Só é estranho. — Dou de ombros.
A campainha toca. Me levanto e vou até a porta. Abro a mesma e dou de cara com a minha mãe.
— Lu-luan? — Engulo em seco.
— Olá, Mamãe. Feliz em me ver?
— O que você está fazendo aqui? Era pra estar na clínica.
— Na verdade, era pra estar saindo da Sexy Girl, mas seu marido pagou ao Roberto para me manter preso, mesmo depois que eu melhorei, a dois meses depois da minha internação.
— Como assim? O que você quer dizer?
— Que o meu amado papaizinho pagou ao meu psiquiatra para mentir, dizendo que eu ainda estava em crise. Ele fez tudo isso pra assumir minha empresa e vender.
— Isso é impossível! Seu pai jamais faria isso.
— Ele não faria, mãe. Ele fez! E graças a minha irmã, consegui sair de lá.
— Não. — Ela se apoia na parede. — Ele sabe que eu não aceitaria isso...
— Ele mentiu, mãe. — Ela fraqueja. — Mãe? — A seguro. — Está bem?
— Sim.. Eu só.... Só fiquei tonta.
— Vem. Vamos entrar. — A ajudo a entrar e fecho a porta.
Levo minha mãe até a sala e a sento no sofá.
— Quem era... Mãe? — Diz Bruna, vindo da cozinha.
— Filha. Diz que é mentira. Diz que seu pai jamais faria isso com o Luan. — Bruna me olha.
— Sinto muito, mãe. É verdade. O papai faz isso a três anos. Se não fosse o Evandro, Luan ainda estaria preso naquela clínica.
— Eu não sei... Eu não sei porque ele faria isso...
— Ninguém sabe. Ele Simplesmente me odeia... — Digo baixo. — Mas o que importa é que eu estou aquí. — Sento ao lado dela. — E bem. — Ela me olha, logo depois me abraça.
— Eu senti tanto a sua falta, meu amor.
— Eu também, mãe. Mas infelizmente a senhora não acredita que eu não tenha matado aquele imbecil.
— Eu acredito em você, meu bebê. Só não te visitava porque seu pai não deixou. — Cerro o maxilar. — Filho...
— Não precisa falar mais nada, mãe. Pensando bem, melhor a senhora ir. Tenho visita em... – Olho o relógio. – Uma hora.
— Ah... Claro. Então vou indo. — Ela se levanta. Me levanto também. — É bom te ver bem, meu filho. — Diz ao me abraçar. Retribuo ao abraço.
A levo a porta e espero se afastar Lara entrar. Bruna me olha.
— Você não consegue perdoar ela, não é? — Pergunta me olhando.
— Não! Eu simplesmente não consigo a perdoar por ter desacreditado.
— Olha, eu não duvido nada que o papai tenha a proibido te ver. Sabe como nossa mãe é! Ela sempre seguiu as ordens dele. — Suspiro.
— É! Eu sei! Ela sempre foi capacho. — Faço um bico e suspiro de novo. — Vai se arrumar e vaza. Preciso fazer o jantar.
— Ok. — Ela sobe, mas para na metade da escada. — Deixa um pouco do jantar pra mim. Estou com saudade da sua comida. — Sorrio.
— Pode deixar, mana. Vai se arrumar logo. — Ela RI e sobe. Vou pra cozinha e começo a preparar o jantar.

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