Capítulo 04

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CHECK-IN – Capítulo 04

Coloquei minha melhor roupa, fiz uma leve maquiagem no rosto e fui ao encontro da tal Bruna. Assim que cheguei ao restaurante, reparei na finese do Lugar.
– Claro! Família rica. – Falo comigo mesma.
– Com licença. – A recepcionista me chama. – Posso ajudá-la em algo?
– Ah, oi. Pode sim. Vim encontrar Bruna Santana.
– Só um minuto. – Ela verifica um papel. Creio eu que seja a lista de reservas. – Aquí. Me segue. – Diz dando a volta no balcão.
A sigo pelo salão principal e ela logo indica uma mesa, onde há a loira de hoje a tarde.
– Licença. – Diz e se retira. Me aproximo da mesa e Bruna ergue o olhar. Me sento a sua frente.
– O que quer comigo?
– Primeiro, vamos fazer os pedidos. Depois vamos ao que interessa. – Diz e reviro os olhos. Ela sorri de lado e olha o cardápio.
Suspiro e fico a encarando. Ela me olha e RI.
– Não vai escolher? Faz mal ficar sem comer. – Diz debochada.
– Não estou com fome.
– Tem certeza?
– Tenho. – Ela continua me olhando. – O que você quer, hein? Tá enrolando muito.
– Calma, garota. Nunca ouviu dizer que a pressa é inimiga da perfeição? – No momento a minha única inimiga é você.
– Olha, você só pode estar de sacanagem com a minha cara. – Me levanto. – Com licença. Amanhã trabalho. – Começo a andar em direção a saida.
– Espera. – Sinto sua mão em meu braço. – Eu vou falar. – A olho. – Prometo. – Suspiro.
– Ok. – Voltamos pra mesa. – Então?
– Eu quero sua ajuda pra tirar meu irmão de lá.
– É o que? Você tá louca? Eu vou perder meu emprego. – A olho sem acreditar.
– Não vai. Você é nova lá. É mais fácil de confiarem em você. Ainda mais se mostrando proficional.
– E eu me mostro.
– Exatamente. É só você não ceder ao Luan, que você consegue a confiança deles.
– E o que te faz pensar que eu cederia ao seu irmão? – Arqueio as sobrancelhas.
– Meu irmão é irresistível. Eu sei disso. Ele tem o poder de convencer qualquer mulher, a qualquer coisa. Soube da última enfermeira?
– Soube. Mas não serei fraca a ele. Ele nem é tudo isso. – É sim!
– Se você diz. Bom, você é fácil deles confiarem. Se você se mostrar proficional, eles vão te pôr pra cuidar do Luan. Com você ajudando, será mais fácil!
– E por que eu ajudaria? – Ela se apoia na mesa e me olha.
– Você tem irmãos?
– Tenho!
– Você ama eles? – Não entendo a pergunta.
– Amo!
– Então, se um deles estivesse preso em um hospício, sendo acusado de assassinato, preso em uma camisa de força e um quarto que não tem nem cama, sendo tratado com bicho. Você não iria querer ajuda? Ainda mais você sabendo que ele nunca matou ninguém. Você não iria querer ajuda? E sabendo também que tem uma pessoa que está perto dele todos os dias, podendo ajudar. Você não iria pedir ajuda a essa pessoa? – Engulo em seco. – Você não iria querer ver seu irmão livre? Feliz? – A voz dela falha. – Não iria querer fazer de tudo pra provar a inocência dele? – Fico em silêncio. – Responde, Nallanda. Você iria?
– Sim! – Minha voz sai baixa.
– Então. Você vai me ajudar? – Suspiro a olho.
– Vou! – Ela parece aliviada.
– Obrigada! Não sabe como serei grata por sua ajuda.
– Sei, sim! Eu me coloquei no seu lugar enquanto falava.
– Então sabe o que estou sentindo...
– Sei! Agora realmente preciso ir. Amanhã trabalho. E vou começar a pensar em algo. – Me Levanto.
– Tá. Anota meu número aí. Pra gente manter contato.
– Tá. – Pego meu celular e abro a agenda. Bruna fala o número e anoto, logo salvando.
– Nallanda, obrigada por ajudar...
– Não é nada! Você faria o mesmo por mim. – Sorrio e me viro. Ando até a saida e vou pro ponto de táxi. – Agora é coragem, Landa.

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