Capítulo 25

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CHECK-IN — Capítulo 25

Chego em casa e estaciono o carro. Saio do mesmo, dou a volta e pego o garoto.
— Eu sei andar, sabia? — Diz.
— Aé? Então tá! — O coloco no chão. — Entra.
— Me dá a chave. —Tiro a chave do bolso e entrego a ele. O garoto pega da minha mão e sobe as escadas da frente. Ele fica na ponta do pé, tentando alcançar a fechadura. — Me ajuda.
— Eu não! Você disse que sabia. — Me encosto no carro e fico o olhando, enquanto rio. Ele continua tentando. Até, que Bruna abre a porta.
— Mas o que? — Ela olha pra baixo. — O que é isso?
— Um bebê, Meu nomezinho é Luan Farrael (Rafael) Zunor. — Diz ele, olhando pra cima. — E ele — aponta o polegar pra mim — é meu papai. — Paro de rir. Ainda não me acostumei com isso.
— Isso eu reparai. Mas porque você que estava tentando abrir a porta e não ele? — Bruna me olha. — Bebeu?
— Não. Ele disse que sabia, então deixei ele entrar sozinho.
— Atá. Entrem logo. — Desencosto do carro e subo as escadas. Entro com o menino e Bruna fecha a porta. Ele vai pra sala e Bruna me segura no Hall. — O que ele faz aquí? Depois de explico. Vem. — Vou pra sala com ela. — Tá com fome?
— Tô. Tem Cleme de bacate?
— Que coisinha linda! — Diz Bruna com voz de criança. — Não tem, mas vou fazer. — Bruna coloca ele no sofá.
Ligo a TV e coloco Homem de Ferro pra ele ver.
— Fica quieto aqui. Vou ajudar ela na cozinha, ok? — Ele faz que sim. Vou pra cozinha com Bruna.
— Luan, ele é a sua cara! — Diz dando a volta no balcão.
— Tem como negar que é meu?
— Nem um pouco! Ele não tem absolutamente nada da outra. — Diz pegando as coisas pra fazer o creme. — Mas mudando de assunto, como ele veio parar aqui?
— A Giovanna me chamou pra conversar por um motivo: Está morrendo. Ela ia passar ele pra mãe, mas como me encontrou, quer passar pra mim.
— Morrendo? — Faço que sim. — Sabe que vai ser difícil conseguir ele agora, né? Você está sendo acusado de assassinato.
— Sei! Por isso a Giovanna vai passar a guarda dele pra você.
— Pra mim?
— Vai ser mais fácil e ele vai estar perto de mim.
— Ah, mas como ele veio pra cá?
— Então, vadia ruiva fez drama pra eu levar ela em casa e eu levei. Quando fui sair, ela desmaiou.
— Desmaiou? Tem certeza que ela não tava mentindo?
— Olha, eu sempre soube que ela era boa atriz, pois me enganou por dez anos. Pensei que era fingimento, mas não é. Bruna, a garota caiu que nem um monte de merda no chão. Eu a sacudi e nada, nem se mexia. Chamei a ambulância, foi mais de meia hora e nada dela acordar. A babá do garoto é menor e tinha aula amanhã, então só restou eu.
— Entendi. E como você reagiu quando ela Desmaiou?
— Primeiro, RI feito louco, mas quando ví que era sério fiquei meio preocupado. Mas passou!
— Você amou muito ela, né?
— É! Amei! — Ela liga o liquidificador. Quando desliga, respiro fundo. — Ela quer morar com a gente.
— O que?
— Pra ficar perto do menino, enquanto não morre. Eu disse que ia ver com você.
— Olha, Luan. Eu odeio ela! Mas por mim, tudo bem!— A olho surpreso. — Eu entendo ela. Eu ví o sofrimento da mamãe longe de você. A Giovanna pode ser a pior pessoa do mundo, mas é a mãe que Deus deu ao seu filho e ela ama ele. Nenhuma mãe merece ficar longe do filho, ainda mais em poucos meses de vida. — Respiro fundo.
— Entendo. Você sabia  que a mamãe acredita em mim, né?
— Sim! Sempre soube. Mas não te falei pra não te deixar com raiva.
— O papai é um idiota! — Digo.
— Eu sei! — Bruna coloca o creme no congelador. — Sabe por que comprei essa geladeira? — Nego com a cabeça. — Por que ela tem configuração. — Diz apertando uns botões na porta. — Só esperar.

_Cinco minutos depois…_

Bruna tira o creme do congelador e coloca em dois potinhos e me entrega.
— Toma. Leva pro seu filho. — Pego os potinhos e vou pra sala. Entrego o do menino e sento ao seu lado pra comer.
Depois de uns minutos, Bruna vem da cozinha. Ela nos olha e RI.
— Que foi? — Pergunto.
— Vocês são muito iguais. — Dou de ombros.
Bruna pega o celular e fica mexendo.
— Nall adorou ver vocês juntos. — A olho. — Tirei uma foto e mandei pra  ela. — Dou de ombros e volto a comer.
— Acabei! — Eu e o garoto falamos juntos. Nos olhamos. — Se sujou todo. — Rimos.
— Ok, crianças. — Diz Bruna se levantando. — Vão tomar banho pra dormir.
— Tá. — Entregamos os potinhos pra ela. Me levanto e pego o garoto no colo. — Boa noite, Piroca.
— Boa noite, Piron. — Subo com o garoto e vou pro meu quarto. Entro no banheiro e o coloco no chão.
— Escuta, vou te dar banho e você  vai me esperar no quarto, ok? — Ele faz que sim — Ótimo! — Tiro a roupa dele e abro o chuveiro. O coloco de baixo d'água.
Depois de dar banho nele, o enrolo em uma toalha de rosto, que é perfeita pro tamanho dele e o mando pro quarto. Tiro minha roupa e tomo um banho.
Depois de dez minutos, enrolo uma toalha na cintura e vou pro quarto. O menino não está, mas a porta do meu closet está  abreta. Vou até lá. Ele está com uma cueca minha, tentando fazer ela ficar bem nele, sem cair.
Pego meu celular e tiro uma foto.

*Piroca ♔*

📷 Foto _23:00_ *√√*
< Olha isso. Kkkk. _23:00_ *√√*
> Acho que tá  um pouco grande kkkkkk. _23:01_
< Também acho. Vou ajudar ele. Beijo.  _23:01_ *√√*
> Tá. Morde a bunda dele por mim. _23:02_
< Eu não! _23:01_ *√√*

Vou até o menino.
— Tá meio grande em você, mas logo dá. — Ele se assusta. — Calma. — Rio. — Vamos dar um jeito nisso. — Me abaixo ao lado dele. Dou um nó nas duas laterais da cueca. — Ótimo! Agora vou me vestir. — Visto uma cueca. — Pronto. Vamos. — Pego ele no colo e vou pro quarto. O coloco na cama e apago a luz. Logo deito também. Ele fica se mexendo. — Para de se mexer, garoto.
— Você não é meu papai? — Pergunta me olhando.
— Sou!
— Então por que me chama de "galoto" ou "menino", e não de filho? — Engulo em seco. Por essa eu realmente não esperava. — Você tem medo?
— Um pouco... Eu não esperava ser pai agora. Ainda mais de um menino tão esperto.
— Entendo. A mamãe falou que você ia ser o melhor papai do mundo. — Sorrio.
— Melhor que o meu, com certeza vou ser! — Sorrio fraco.
— Eu gostei de você.
— Que bom! Eu também gostei de você. Agora vamos dormir.
— Tá. — Fecho os olhos. Depois de uns minutos, ele me cutuca. — Mimiu? — Não respondo. Ele vem até mim e deita em cima de mim, com a cabeça no meu peito e as perninhas uma de cada lado do meu corpo. — Boa noite, papai. — Diz e dá um beijo ma minha bochecha. — Te amo. — Então ele deita a cabeça em meu peito de novo.
Me sinto tão... Alegre por isso, por ter ele aqui. O envolvo com meus braços e fico fazendo carinho em seu cabelo.  Logo sinto a respiração dele mais leve.
— Boa noite, filhão. — Fecho os olhos e logo durmo.

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