Capítulo 08

326 7 0
                                    

CHECK-IN – Capítulo 08

[ Uma semana depois…]

Estou com uma roupa meio indiana, linda. Um "chapéu" enome e pontudo. Há umas garotas atrás de mim, e estamos dançando. Parece que estamos no céu.
Olho pra frente, dando de cara com ELE, em uma camisa rosa pérola de botões e uma calça creme.
Ele fica me comendo com os olhos enquanto danço. A música continua, mas as mulheres que estavam comigo não estam mais.
Caminho até ele e vou o empurrando.
Como mágica, estou em uma cama de motel e ele vem em minha direção. Ainda estou com a roupa indiana, quando ele sobe na cama e tenta me tocar, porém não deixo.
Agora a cama está flutuando sobre a água, e estamos os dois deitados. Ele deita por cima de mim e me beija. Suas mãos apertam minhas coxas, enquanto seus dentes prendem meu lábio inferior.
– Você é tão gostosa. – Diz contra meus lábios. – Tão minha.
– Sim. Só sua. – Levo as mãos ao cabelo dele e o puxo, iniciando outro beijo. Começo a abrir sua camisa, até tirá-la e jogar pro lado. Arranho seu abdômen, e começo a abrir sua calça.
Quando vou tirá-la....

Levanto no susto com alguém espancando a porta. Olho o relógio e são sete da manhã.
Passo a mão em minha testa suada e me levanto. Visto o roby da minha camisola e abro a porta.
– Você ainda está assim? – Diz Evandro me olhando.
– Oi? Bom dia pra você também. – Falo com ironia e volto pra dentro do quarto.
– Bom dia! Vai se arrumar. Vou levar você pro trabalho. Te espero lá em baixo. – Ele fecha a porta e sai.
Levanto e vou pro banheiro. Tomo meu banho e me arrumo.
Desço e vou pra cozinha.
– Bom dia. – Falo sem olhar eles.
– Mana, me empresta seu uniforme pra eu ir na festa da escola? – Diz Manuelle e a olho sem entender. – Vou me fantasiar de enfermeira.
– Não! Isso é do meu trabalho.
– Não sei como te deixam usar isso. – Diz Evandro. – Entendo por que o tal Santana te agarrou. Olha o tamanho desse vestido.
– Como? Nallanda pegou um paciente? – Manu me olha. – Quem te viu, quem te vê. – Reviro os olhos.
– Muito obrigada por ficar calado, Evandro. Vamos logo. – Pego. Uma maçã e saio andando.
– Me esperem.  – Manuelle vem correndo atrás. – Vandro, me leva no colégio?
– Ok. – Saímos e vamos pro carro. Sento no banco do carona e fico olhando pela janela, enquanto imagens dos sonhos invadem minha cabeça.

Chegamos ao IPSG e entramos direto. Evandro foi falar com o DRT.Roberto e eu com o Luan.
– Tem certeza  que vai ficar sozinha com ele? – Pergunta Nato, antes de abrir a porta.
– Sim. Pode abrir.
– Então tá. – Ele abre a porta e entro com o carrinho. Luan está dormindo.
Fico o olhando. Como pode ser tão lindo?
Me abaixo perto dele e toco seus cabelos macios.
– Queria saber porque não sai da minha cabeça. – Falo baixo.
– Eu me pergunto isso todo dia. – Diz abrindo os olhos, me fazendo cair.
– Que susto, seu Demônio. – Levo a mão ao peito.
– Desculpa. – Ele se senta. – Sobre aquele dia, desculpa ter sido grosso. É que não aguento mais viver assim.
– Tudo bem. Meu irmão está aí. Ele quer te ver.
– Você trouxe ele, mesmo eu sendo um babaca. – Diz com um sorriso de canto.
– É pela Bruna.
– Eu sei.
– Que bom. – Me levanto. – Vai tomar banho. – Ele se levanta e vira pra eu abrir a camisa. O faço.
Luan vai pro banheiro e suspiro. Deixo a roupa dele por perto e levo e espero do lado de fora, por precaução.
Quando acaba, coloco novamente a camisa de força nele, e isso me causa uma aflição enorme, então tiro.
– Toma. – Entrego uma camisa normal. Ele me olha sem entender. – Você não precisa de uma camisa de força.
– Você tá se arriscando, Nallanda. Fecha logo essa camisa.
– Não. Coloca logo a camisa normal. Meu irmão ainda trabalha hoje. – Ele sorri de lado e veste a camisa. Parece outra pessoa. – Vamos. – Abro a porta, e saimos. Vamos andando pelo corredor, até a sala de segurança.
Quem passava por nós, olhava surpreso.
Abro a porta da sala de segurança e deixo ele passar. Entro junto e encosto a porta.
– Não fala merda. Ele quer te tirar daqui.
– Relaxa, enfermeira. Não vou fazer merda.
– Ótimo. – Me preparo pra sair da sala, mas Luan me segura e me prensa na parede.
– Senti falta de te ver durante a semana. – Diz olhando meus olhos.
– Eu também... – O que eu tô falando?
– Obrigado de novo. Eu sei que é pela minha irmã, mas mesmo assim.
– Não é nada.
– É sim! É muita coisa, Nallanda. Você não faz ideia. – Ele desvia o olhar pra minha boca e vai se aproximando.
– Desculpa atrapalhar. Mas tenho hora. – Luan me solta no ato. Olho Evandro sem graça.
– Eu... Vou trabalhar. Fiquem a vontade. – Saio da sala e fecho a porta. Me encosto na parede e respiro fundo.
– Ele tá te pegando de jeito. – Diz Nato, me asusstando.
– Que? Claro que não. Tchau, garoto. – Viro as costas e saio andando.
Acho que ele tem razão.

♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥

Check-inWhere stories live. Discover now