Capítulo 12

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O mar era realmente uma coisa bonita. Ana nunca havia visto de perto, somente pela janela do avião, ou do carro. Seus pais achavam vulgar toda aquela falta de roupa que se tem na praia, ela não contestava.
O que poderia fazer, afinal?

Mas ali estava ela, com os pés na areia, em sua noite de núpcias, tirando o vestido para poder mergulhar naquelas ondas congelantes à sua frente.

— Você sabe nadar? - Christian perguntou, e ela tentou não focar apenas no peito nú do homem, e sim nas palavras que saíam de sua boca.

— Eu, hã, eu sei nadar numa piscina - confessou.

— Não é a mesma coisa - ele riu. - Mas tudo bem, só não sai de perto de mim, okay?

Ela balançou a cabeça e deixou o vestido cair aos seus pés, desamarrou o cabelo e o amarrou novamente, mais alto dessa vez, e seguiu Christian para a água.

Seu corpo inteiro se arrepiou assim que seus pés tocara na areia molhada, sentiu o frio cortante quando se aproximou totalmente e seus dentes realmente bateram uns nos outros quando entrou no mar por completo.

— Hey, vem cá - Christian chamou, puxando-a para si.

A garota foi de bom grado ao sentir o corpo quente do outro contra o seu, o calor passando para o tecido da lingerie e a esquentando mais ainda.

Era uma sensação realmente diferente. E boa. Nada comparável a algo que ela já havia vivido.

Ela nunca nem mesmo foi abraçada por um homem que não houvesse sido o seu pai, e seu primeiro beijo havia sido no alta após dizer sim.

Os braços de Christian ao seu redor, com ela vestindo nada mais do que lingerie, com o peito dele quente contra ela, a água ondulando e balançando os dois.

Ela sentia tudo e nada.

Era um aperto no peito e uma aflição no estômago. Uma vontade de viver tudo na vida, e ao mesmo tempo de morrer trancada no quarto. Ah, e uma falta de concentração também que ela ao menos sabia... Era algo que atrapalha tudo dentro de si e ao mesmo tempo lhe fazia experimentar sensações que sempre apenas sonhou em como seria senti-las.

Ela queria sentir mais e mais, sempre mais.

A morena levantou a cabeça, deixando seu rosto a centímetros do de Christian e tocou seus lábios nos dele.

Houve algo a mais ali, como no quarto alguns minutos antes, uma chama crescendo.

Ele a apertou mais forte contra si, e invadiu sua boca com a língua.

A garota nem soube o que ou se estava fazendo o certo, apenas o imitou, deixando-se levar pela sensação quente em seu baixo ventre de repente.

E ela queria aquilo. E de repente ela queria muito.

Seu coração chegou a errar as batidas quando ele a beijou mais intensamente, sendo ousado com mãos em sua cintura, levantando-a, fazendo-a entrelaçar as pernas em sua cintura, colando seu corpo de uma forma única com o dele.

O frio já esquecido há muito tempo.

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