Capítulo 25

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Às 8h40min daquela mesma segunda feira, Christian percebeu que Ana havia o perdoado, mas parecia envergonhada de repente. Ele perguntava, ela respondia de cabeça baixa; ele tocava nela, e ela ficava vermelha. Fosse por nervosismo ou não, a garota parecia estar o evitando. Ele não comentou. Comentar parecia ser seu ponto fraco, e ele não queria fazer a garota chorar antes do seu primeiro dia na faculdade... De novo.

Ele não queria antes nem depois, é claro.

_ Sawyer vem te buscar às 15h - informou ele quando Taylor parou o carro em frente os portões da escola.

Ana olhava pela janela, todos os alunos entrando, alguns parecendo animados, outros apenas entediados, alguns conversavam excitados, outros nem tanto.

_ Vai me deixar aqui sozinha? - ela perguntou, virando-se para ele.

_ Bom, eu não posso entrar com você.

_ Mas como é que...

_ Logo você faz amigos, não se preocupe.

Deus, ele se sentia como um pai levando a filha para o primeiro dia no maternal.

Nem parecia que havia transado com aquela garota.

Ana abaixou o espelho do carro e se olhou, verificando se o batom não estava borrado, ou o cabelo fora do lugar.

Aquilo era normal, ele percebeu que ela fazia aquilo sempre, por isso, apenas soube que ela estava enrolando quando a garota ajeitou o cabelo - já perfeito - quatro vezes seguidas.

_ Tudo bem, Ana, você realmente tem que entrar ou vai se atrasar, e acredite, você não quer se atrasar - Christian falou.

A menina suspirou.

Taylor saiu do carro e abriu sua porta, mas ela não saiu, pois muitas pessoas se viraram para ver quem sairia do carro, e ela apenas travou.

Christian pressionou os lábios um no outro e saiu do veículo, dando a volta no mesmo e lhe estendeu a mão.

Ana saiu - não porque muitas meninas ficaram olhando para seu marido naquele termo azul marinho e sim porque ela iria sair mesmo, claro.

_ Não se preocupe - ele sussurrou, ainda segurando sua mão e passando a outra por seu rosto, tocando seu queixo delicado.

Para a surpresa de Christian - ou nem tanta, o diretor da faculdade foi até eles no mesmo instante.

O homem estava esperando que a garota chegasse.

_ Sr. Grey, é um prazer revê-lo - ele apertou sua mão.

_ O mesmo, sr. Filth - saudou Christian.

_ E a senhorita é Anastacia Grey - virou-se o homem para a morena, pegando sua mão e a beijando. - É uma honra tê-la em nossa universidade, senhorita, digo, Sra. Grey.

_ Obrigada - respondeu a garota, tirando discretamente a mão da homem.

Ele parecia animado demais com tudo aquilo.

_ Então, é melhor a Ana ir antes que ela se atrase - Christian falou antes que o homem começasse.

_ Ah, claro - o outro falou, e olhou para trás, parecendo procurar alguém. - Srta. Kavanagh, por favor - chamou uma garota loira que parecia apressada para entrar.

_ Sim, diretor? - ela pareceu surpresa, mas foi simpática mesmo que claramente estivesse apressada.

_ Mostre a Anastacia onde é sua primeira aula que a Iniciação, e depois a leve para a aula de Literatura Moderna, na sala 18 do segundo andar - disse o diretor com eficiente.

Era estranho um diretor saber as aulas de uma aluna, ainda mais novata, mas é claro que ninguém comentou nada.

E Ana apenas se aproximou um pouco de Christian, beijou seu queixo delicadamente e acenou para Taylor antes de seguir para a universidade.

Logo, ela descobriu que Srta. Kavanagh era Katherine Kavanagh, que não era sua empregada - pois Ana apenas havia andado a sua frente, e sim, ela também havia dito para a garota segurar sua jaqueta enquanto andavam.

Kate era sincera de um jeito um pouco hostil, mas não de um jeito que magoava Ana e sim que a deixava com os pés no chão, mostrando que mesmo que a garota fosse rica, muitas pessoas ali era também, e só porque o diretor mandou alguém ajudá-la não queria dizer que iria segurar sua jaqueta.

Ana gostou de Kate contra todas as circunstâncias.

Depois de sua aula de iniciação que durou cinqüenta minutos e todos apenas falaram sobre o curso de Literatura e sobre a faculdade, Kate estava esperando Ana na porta da sala, pronta para levá-la para sua segunda - mas primeira também - aula, que por conseguinte era a mesma que de Kate.

Assim que chegaram à sala 18 do segundo andar, Kate guiou Ana para a terceira fileira da arquibancada, e sentaram lado a lado. A conversa que seguiu não durou muito, pois o professor logo entrou, sessando todas as conversas alheias.

_ Bom dia, alunos. Essa a nossa primeira aula, mas não precisam ter medo. Principalmente, essa turminha aqui na frente, eu sei, eu sei, eu estou sentindo vocês. Não se preocupem, eu não uso alunos como exemplos, podem relaxar - muitos alunos realmente riram, principalmente os da frente.

Ana franziu o cenho e tirou o cabelo do caminho, logo apoiando a cabeça na mão, mirando o professor.

_ Okay, tem uma coisa bem chata que eu gosto de fazer, mas me ajuda a gravar meus alunos. Então, vamos voltar ao jardim de infância e nos apresentar.

Todos fizeram "aah" em desgosto, mas o professor apenas riu e disse que não iriam se safar das apresentações.

Porém, em vez de começar pelo canto, pelo final, ou pela frente, o professor apenas levantou o indicador e o girou até parar em algum aluno que ele quisesse que começasse.

Fosse destino, ou até por ela ser protagonista da história, o professor apontou para Ana.

A morena arregalou os olhos e se manteve ereta na cadeira.

_ Muito bem, vamos lá, nos diga seu nome e sobrenome e alguma sobre você que você acha que é diferente para os outros.

Ana abriu a boca, mas a fechou em seguida, passou a mão no cabelo e inspirou o ar apressada.

_ Tudo bem, tudo bem, não precisa ser apressada, nós temos bastante tempo para todas as apresentações - o professor murmurou, dando uma piscadinha para a garota de brincadeira.

_ Hã, okay... Meu nome Anastacia Grey - ela respondeu, tendo completa atenção da turma e do professor. - E... Bom, eu não sei, o que tenho de diferente dos outros. Acho que... Ah, é, bem, eu tenho dezoito anos e sou casada com um empresário bilionário que eu mal conheço.

Com certeza o fato de o professor ter estreitado os olhos significativamente fora pelas sua "coisa diferente".

Porque ela tinha razão: aquilo era algo bem diferente para os outros. De fato, muitos alunos se espantaram, arregalaram os olhos, e muitos nem tentaram disfarçar os cochichos.

Logo o professor levantou a mão para pedir silêncio e foi atendido.

_ Muito bem, Anastacia. Bom, eu sou seu professor de Literatura Moderna, Jack Hyde.

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Oi? Turu bom? Postando e saindo 🌝🌚 gente, eu vou responder aos comentários, é que não ta dando tempo, mas vou tentar responder hoje à noite ou amanhã, prometo! 😍 vcs são demais, não achem que eu não to vendo os votos ou comentários, vcs enchem meu coração de alegria e prazer - sim, to vendo esses comentários hot tbm kkk 😁😁 até, xoxo

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