Capítulo 7

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.•*.•*.•*.•*.•*.•*.•*.•*AMY.•*.•*.•*.•*.•*.•*.•*.•*

    Quando acordei, já era noite. Ou seja, eu ficaria acordada a madrugada inteira. Merda.

—Veja só quem acordou — Viv colocou o livro de lado. —Como está se sentindo?

—Bem, eu acho —Foi aí que meu ombro deu sinal. —Ou não.

—Vai melhorar. Seu médico particular cuidou de tudo mesmo —Sorriu, maliciosa.

   Lembrei das merdas que eu tinha falado para Logan e como agi. A culpa foi dele! Ele quem me embebedou!

—Me erra!

Levantei, indo em direção à porta.

—Onde vai?

—Comer, posso?

—Vou com você.

Saímos juntas. Meu ombro estava horrível. Não gostava nem de olhar. Ainda tinha um pouco de sangue na gaze e ao redor da costura.

—Como está nossa pequena Amy? —Perguntou Olívia.

—Mais ou menos —Sentei-me à mesa.

—Soube que seu médico particular foi bem violento. Rasgou até suas roupas —Peter aumenta mas não inventa.

    —Uuh —Pérola riu.

    Eu ri e revirei os olhos.

    —Oh, Loggie, me salve, Loggie —Ele tentou - sem sucesso, claro; minha voz não era tão estridente - me imitar.

    Fingi procurar algo no bolso e de lá, saiu apenas minha mão mostrando o dedo do meio para Peter.

    —Ai, mulher estressada —Continuou com a voz.

   A League tava destruída. Tínhamos que ajudar os feridos, arrumar os prédios, cuidar da horta. Era muito. Eu, como ferida, fui dispensada.

    —Como tá seu ombro? —Logan perguntou assim que se aproximou.

    Eu estava no Salão principal, sentada em um dos bancos.

    —Bem, obrigada.

    Ele anuiu. E então, todas as merdas que eu tinha dito no dia anterior vieram à cabeça.

   —Ah, desculpa aquela baboseira que eu falei ontem. Afinal, os bêbados vêem as pessoas mais atraentes do que elas realmente são.

   —Cara, você é uma cavala mesmo —Ele riu. —O que eu sei é que bêbados dizem o que pensam. Fazem e dizem tudo que vem à cabeça.

   —Então naquele dia você realmente queria me beijar? —Retruquei.

    Ele sorriu de canto.

    —Você é esperta, Collins.

    —Só devolvo com a mesma moeda.

    E, por um instante, nossos olhos trocaram farpas, enquanto eu percebia que seus olhos tornavam-se da cor do oceano à noite, até ele quebrar aquilo.

    —Preciso ajudar o pessoal. Te vejo depois.

   Anuí, vendo-o sair. Fiquei um tempo ali, feliz por estar sozinha por um instante. Todos passavam apressados no lado de fora, carregando coisas, arrumando outras, tentando não tropeçar nos próprios pés pelo escuro que a noite nublada fazia. Depois de um tempo olhando para o nada, fui para o dormitório. Tomei um banho, coloquei um moletom que meu irmão tinha esquecido comigo e uma calça folgada. Deitei na cama e fiquei olhando para o teto. Até que meu irmão e minha sobrinha entraram.

League: Guerra CivilOnde histórias criam vida. Descubra agora