Capítulo 35

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.•*.•*.•*.•*.•*.•*.•*.•*AMY.•*.•*.•*.•*.•*.•*.•*.•*

Eu passei a noite em claro, pensando em alguma maneira de fugir. Como se tivesse, com aquele idiota me vigiando o tempo inteiro. Pensei também em minha mãe. Ela está viva. Viva. Eu perdi todo esse tempo sofrendo. Meu pai... morreu em vão? Minha cabeça doía. E Logan... ai meu Deus, como eu sentia falta dele. Como eu queria que tudo aquilo fosse mentira. Como eu queria estar em seus braços quentes agora, tomando uma xícara de café.

Em um momento, quando eu tentava dormir, o brutamontes abriu a cela e entrou. Parou ao meu lado. Fingi que estava dormindo. Ele pôs a mão em meu decote, tentando puxá-lo para baixo enquanto sua outra mão subia por minha perna. Abri os olhos e agarrei seu braço e puxei-o para o chão. Ele caiu de costas e posicionei minhas pernas de tal modo que seu braço ficasse entre elas, puxando seu braço em direção ao meu corpo, com meus dois pés para cima.

—Me solta, sua vagabunda!

Coloquei minhas pernas em seu peito, usando-as como apoio, puxando seus pulsos para meu peito. Arqueei um pouco as costas para facilitar a ação. Ele começou a grunhir.

—Tente me tocar novamente e eu juro que eu te mato.

E quebrei seu pulso. Ele gritou.

—Bom dia, flor —E a Rainha entrou na sala. —Oh, estou atrapalhando algo?

Soltei o homem e fiquei olhando para ela.

—Vi pelas câmeras que ele tentou te molestar —Ela virou-se para a mesa, cheia de aparatos de tortura e pegou uma faca. Voltou a olhar para mim e estendeu a faca. —Mate-o.

O homem ainda gemia no chão.

—Por que você quer que eu o mate?

—Porque sou mulher. E odeio injustiça.

Dei uma risada irônica.

—Você odeia deixar alguém que você julga impune.

—Claro —Apoiou-se na porta da cela. —Agora, mate-o ou deixe-o ir. Saiba que ele tem uma esposa e duas filhas. Se deixá-lo viver, as garotas estarão correndo perigo —Acrescentou, ainda com a faca estendida.

Hesitei mas aceitei a faca. Olhei para o homem, se contorcendo no chão para poder ficar de pé. Filhas... mulher.

—Mate-o, Amy. Homens como ele não fazem falta. Um molestador, torturador. Traidor.

Sua voz soava como um eco em minha cabeça. Aproximei-me dele.

—Ou deixe que ele faça o mesmo com outras mulheres.

Minha respiração estava acelerada. O homem olhou para mim com lágrimas nos olhos. Agachei-me ao seu lado. A raiva e nojo ainda tomavam minha cabeça. Coloquei a ponta da faca sobre seu peito.

—Não, por favor, não —Implorou, esperneando.

—Mate-o, Amy —Ela pedia.

Suspirei e tirei a faca de seu peito mas preparei-a novamente e finquei em suas genitais. Ele gritou enquanto o sangue escorria. Não tirei a faca dessa vez. Levantei-me e fui até a Rainha e fiquei de frente à ela, quase tocando nossos narizes.

—Você acha mesmo que suas alternativas são uma opção para mim? —Perguntei, com mais raiva ainda dela. —Você pensa que controla todo mundo mas não. Você é como uma criança mimada: só faz o que quer porque tem gente para servir.

E forcei-a para sair da cela, seguindo até a porta da sala.

—Guardas! —Ela chamou.

League: Guerra CivilWhere stories live. Discover now