Capítulo 40

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Eu acordei duas horas antes do alarme. Nós sairíamos para a missão dali a 4 horas. Saí do quarto de fininho, para não acordar minha mãe e fui para o gramado. Sentei na grama fria e coberta pelo orvalho, olhando o sol nascer. Eu não me sentava ali há muito tempo. A cidade continuava igual. Fiquei lá até o alarme soar. Levantei, tomei café da manhã e me preparei.

    Encontrei com Joseph no café da manhã.

    —Os dois capturados pela rainha tem tatuagens. Tulyo tem uma tatuagem de tigre e Cristian, uma de uma cobra. Eu vou liderar dois grupos, um de ataque e outro de cobertura. Você fica com o...

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   Dividimo-nos em três grupos, como sempre: resgate, ataque e cobertura, grupos R, A e C.

   Eu estava no R. Não porque eu quis mas porque fui forçada. Eu não queria ver Logan, da forma que eu tinha certeza que o encontraria. Eu queria atacar o lindo palácio daquela vagabunda. Ah, se eu a encontrasse...

   Estávamos confiando no recado que recebemos. Cegamente. Tínhamos medo de quebrar a cara mas... que escolha tínhamos?

   Resolvemos atacar ao entardecer, quando a iluminação não era muito boa no palácio. Tínhamos meia hora. 30 minutos para invadir e tirar Logan de lá. E sobreviver.

    Posicionamo-nos na parte posterior do Palácio. Escondidos entre becos, em meio à lixeiras e esgotos, esperávamos. Um grupo A, um C e o R (subgrupos), que era liderado por mim. Neste instante, na parte leste, os grupos restantes se preparavam para a distração - e ataque - levando maior parte dos soldados para lá.

    —Agora, Collins —Ouvi pelo ponto eletrônico.

   Respirei fundo, me obriguei a seguir.

   Ouvimos algo quebrar.

   —Agora! —Falei para o pessoal.

   Seguimos, organizados em uma tropa rumo ao Palácio. Uma onda de preto e branco organizou-se à minha frente. Eu estava tremendo. A arma estava em minha mão direita, que estava branca e suando. Derrubamos a meia dúzia de soldados que estava ali. Meus olhos encheram-se de lágrimas assim que colocaram a chave na fechadura. Estava lá. Um alarme soou, meu coração disparou. Fechei os olhos, suspirei. Uma lágrima solitária escorreu por meu rosto. Eu estava com medo, com medo de que ele não estivesse vivo, medo de morrer. Medo. Era a primeira vez que eu temia entrar no Palácio.

   Foi tudo muito rápido. Em segundos, estávamos no corredor da parte mais externa do palácio. O nervosismo me corroía. Ouvíamos gritos, passos acelerados. Pude sentir a fúria da rainha acima de minha cabeça. Preparamos os escudos e as armas. Guardas surgiram de todos os lados. O tiroteio iniciou. Um caiu ao meu lado enquanto o guarda mais próximo tentava puxar meu braço. Preparei a arma e atirei. Ele caiu diante de mim. Prosseguiu, atordoada.

    —Amy! —Gritaram pelo ponto. —Suba com a equipe R! Agora!

   Eu estava perdida. Um nó formou-se em minha garganta e tudo o que consegui fazer foi fazer um sinal para as escadas.

    —Vão! —Soltei, correndo rumo à escadaria.

   Soldados surgiram no topo, atirando contra nós. Um deles, eu reconheci. Era um dos capturados da Rainha. Ele fez o sinal de confidência ao nosso grupo e começou a atacar o pessoal da Rainha. Tentei avançar, pisando em poças de sangue, me arrastando sobre corpos e atirando contra os capacetes pretos dos soldados. Vi nosso aliado cair após receber um tiro no centro de seu crânio.

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