Capítulo 17

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Eu ajudava na marcenaria quando senti uma mão fria em minhas costas.

—Logan, podemos conversar? —Cassie perguntou.

Anuí, relutante. Saímos dali, indo para o pátio.

—Por que você está tão distante, de repente? Pensei que...

—Cassie... a gente deu um tempo, lembra?

—É, um tempo. Já passaram meses e você não fala nada. Nem olha pra mim.

—Cassie, a questão é que...

Como escolher as palavras certas?

—Eu não quero voltar.

—O quê? —Seus olhos encheram-se de lágrimas.

—Eu não posso mais fazer isso, Cas.

—Por quê? O que eu... —Sua voz começou a falhar.

—Cassie, eu só...

—Eu vou melhorar, eu prometo.

—Cassie, eu não posso continuar com isso. Você não pode fazer nada.

Ela virou de costas e saiu, pisando forte.

—Cassie! Cassie! —Chamei mas ela ignorou.

Xinguei baixinho e voltei para a marcenaria. Eu fiz isso porque estou realmente sentindo algo pela morena ou era só pela...

—Logan? —Ouvi a voz doce de Amy. —Você tá bem? Eu vi a Cassie saindo chorando daqui.

—Não foi... nada.

   —Como "não foi nada"? Lo... ah. —Ela pareceu lembrar-se de algo.

   —É, eu terminei com ela.

   Amy claramente não sabia o que dizer mas dava para perceber que ela já esperava aquilo.

   —Eu... Será que eles podem me liberar mais cedo?

    —Sim. Vou falar com Luke —E entrou na marcenaria.

    Eu estava atordoado. Cassie me faz muito bem mas... passou. Eu não sinto nada. Aquela paixão acabou. E eu não podia continuar a lhe enganar. E também não queria que Amy fosse "a segunda".

   —Vamos —Amy voltou, colocando a mão em meu braço, para me conduzir. —Precisa de companhia?

   —Não, Amy. Não precisa.

   Ela soltou-me e eu comecei a ir em direção ao bloco. Mas logo parei e voltei a ficar em frente à ela.

   —Obrigado —Dei-lhe um beijo na testa.

   —De nada.

   Mesmo com uma intimidade maior conquistada, ela ainda continuava meio tímida em relação à nossa proximidade. Sorri comigo mesmo.

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   Eu e Cassie praticamente crescemos juntos. Ela era vizinha da minha avó paterna. Sempre que eu ia lá para almoço de domingo ou ia ficar com minha avó enquanto meus pais iam ao centro, nós conversávamos ou brincávamos. Eu sempre achei ela bonita. Dizia que ela era a Branca de neve - pela cor e cabelo dela - e eu era o príncipe. Cassie foi meu primeiro amor, sim. Falei para a minha mãe que casaria com ela um dia e talvez foi por isso que minha mãe colocou na cabeça que éramos um belo casal. Eu só tinha seis anos. Mal sabia o que era casar.

League: Guerra CivilOnde histórias criam vida. Descubra agora