Capítulo 20

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   Tudo foi muito rápido. Como de fato deveria ser. Liv ativou o som.

   —Marcos.

   —Larissa.

   —Johnatan.

   —Lucas.

   Milhares de nomes começaram a ser citados por diferentes vozes nas caixas de sons. Depois, os nomes começaram a ser ditos ao mesmo tempo, incapazes de serem identificados. O povo começou a calar-se.

   —Filhos, pais, netos, tios, sobrinhos, avós, irmãos. Todos mortos por apenas um motivo —Uma voz falou - a de senhor Bernardi para ser mais específica.

Depois, o coral de vozes que diziam os nomes dos falecidos, o acompanhou:

—Por pensarem diferente.

Vimos a Rainha remexer-se no carro. Soldados a rodearam. Assim que ela pegou no microfone, percebeu que ele não funcionava. Não tentei esconder meu sorriso.

    —Nós não pararemos o jogo até a queda da Rainha. Viva a Revolução!

   E o áudio terminou. Todos nós batemos nossas mãos fechadas sobre o peito, o que fez um burburinho enorme começar. Segurei o braço de Liv.

   —Vamos sair daqui.

  Ela fechou o notebook e me acompanhou. Nos escondemos de volta no caminhão. A Rainha recuperou o microfone.

   —Acalmem-se. O desfile...

   —Grupo 2, agora! —Samuel ordenou.

   O grupo 2, o maior, envolvia todos os três setores. Todos estavam infiltrados na organização dos soldados. Roubaram uniformes. Peter, Logan, Viv e Joseph estavam lá. E então, do meio dos soldados, surge uma fumaça. Colorida. Três cores: azul, branco e preto. Nossas cores. Em seguida, tiros. A população começa a afastar-se, entrando em desespero. Os soldados reagiram, então. Desci do caminhão.

   —Voltem para suas casas —Pedi às pessoas que encontrava. Corriam desesperados.

   Os soldados agora tinham os uniformes manchados. Atiravam para todos os lados, sem saber quem era infiltrado ou quem não. Tiraram a Rainha do local e por um momento, pequeno, nós duas nos encaramos. Ela estava revoltada. Ótimo. Soltei um sorriso satisfeito.

    O grupo 3 já estava fazendo seu trabalho. Fui dar cobertura a eles. Ao lado da bandeira do nosso país, começaram a hastear a nossa bandeira ao lado. Ouvíamos tiros. Ataquei todos que aproximaram-se do grupo. Eles colocaram no mastro - que estava no centro da praça em frente ao Palácio dos poderes - o nome dos falecidos dentro de um ano. Era uma lista enorme. Pixaram a peça de xadrez da rainha caída. Também escreveram "Liberdade" e "Democracia".

     Alguns caíam ao meu redor. O inferno estava estabelecido. Correria, disparos, gritos. Um dos soldados veio em minha direção. Apontei a arma para ele e puxei o gatilho. Nada. Acabaram minhas balas. Porra. Ele apontou a dele para mim. Avancei, dando um chute em sua mão, fazendo a arma cair. Ele me deu um soco. Revidei, dei mais três. Ele avançou e me deu dois socos, o que fez minha visão turvar um pouco. Em seguida, puxou meu cabelo. Gritei e estiquei minha mão em direção à seu pescoço. Dei um chute em suas genitais. Ele reclamou e me soltou. Dei-lhe mais um soco mas ele logo se recompôs e chutou minha perna, me fazendo cair. Ele pegou a arma de volta e quando eu consegui ficar de pé, deu um tiro na minha perna esquerda. Caí. Soltei um grito. Ele começou a me espancar, dando chutes e socos.

League: Guerra CivilWhere stories live. Discover now