Capítulo 14

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—Quero falar com você mais tarde. Cabana —Logan sussurrou em meu ouvido para logo depois afastar-se.

A cantina estava agitada e ao mesmo tempo quieta. A League declarou luto de uma semana. A morte de tantos parentes tinha deixado o pessoal abalado. Passei o jantar inteiro pensando no que Logan queria me dizer. Quando acabei, fui para a cabana. Ele já estava lá, sentado na cama. Fechei a porta.

—Sobre o que quer conversar?

—Eu quero te fazer uma proposta.

—Eu sou muito nova para casar, Logan.

Ele riu.

—Outro tipo de proposta. Essa eu só faço daqui a alguns anos —Piscou para mim.

Sorri de canto e senti o rosto queimar.

—Eu queria saber se está disposta a fugir daqui.

—Oi?

—Uma fugidinha de algumas horas. Achei uma brecha para saírmos um pouco.

—E por que você quer que eu vá com você? —Cruzei os braços.

—Não está claro? —Levantou-se. Veio até mim, fazendo com que eu ficasse entre ele e a parede, apoiou-se na mesma. De perto, seus olhos pareciam mais claros do que eram e sua boca parecia tão macia... —Quero passar mais tempo com você —E aproximou-se de meu ouvido. —Quero te mostrar algumas coisas.

Minhas pernas bambearam. Um calor subiu por meu corpo, me fez arrepiar. Coloquei a mão em seu peito, tentando afastá-lo. Só tentando.

—Quando?

—Amanhã.

—Para onde exatamente?

—Centro da capital.

—Okay. Eu vou. Desde que você não nos mate.

Afastei-me dele, tentando retomar minha dignidade, que tinha ficado grudada naquele peitoral maravilh...

—Às uma da tarde. Aqui. Sem atrasos.

—Sim, senhor.

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Eu estava lá, sentada em frente à porta fechada da cabana, às uma.

—Bom saber que você não atrasa —Logan apareceu.

—Vamos logo. Quero sair daqui.

—Sim, senhora —Começou a andar novamente, me conduziu. —Seguinte, o pessoal do bloco 4 vai para o centro para repor alguns materiais. Temos duas horas lá.

—Como você conseguiu essa brecha?

—Amiga Exilada, lembra?

—"Amiga"? Ah, sei.

—Ciúmes?

Eu ri mas não respondi. Subimos clandestinamente no caminhão com muita facilidade, nos escondendo embaixo de uma lona. Valeu à pena. Há anos eu não ia para o centro para diversão. A última vez foi quando meu irmão ainda era solteiro. Descemos às pressas do caminhão. Ele me puxou pela mão, me levando para as bancas montadas. O centro estava agitado. Havia música, pessoas gritando promoções e preços.

—Escolhe um —Falou, apontando para os colares em uma das bancas.

   —Desde quando você tem dinheiro? —Perguntei, analisando os colares.

League: Guerra CivilOnde histórias criam vida. Descubra agora