Capítulo 23

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.•*.•*.•*.•*.•*.•*.•*.•*AMY.•*.•*.•*.•*.•*.•*.•*.•*

Eu me instalei no quarto que me deram. Era enorme. Ficava no 12º andar. Era feito com madeira e vidro - assim como o escritório do Bernardi -, tinha uma cama de casal enorme, um banheiro com chuveiro e banheira, um guarda-roupas grande, um mini jardim e um sofá. Era perfeito. Não se comparava com nada que eu já tinha passado. Era lindo. Haviam três quadros na parede. Duas pinturas famosas - Doze girassóis numa jarra de Van Gogh e Guernica de Picasso - e uma foto - da League. O guarda-roupas era tão grande que sobrou um espaço e gavetas. Eu tinha poucas roupas. Quando me joguei na cama extremamente confortável, afundando no colchão, notei que havia um lustre ali.

A parede era de madeira com bastante adornos. Tinha janelas enormes de vidro, dando vista para o resto da League.

Bateram à porta. Levantei-me.

—Senhorita Collins, espero que tenha gostado do seu apartamento —Uma moça bem vestida perguntou.

—Eu adorei, obrigada.

—O café da manhã é servido às 8, o almoço às 12 e o jantar às 19. Temos uma lavanderia que funciona 24 horas. Suas atividades serão dadas pelo próprio senhor Bernardi. Qualquer coisa, disque o número 3 naquele interfone e eu virei aqui. Você pode receber apenas uma visita por vez à qualquer hora. Meu nome é Diane. Ficarei feliz em servir.

—Obrigada, Diane.

—Tenha um bom dia.

—Igualmente.

Ela sorriu e saiu.

Uma própria... qual era a palavra?... assistente? Que mudança! Servir-me? Meu Deus!

Em cima de uma mesa - com um caderno, um porta-lápis e um relógio - que tinha ali, havia meu mais novo uniforme. Uma blusa e uma calça azuis com branco. Pareciam ser parte de uma roupa só. Coloquei-a. Há tanto tempo eu sonhava com isso. Agora não parecia nada demais. Obriguei-me a ficar feliz.

Desci para o meu antigo bloco. Vi que todos corriam para tentar finalizar suas atividades mais cedo. Senti alguém se pendurar em meu pescoço.

—Já tá toda poderosa, né? —Viv estava toda sorridente.

Abracei-a.

—Eu preciso te levar lá —Falei.

—Eu sei.

—Como estão as coisas aqui?

—Iguais. Uma merda.

—Desculpa, amiga, mas eu preciso ir. Te vejo depois? Passa lá.

—Pode deixar.

Dei-lhe mais um abraço e fui para o corredor dos dormitórios masculinos e procurei por Logan. Ele estava lá, com Lucas, em seu dormitório.

—Oi, Lucas —Cumprimentei.

O ruivo sorriu.

—Olá, senhorita Collins. Parabéns pela conquista —Apontou para meu uniforme.

—Obrigada.

—Vou deixar vocês conversarem —Deu um sorriso de canto, olhando para nós dois e saiu, fechando a porta.

Logan olhou para mim, com um sorriso no rosto. Levantou da cama e abriu os braços. Enterrei-me em seu corpo, abraçando-o. Não o vi desde que fizemos amor. É... não gosto de falar que "transei" com ele. Aquilo foi mais que sexo para mim.

—Oi, morena.

—Como você tá?

—Tô ótima. E você?

Soltei-me dele.

—O que você está achando de lá?

—É totalmente diferente disso aqui.

—Você acostuma.

—Espero que não —Soltei meu corpo em sua cama.

—Por quê?

—Não gosto da ideia de ser "superior" por algum motivo.

—Você mereceu, Amy.

Suspirei.

—Você acha que estamos perto? —Perguntou, de repente.

—De quê?

—Derrubar a rainha.

—Não sei.

Ele anuiu.

—Sei que eu estou cansada disso tudo.

   Ele sentou ao meu lado e passou o braço ao redor de meus ombros.

   —E eu quero repetir a noite maravilhosa que tivemos —E beijou a região logo abaixo do lóbulo da minha orelha.

   Mordi o lábio quando senti a minha pele pinicar. Subiu para a minha bochecha, deslizando os lábios lentamente.

   —Eu acho uma boa ideia —Falei, já que tudo na minha cabeça agora se resumia a emoções e sensações, nada de razão.

   Ele riu sobre minha pele e tomou minha boca para si. Sua mão na minha nuca puxaram meu cabelo delicadamente enquanto voltou a mordiscar e passar a língua por meu pescoço. Enrolei os dedos em seu cabelo e puxei-o para mim, beijando sua boca com maior intensidade. Sua mão percorreu por debaixo da minha blusa. O calor tomou meu corpo. Eu arfei e mordi seu lábio.

Com Logan em meus braços, era fácil sentir o tempo se perder, deixar as horas transcorrerem, esquecer quem eu sou e o que fiz, era fácil deixar de ser tudo o que sempre odiei. Eu estava sendo amada e não queria abrir mão disso. Adorava seu toque, sua pele, seu aroma, sua cor, seu cabelo, sua personalidade. E tinha algo de errado nisso?

  Bateram à porta. Soltei Logan num ímpeto, nos desligando das sensações calorosas. Abaixei a blusa e limpei a garganta, tentando me recuperar. Logan passou o polegar pelo lábio, para limpar as marcas do meu batom vermelho.

   Lucas abriu a porta.

—Desculpem atrapalhar mas tem uma mulher aqui chamando você, Amy —Lucas colocou a cabeça pela porta.

—Obrigada, Lucas.

Ele anuiu e fechou a porta novamente. Fui até Logan.

—Eu preciso ir. Promete me visitar?

—Prometo.

Beijei-o, tentando não deixar todo aquele calor me inundar novamente e me impedir de sair.

—Vou lá levar um vinho pra gente —Falou, sem me soltar.

—Vinho?

—Eu tenho meus contatos. E... precisamos continuar o que começamos.

Eu ri.

—Preciso ir.

Ele beijou minha cabeça e me soltou. Saí.

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    Oi, meus xuxuzinhos,

E aí, o que acharam?

    E tinha algo de errado nisso? É você quem nos responderá, minha querida Amy.

   Perdoem-me pelo capítulo curto. Por esse motivo, publicarei mais um capítulo. Desfrutem 💕

Espero que estejam gostando.

    Obrigada a quem está acompanhando, vocês são uns amores❤️

Viva a revolução!

Beijos de luz ✨,

Anaaclarag 💙

League: Guerra CivilWhere stories live. Discover now