Capítulo 11

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   Paramos em frente a uma das estátuas da Rainha. As ruas estavam vazias. As pessoas seguiam à risca o toque de recolher. Com o revezamento dos guardas, apenas as câmeras vigiavam. Tínhamos pouco tempo. O grupo Joseph-Viv ficou responsável pelos cartazes e panfletos. Eu odiava dar ordens. Não nasci para isso. Pegamos os sprays e começamos nosso trabalho. Metade do nosso grupo foi pixar muros e o MC. Mercado Central. O lugar principal para venda e distribuição dos produtos básicos para a população da capital. Ele era o foco dos nossos "ataques" nessa missão.

   Em poucos minutos, metade do trabalho estava feito. Ouvimos guardas aproximando-se. O pessoal armou-se. A estátua da Rainha já estava coberta de acusações e símbolos da League. Corrupção, ambição, milhares de mortes em suas mãos. Os muros do MC estavam com nosso símbolo. "Justiça a nossos irmãos mortos" e as fotos de todos os que morreram em nome da League pendurados nos muros.

    Os guardas não hesitaram em atacar.

   —Amy, leva esse pessoal para os caminhões. A minha parte do grupo fica com a defesa —Peter falou.

    O tiroteio começou. Fiz um sinal para meu grupo, indicando que voltaríamos. Peguei minha arma. Ergui a mão.

    Três...

    Dois...

    Um...

    Todos corremos em direção aos caminhões, no lado oposto do MC, passando entre os bancos de feira. Vi muitos caírem. Atirei em direção à massa de homens vestidos de branco e azul.

    —Peter, sai daí — Joseph ordenou pelo ponto que nós quatro tínhamos colocado.

   Tudo estava uma bagunça. Vi Peter e seu grupo cruzarem a rua. Muitos gritavam "Viva a Revolução!". Escondi-me atrás de um banco. Tomaram a arma de mim e apontaram uma para minha cabeça.

   —Renda-se —Ordenou o homem.

  Com os dois antebraços, prendi o seu e quebrei seu braço, derrubando o revólver. Girei meu corpo e bati com o cotovelo em sua têmpora, o que o fez apagar na hora. Peguei minha arma e corri para o caminhão. Quando boa parte do pessoal já estava nos caminhões, ouvimos um estouro, uma explosão. Panfletos começaram a cair, espalhando-se pelo chão, como confeti. Atirei contra os que se atreviam a se aproximar dos caminhões, que estavam sendo ligados.

    É estranho como boa parte dos guardas da rainha são apenas... marionetes. Não estão prontos para batalha. São obrigados a se alistarem e prestarem serviço, mesmo sabendo que é morte na certa. Bem, estamos em guerra mas não podemos colocar todos em jogo.

   Peguei a arma do último guarda em que eu atirei. Era um fuzil. Ótimo. Com uma potência maior, com certeza daria para derrubar ainda mais idiotas. Comecei a disparar como louca em todos os guardas à minha frente. Eles caíram a poucos metros de mim e um mar de sangue logo se formou, já que eu não era a única a atirar contra eles.

    Assim que as balas acabaram, larguei o fuzil e subi em um caminhão. Nós voltamos para a League.

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—Não tivemos óbitos. A cidade está bem decorada. Parabéns —Samuel falou.

Eu não estava feliz. Não queria liderar de novo. Era horrível.

—A Rainha logo reagirá. Precisamos estar prontos.

Saí da sala de Samuel ainda extasiada. Fui direto para o Salão principal, onde todos se reuniam em frente à grande TV. Encostei-me na parede. Então, a imagem da jovem e bela Isabelle apareceu na TV. Tão bela quanto ambiciosa. Tinha os cabelos negros presos, dando um tom de madura. Era jovem para ser rainha.

   —Bom dia, Capital. Creio que vocês já tenham percebido o estrago que os rebeldes deixaram em nossa cidade. Mais uma vez. Mas não temam. Ergam suas cabeças. Vamos lutar pela nossa nação. Pelo bem dela. Saibam que terá volta. E, dessa vez, não serei piedosa —E então, a programação normal voltou. Sem mais nem menos.

   Eu precisava de ar. Eu não estava bem. Sentei no gramado, respirando fundo. Quando tudo tinha se tornado tão difícil? Quando eu criei medo da Rainha?

    —Amiga — ouvi Viv chamar —, você tá bem?

    Abri os olhos e vi minha amiga ao meu lado.

   —Não.

—O que foi? Se assustou com a nossa "amada" Rainha?

—Não sei. Essa coisa de líder não me fez bem.

—Também não gostei nada da ideia.

Ficamos em silêncio. Comecei a observar a cerca da League. Não tinha nada de errado. Estava perfeita. Como? Como os guardas da Rainha tinham entrado? Quero dizer, quando se invade um lugar... você realmente o invade, certo? Devastando as fronteiras? O alarme só tocou quando os ataques começaram.

—Viv, tem alguma coisa errada.

—Seja mais específica.

—A cerca está intacta. Fomos atacados a dois dias.

—O que você tá querendo dizer?

—Alguém daqui de dentro tá ajudando a Rainha. E não é só uma pessoa.

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—Faz sentido, Amy. Mas precisamos de provas —Peter cochichava.

Estávamos na biblioteca. Eu contei sobre minha conversa com Vivian e sobre minha teoria - ou talvez paranoia.

—Como?

—Quem você acha que é?

—Bem, talvez seja alguém de confiança. Alguém que tenha acesso à parte da segurança.

—Certo... Mas vocês não acham que se isso está acontecendo alguém já teria descoberto? —Ele coçou a cabeça.

   —Acho que precisamos tomar cuidado. Estamos em guerra. Qualquer passo errado, fode tudo —Falei.

—Não vamos contar a ninguém por ora. Não acho seguro —Viv falou.

—Sim. Vou ver o que consigo descobrir — E Peter saiu.

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Oi, meus xuxuzinhos,

    E aí, o que acharam?

    Amy é tudo menos boba. Será que alguém realmente está traindo a League? Ihh...

    Espero que estejam gostando.

    Até segunda! ❤️

    Beijos de luz ✨,

     Anaaclarag 💙

League: Guerra CivilTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang