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—Amy — Peter veio até mim quando me viu entrar na sala, envolvendo-me em seus braços.
Samuel já tinha sido levado.
—O que vamos fazer? —Joseph me olhou.
Meu coração doía demais. Logan entrou na sala de novo. Olhei para ele. Eu queria odiá-lo. Queria muito. Mas eu não conseguia.
—Prendam-no.
Bernardi chamou outros rapazes. Eles seguraram Logan pelos braços. Ele não tirava os olhos dos meus. Seu silêncio me doía. Colocaram algemas nele e tiraram o mesmo dali. Abracei Peter e comecei a chorar novamente. Ele me tirou dali.
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Sentado numa cama fria, numa cela com mais cinco homens e tudo em que eu pensava era em Amy. Eu a fiz chorar. Eu a machuquei. Eu a traí. Eu sentia uma dor grande no peito, como se uma faca rasgasse meu coração pouco a pouco. Em um momento, eu não chorava mais. A dor era grande demais. Se ela entendesse... aquilo não era minha culpa. Aquela vadia ameaçou minha família. Mas, cara... eu matei gente. E eu perdi tudo o que eu tinha ali e ainda podia perder minha família.
Assim que eu entrei na cela, os outros homens que estavam lá foram atualizados sobre o que eu tinha feito. Eles me espancaram, deram chutes e socos em meu rosto e barriga. Eu fiquei largado no chão, deitado sobre meu próprio sangue. Provavelmente seus parentes tinham morrido. Nenhuma dor física se comparava a que eu sentia só de pensar em Amy sofrendo. Só de pensar que ela me odiaria para sempre.
Lembrei-me das palavras que a Rainha me disse no final da nossa conversa: "Não se apaixone, Logan". De fato, eu não estava apaixonado.
Eu estava amando.
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—Mais uma gafe? A Rainha enviou soldados para fazerem guarda extra na praça central. Será que a Rainha cometeu mais um erro?
Eu assistia à TV na cantina do meu antigo bloco enquanto remexia a comida. Eu voltei para meu dormitório com Viv. Ela quem me arrastou para a cantina. Eu não comia nada desde o dia anterior. Afinal, eu prendi o cara que eu amava. Todos me olhavam estranho. Afinal, eu estava com olheiras maiores que minha cara e usava a roupa da elite. E também porque já sabiam que o "traidor", como o chamavam, era meu namorado. Samuel também era chamado assim.
Eu parecia uma mendiga drogada. Andava como zumbi, com os olhos vermelhos e inchados.
—De novo? —Viv perguntou ao meu lado, olhando para a TV.
—Estranho isso —Tyler comentou.
Já era a terceira vez que ele ia lá no bloco. Não aguentava mais mentir dizendo que estava bem.
—Amy? —Senti alguém tocar meu ombro.
Olhei para trás e Joseph apressou-se:
—Preciso de você lá no setor.
—Por quê?
—Vou interrogar o Logan.
—E por que você me quer lá?
—Porque ele confia em você e seria bem mais provável que ele lhe respondesse tudo.
—Eu não quero fazer isso —Falei, em baixo tom.
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League: Guerra Civil
RomanceO ano é 2057. Pós Grande Guerra Mundial, toda a organização mundial foi alterada. O Brasil voltou a ser uma monarquia e diversos grupos de resistência foram criados. Dentre eles, a League. Meu nome é Amy Collins e eu estou aqui para contar a his...