Capítulo 50

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   Levamos a rainha para o Palácio. Tínhamos que resolver umas coisas.

   Colocamos a vaca sentada em uma cadeira, amarrada a ela. Estávamos em sua sala principal, onde ela gravava suas mensagens ao povo.

   Diversos grupos guardavam a entrada do Palácio e eu, Peter, Logan, Joseph e Lucca estávamos dentro da sala com mais três soldados. O que era um perigo, já que cada um de nós cultivava um ódio enorme por ela, que era crescente.

   —Você vai fazer este anúncio para o povo — Lucca sacudiu o papel na frente dela.

   Passamos na noite inteira pensando em como íamos elaborar aquilo. E ainda tínhamos que elaborar algo que a maioria da League concordasse.

   —Ou teremos que matá-la —Peter falou, contente com a ideia.

   Isabelle revirou os olhos.

   —Por que tanto ódio, meus queridos? Porque eu matei sua namorada? —Olhou para Peter e para Joseph. —Ou porque eu mandei que Logan te enganasse? —Voltou seus olhos diabólicos para mim. —Ou talvez porque eu matei o seu filho? —Olhou para Lucca.

  Oi? Dessa última eu não sabia. Todos olhamos para Lucca. Seu cenho estava franzido mas sua postura se manteve. Acho que estava acostumado a fingir na frente dela.

   Mas Logan não se conteve. Foi em direção à Isabelle e esmurrou a parede atrás dela, deixando sua marca nela.

   —Sorte sua que não sou homem de bater em mulher. Por mais messalina que ela seja.

   —Mas eu bato —Falei, afastando Logan de meu caminho e dei o tapa mais forte que consegui no rosto dela. Depois outro. E outro.

   Minha mão ardeu pela intensidade do golpe mas eu senti um alívio.

   —Você fodeu o país —Peter disse.

   Ela tinha o rosto vermelho agora, com meus dedos desenhados na região. O braço com os ferimentos da última missão ardeu.

   —Minha vida já está ferrada, cara. Estou jurada de morte pelos maiores líderes do planeta, vocês acham que eu me importo com a porra desse país? E com vocês?

   Jurada de morte pelos líderes? Lucca também parecia surpreso.

   —Eu vou fazer —Disse.

   —Por quê? —Joseph perguntou num ímpeto.

   —Prefiro ser morta por gente importante que por um rebeldezinho de merda —Fez cara de nojo para Joseph.

   Ele franziu o cenho e cerrou os punhos.

   Era estranho ela colaborar. Não fazia sentido algum, ela sabia que podíamos matá-la assim que terminasse de gravar.

   —Então vamos começar —Lucca arrastou a cadeira dela até em frente à câmera.

   —E por que vocês precisam que eu fale isso? 

   —Só faça —Falei.

   Precisávamos que o povo não tivesse medo de nós. Se anunciássemos que tínhamos tomado o poder, talvez tivessem uma péssima visão sobre nós. E por isso, também, que não iríamos matar a rainha. Só prender. Infelizmente.

   —Palhaçada —Resmungou enquanto um dos soldados preparava as câmeras e outro, o microfone. Tiramos as algemas mas apontamos nossas sete armas contra sua cabeça, deixando fora do alcance das câmeras. Caso precisássemos matá-la, gravaríamos novamente. —Bom dia, Brasil e aliados —Começou. —Venho por meio desta gravação anunciar que, por motivos de saúde e insatisfação popular, vou deixar meu trono — Não tínhamos escrito isso. —Anuncio a vocês também que o país estará passando por reformas significativas nos próximos anos —Começou a ler. —A monarquia deixará de existir. Nosso modelo de governo será substituído por uma forma mais democrática. Com o esforço do grupo League, contaremos com a primeira eleição desde 2018. Um governo provisório será estabelecido. E ao contrário das Repúblicas antes estabelecidas, a nossa será verdadeiramente e inteiramente baseada nas escolhas do povo, tanto dentro do Executivo quanto dos outros poderes. E eu... —Ela hesitou mas prosseguiu, mudando o tom de voz — Estarei pagando pelos meus crimes... na prisão da Capital.

League: Guerra CivilNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ