League: Guerra Civil

Capítulo 31

.•*.•*.•*.•*.•*.•*.•*.•*AMY.•*.•*.•*.•*.•*.•*.•*.•*

   Eu passei o resto do dia na cama, olhando para o anel, agora do meu quarto no setor 3. Só saí para ir tomar um banho de banheira, tentar relaxar um pouco, esquecer a vontade de chorar. Esquecer a ideia de que ele amava a missão e não a mim. Acordei no dia seguinte com uma batida na porta. Diane estava rodeada de presentes e um balão de gás hélio azul.

   —Bom dia, senhorita Collins —Sorriu. Acho que mais pelo meu pijama de abelhinha do que pelos presentes. —Feliz aniversário! Esses presentes são de seus familiares e amigos. E esse aqui —Estendeu um envelope — veio direto do subsolo —E deu uma piscadela. —O café da manhã hoje é especial. Aproveite.

   Peguei o envelope ainda tentando processar tanta informação. Tentei sorrir.

   —Obrigada, Diane.

   E então, pela minha direita e esquerda, surgiram Peter, Viv, Liv, Pérola, Tyler, Louisa e Lily.

   —Feliz aniversário! —Falaram, todos juntos.

    Um sorriso surgiu em meu rosto. Mandei todos entrarem, abraçando todo mundo, e me ajudarem com os presentes. Lily queria abrir todos.

   —Calma, filha. Já deu os parabéns pra sua tia? —Tyler repreendeu.

   Eu ri. Minha sobrinha veio até mim, abraçando minhas pernas.

   —Parabéns, tia.

   —Obrigada, amor —Abaixei-me e beijei a cabeça de Lily.

   —Olha o que a gente trouxe —Liv estendeu um bolo.

   Era de brigadeiro, coberto de confeitos. Meu favorito. Estava com pequenas velas em cima.

   —Não precisava —Falei, sentando na cama.

   —Claro que precisava! Você está passando por um momento difícil. A gente não podia deixar de vir logo no dia do seu aniversário —Pérola passou o braço por meus ombros.

   —Pérola! —Viv repreendeu.

   Eu ri.

   —Tudo bem, Viv.

   Deixei Lily abrir meus presentes. Um vestido de festa - Pérola sempre exagerada -, um livro - agradeci muito a Liv -, um perfume importado - quase espanquei Ty -, um desenho - só faltei matar minha sobrinha de abraço -, um colar e brinco - Lou é a melhor cunhada - e um medalhão, daqueles de colocar foto - do casal Viv e Pete. E então, eu percebi que ainda segurava o envelope. Olhei o verso do mesmo.

   "Para a aniversariante do dia.

    Não toque fogo ainda. Tente ler um pouco."

  Uma parte de mim me dizia para rasgar tudo. Outra parte me implorava para que eu lesse. Abri o envelope, tirando um papel de lá. Desdobrei o mesmo. Aquela caligrafia não tão bela revelou-se novamente.

   "Oi, morena.

   Peço desculpas por não estar com você aí agora. Peço desculpas por ter te traído. Não pense que eu nunca pensei em te contar. Eu pensei. Mas, Amy, aquela mulher... ela tinha a minha família no alvo.  Eu sei que não sou o melhor cara do mundo. Nem o mais romântico. Ou o mais confiável. Eu não sou o mais nada. Tudo o que eu tenho a te oferecer é isso: um cara preso por ter medo de entregar a própria família para uma vadia. Um cara que amou quando foi proibido.

    Vejo que já usa o presente de aniversário que eu ia te dar. Eu fiquei muito feliz, Amy. Você o colocou no lugar certo. Eu ia oficializar. Não o namoro, mas o pedido de casamento.

   Você deve estar se perguntando como que eu consegui escrever e te mandar isso. Duas palavras: Joseph e Diane. Até que seu ex é um cara legal. Ofereceu-se para comprar algo para que eu colocasse meu nome e ele te desse. Mas a carta era tudo que eu queria te dar.

   Eu não vou te pedir para vir aqui e para a gente conversar. Sei que não está pronta. Eu também não estou. Te agradeço mais uma vez por ter ajudado minha família. Te agradeço por ter me amado, Amy. Talvez tudo o que você sente agora seja raiva. Eu não te culpo. Só te peço que nunca te esqueças de mim.

   Enfim, feliz aniversário. Não saiu como eu planejava mas espero que estas poucas palavras valham. Não te dei um buquê de rosas ou de vincas. Não te acordei com um 'Feliz aniversário, morena' te dando um beijo. Não te dei o anel, te pedindo para fazer parte, oficialmente, do resto da minha vida e para me deixar realizar seus três desejos. Mas eu disse e escrevi tudo o que estava preso aqui. Sinto muito por ter feito dar tudo errado.

   Mesmo que talvez não acredite, eu te amo.

                                                                 L."

   Eu não queria chorar. Não queria. Mas não segurei. Eu sempre chorava nos meus aniversários desde que eu perdera meus pais. Mesmo tendo Tyler e Peter e as meninas, eu sentia falta do resto da minha família. Agora, eu tinha mais um motivo. De fato, eu ainda estava machucada demais. Ardia a ideia de que Logan só se aproximou de mim por uma missão. Mas o que eu senti... Mesmo que Logan mentisse, nada mudaria o que eu senti. Nada.

   Tyler veio até mim em desespero.

   —Ei, o que foi? —Envolveu seus braços ao meu redor.

   —Nada —Menti, segurando o soluço.

   Todos se reuniram à minha volta, tentando me consolar por algo que imaginavam o que era. Para tentar me alegrar, me fizeram apagar as velas e partiram o bolo. Minha sobrinha sentou no meu colo e enxugou meu rosto.

    —Tá tliste, titia?

   Sorri, contendo a vontade de morder suas bochechas.

   —Não, querida. Titia só leu uma coisa que emocionou ela, só isso —Beijei sua cabeça.

   E, sim, meu café da manhã foi torta de chocolate. O dia do meu aniversário não foi o melhor de todos mas eu estava com quem eu amava. Não todos.

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    Oi, meus xuxuzinhos,

E aí, o que acharam?

  Que aniversário, hein? Queria que fizessem uma festinha dessas pra mim 🤣❤️

Espero que estejam gostando.

    Obrigada a quem está acompanhando, vocês são uns amores❤️

Viva a revolução!

Capítulo curto, vocês já sabem né? ❤️

Beijos de luz ✨,

Anaaclarag 💙