Coração Enegrecido

45 15 21
                                    

— Artos! — Gritou Dietrich ao jovem sem ser ouvido.

Artos disparou duas, depois três e quatro flechas em Ahnara, atingindo-a duas vezes sendo uma na perna e outra no ombro direito.

— Elfo miseravel! — Disse a mulher ao remover a ponta de ferro da sua própria carne.

— In ainm mo thalamh beloved, cuireann mé sciath na sinsear i láthair!! — vociferou enquanto os seus dedos desenhavam no ar três círculos perfeitos no ar.

— Desirée! — Gritou Dietrich para a jovem esperando alguma resposta, mas, ele só conseguiu ouvir o seu gemido de tristeza.

Dietrich alcançou uma espada e levantou-se do chão. — Não é possível que isso esteja acontecendo. — indignou-se entristecido com o que estava acontecendo. — O que faria em meu lugar se estivesse ainda vivo meu querido rei? — Clamou.

Após pensar, Dietrich caminhou até onde estava ouvindo os sons de pavor de Desirée. 

Ele tocou a arvore, tocou o braço dela e depois tocou o seu ombro. Procurando-a.

— Desirée, ouça-me por favor. Eu realmente sinto muito por tudo o que está acontecendo. Diferente de você eu nasci em Avalon e imaginar todo esse caos que recaiu sob seus recém adquiridos olhos.... bem.... Eu sei que é realmente algo muito difícil para alguém tão jovem como você, mas, entenda que todos morreram aqui hoje acreditando em você. Você precisa tirar a espada. — Disse, motivando-a

— Eu ja não sei mais o que fazer, Dietrich. — Soluçou — Eu já fiz de tudo. O que mais eu poderia fazer? — Limpou as lagrimas.

Dietrich suspirou. Ergueu a cabeça compreensivo. Rasgou um pedaço de pano e amarrou em volta dos seus próprios olhos. — Desirée, eu te entendo. Gostaria que soubesse que eu também nunca consegui tirar a espada mesmo muitos deles acreditando que eu poderia. — Admitiu.

— Talvez o velho tenha se esquecido de algum detalhe nas suas visões, talvez ele estivesse delirando, talvez haja alguém por aí muito semelhante a você, talvez isso tudo seja num tempo completamente diferente deste aqui. — Ele abraçou-a esfregando as costas dela como se estivesse consolando-a pelo que viria a acontecer. — Ouça Desirée, a sua avó Anna está esperando por você em sua casa. É obvio para mim o quanto você a ama, eu admiro o seu esforço de fazer o que fez me nome dela. Você deve ir ao seu encontro e sair de Avalon.

Desirée ergueu a o para observar o cavaleiro brilhante, que agora estava de pé contra a luz da madrugada. — E quanto a vocês? Eu não posso ir sem vocês.

— Desirée, você não está em condições de fazer nada mais, além disso eu preciso que faça um favor para mim. — Jogou os seus cabelos louros para trás para desvencilhar-se do vento e das cinzas que contornaram o seu corpo. — Eu quero que leve o meu filho Aeon com vocês. A mãe dele mora na sua terra, nós decidimos nos separar ha alguns anos. Será que você pode fazer isso por mim? — Dietrich Sorriu.

Desirée levantou-se de onde estava pegando a sua espada, assoviou para lúgubre usando ambos os dedos e montou-o rapidamente.

— Obrigado Desirée. — Disse Dietrich ao caminhar em direção a bruxa enquanto ela refletia as flechas de Artos contra ele mesmo usando uma espécie de barreira que havia conjurado em sua frente para usa-la como escudo.

— Ahnara!!! — Gritou Artos enfurecido, mas, severamente ferido.

— Você é mesmo insistente, elfo. Desista! — Disse ela ofegante.

— Como pode assassinar aquele que cuidou de ti nos momentos mais obscuros em um momento de fragilidade e misericórdia? — Disse Dietrich. — Uthyr foi como um pai para você, Ahnara.

Idílica MisantropiaWhere stories live. Discover now