Quebrando a Máscara

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Desirée acordou então depois deu uma longa semana.

— Onde estou? — Perguntou ela. Tateando a cabeça notando que ainda estava com a máscara de metal que cobria os seus olhos.

— Tia, você acordou? — Disse Charlote.

— Finalmente você acordou! Nós achávamos que você tinha morrido. — Falou Isabelle.

— Me desculpe, os meus sonos são completamente irregulares. — Avisou Desirée. — Será que pode me trazer uma pouco d'água?

— Certamente — Respondeu Isabelle. — Tome Charlote, leve para ela. — Disse entregando uma caneca de madeira para criança após encher até a boca. — Espero que ao menos tenha descansado o suficiente.

— Sim, sim... eu estou muito melhor agora. — Respondeu Eclipse após dar rápidas goladas para beber da sua agua.

— Acho que está na hora de você tirar essa máscara e tomar um banho não é mesmo? — Sugeriu Isabelle.

— É verdade. — Disse Desirée levantando-se — Mas eu preciso de uma venda para os meus olhos, eu não me sinto segura sem nada cobrindo-os.

Após dizer isso charlote entregou-lhe um pedaço de pano que havia acabado de pegar. — Você pode usar isso Tia. — Disse inocentemente.

— Não Charlote, isso não! — Disse Isabelle rindo — Imagine! — Tirou o tecido das mãos da criança.

— E porque não? — Perguntou Desirée.

— É mamãe... porque? — Retificou a criança.

— Porque esse pano é de — Riu brevemente — é de limpar ela. — Revelou Isabelle ao destacar.

Desirée sorriu lentamente ao entender. A criança sorriu por contagio. Depois Desirée riu baixinho como se estivesse soluçando. A criança começou a rir também, logo em seguida as três gargalhavam no recinto como se fossem loucas.

— Pegue isto. — Disse Isabelle se recompondo — É de Charlotte, mas, já está muito rasgado. Creio que será melhor para cobrir os seus olhos.

E assim ela o fez. Desirée rasgou a manta branca na forma desejada. Levantou-se e desprendeu-se da máscara.

— Tia, você este dodói — Disse Charlotte ao notar as manchas vermelhas que marcam o rosto da bruxa por onde descem as lágrimas.

— Sim, charlote. Mas não se preocupe, eu estou bem. — Disse Desirée. — E você não precisa me chamar de Tia — pediu ela largando a máscara e contornando os olhos com a faixa. — Você pode me chamar de Desirée. — Sorriu.

— Você devia fazer isso mais vezes. — Disse Isabelle.

— O que? — Perguntou a bruxa.

— Sorrir — Respondeu Isabelle — Eu nunca antes vi um sorriso tão perfeito e cristalino. — Aliás, eu não sabia que podia sorrir depois de ouvir a sua história. — Admitiu.

— Eu admito que isso não é comum mesmo, — Disse Desirée — Mas essa fofura aqui mostrou que isso não é algo impossível não é mesmo? — Apertou as bochechas da criança e depois ergueu-a no alto com grande facilidade, girando.

Charlotte gargalhava. Isabelle estava realmente encantada com a atitude da bruxa. Ela reconhecia Desirée e o quanto charlote parecia fazer bem a ela. Sempre ouvira de seus pais e daqueles que tiraram a sua pureza que o diabo tinha chifres, o que não combinava em nada com o que estava vendo diante dos seus olhos. Deixou derramar uma lagrima então ao lembrar-se da história da mulher de aspecto demoníaco a sua frente.

Idílica MisantropiaOù les histoires vivent. Découvrez maintenant