Fogo!!

39 14 37
                                    

— Onde está mamãe? — se perguntou Charlotte atrás da bruxa enfurecida. — Mamãe! — Chamou. O seu grito cortou o silencio da surpresa, todos estavam atentos as chamas dos olhos que corria por trás das vendas que iluminava a penumbra da noite.

O Bispo olhou para a figura e depois voltou os seus olhos para a criança, atrás da figura feminina. 

Ele sorriu.

— Eclipse. É você? — Perguntou Adeline com medo.

— Finalmente veio ajudar — Disse o cafetão.

O Bispo aproveitou a surpresa para se desvencilhar-se do cafetão que estava prestes a mata-lo, derrubando-o no chão.

De cabeça baixa e sem poder ver, Desirée sentia a presença de todos os que estavam na sala. Ela agarrou o pescoço de um dos capangas que estava proximo de uma das vitimas e o pressionou contra a parede. O seu pulso estava marcado com uma runa de sangue.

— Vai para o seu quarto, Charlotte e não abra pra ninguém! — Disse Desirée enquanto o homem que ela pressionava agonizava e sacudia de dor tentando escapar daquela situação.

— Mas Desirée, a minha mãe.... — Dizia a criança até ser interrompida pela bruxa que virou-se vagarosamente para a criança com a sua beleza aterradora. Um som horrível do osso se partindo fora ouvido do pescoço do homem que ela esganou.

— Agora!!! — Gritou a bruxa. 

A criança assustada desapareceu dali em poucos segundos devido ao grito.

Desirée soltou o cadáver do capanga que se sacudia no chão com os espasmos da sua propria morte.

— Vocês também! Saiam! — Disse Eclipse para as prostitutas, que correram para fora dali rapidamente. 

Desirée então virou-se para Remy, que disse:  — Ahh nem pensar, eu não vou sair daqui essa luta não é só sua.

— Cale-se! — Disse o Bispo chutando a boca do cafetão cuspiu sangue. — Você não iria sair nem se quisesse.  Depois ele pisou nas costas dele, que gritou.

Desirée se aproximou do cadáver da mulher próximo aos seus pés e tocou o seu rosto que estava frio.

O Bispo fez um sinal sutil para René.

— Isabelle... — Disse ela para o cadaver fechando os olhos da prostituta com as pontas dos dedos. — Porque todos que estão ao meu redor acabam dessa maneira? — Concluiu se levantando logo em seguida.

Devido ao sinal, os homens armados de adagas e cruzes brilhantes, cercaram a mulher contra a parede que se manteve na mesma posição. Os corvos voavam desordenadamente pelo local por vezes bicando-os, o que atrapalhava a aproximação.

Depois disso os lobos adentraram a sala a procura da sua líder.

— Quem é você, Mulher? — Perguntou Pierre. — Não me diga que... — Refletiu, lembrando-se — Não me diga que você é aquela menina que estava no Éden?

— Éden? — Perguntou Remy carregando suas mãos com bolas de fogo. — Por acaso está falando de Avalon?

— Avalon? Então é isso que significava? — Disse o Bispo pisando nos dedos do cafetão. — Há milênios que procurávamos o jardim. Quem diria que ele estava debaixo dos nossos narizes por tanto tempo.

— Do que você está falando, monstro? — Perguntou Eclipse.

— Me chamou de monstro? Por acaso não é você a bruxa que tem assassinado as pessoas da nossa terra? — Disse Pierre — O que significa o rastro de cadáveres que deixou para trás senão um sinal de monstruosidade? — Retrucou o Bispo Debochando.

Idílica MisantropiaDove le storie prendono vita. Scoprilo ora