Extra: Encontro as escondidas!

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– Você demorou e muito. – Pietro apenas deu um sorriso bobo ao dar de cara com seu namorado, logo que conseguiu atravessar a cerca-viva mágica que delimitava o instituto e separava o Colégio da Universidade. O vampiro nunca tinha imaginado o segredo para ultrapassar aquele muro alto verde e espinhoso, mas Abraham era um gênio! Lógico que ele iria ensinar o segredo... Contudo, tal segredo não significava que seria fácil.

Atravessar sem pensar no ato de atravessar. Isso é mega-difícil. – Falou isso choramingando manhosos, retirando um galho de seus cabelos castanhos.

– Não é tanto, só precisa focar sua mente em algo que não seja atravessar.

– Eu tentei pensar em você. – Confessou tirando mais folhas de sua camisa cujo slogan era uma pizza "fêmea" (se sabia disso por seus grandes olhos de calabresa com cílios negros e curvos, além do biquíni feito de manjericão) e logo acima da figura, em letras garrafais dizia: Hot Pizza! – Mas... Isso resultou no pensar em atravessar para que eu pudesse te ver logo...

Aby mordeu o lábio inferior, era difícil resistir a aquela expressão de "cachorrinho desamparado".

– Bem, isso gerou como consequência você ter se arranhado todo ao cruzar para esse lado. – Notou se aproximando do vampiro, tocando a sua face em que exibia alguns cortes superficiais dos espinhos – Talvez tenha sido má ideia ter proposto esse encontro...

– Não! De jeito nenhum! – Pietro pegou uma das mãos de Aby com carinho e levou até os lábios, a beijando, notou que não houve nenhuma reação violenta do garoto a tal gesto... Sim, Abraham estava aos poucos relaxando e diminuindo seus instintos assassinos, frutos de um cultivo de anos de treino de um pai tirano e sociopata – Eu adorei essa ideia de encontros as escondidas...É extremamente romântico!

– Sei... – Sorriu o humano, um leve rubor dominava suas bochechas, algo que não escapou aos olhos do vampiro.

"Pelo a cueca do Nosferatu! Ele é tão fofo!" Pensou tentando se controlar para não abraçar o adolescente e enchê-lo de beijos.

– Mas... – Continuou falando Aby dessa vez puxando o namorado sobrenatural pela a gola da ridícula camisa e o lançando de encontro a parede – Temos pouco tempo para aproveitar o intervalo do almoço. Espero que sejamos eficientes e produtivos...

O garoto se postou diante do já ofegante vampiro.

– S-sim... Podemos ser eficientes e produtivos. – Confirmou, prontamente Pietro.

– Bom saber. – Nisso Abraham o beija. Suas bocas colidiram em sincronia, provando e saboreando o momento. Pietro deixou que sua mão navegasse pelas costas do seu humano, alcançando a sua cintura, seus dedos longos brincavam com a aba da camisa negra do ex-caçador, aos poucos explorando a pele alva ali por baixo. O beijo se tornou mais ardente e cheio de necessidade, Aby chocou seu corpo contra o vampiro, apenas a camada de roupa era que impedia de suas peles se tocaram... Mas isso não diminuía o tesão que estavam sentindo, aliás o atrito das vestimentas gerava ainda maios estimulo, ainda mais quando o loirinho fez questão de movimentar, de forma provocadora, seu quadril de encontra com a evidente ereção do vampiro.

– Aby... – Rosnou o mais velho, o vermelho da íris de seus olhos se iluminou, seus caninos se prologaram – Se continuarmos assim...Vou acabar te machucando.

– Eu tenho uma alta tolerância a dor, além disso, li a respeito que a mordida de um vampiro atua sobre os sinais associados à dor que ao chegarem ao cérebro, induzem a liberação de endorfinas e encefalinas que atenuam a passagem dos impulsos eléctricos e logo inibindo a sensação de dor, na verdade, acreditasse que a mordida acaba por estimular prazer.

Beacon Hill InstituteWhere stories live. Discover now