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Capítulo dedicado à  NathalyBarbara, Amaquine e JoyceRosa755

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   Me aproximei da garotinha. Ela estava afastada da turma.

— É aqui que se encontra uma princesinha? — sentei ao seu lado. A mesma futucava as rodas de sua cadeira. — O que está sentindo?

— Medo. — responde baixo e manhosamente.

— Oh, já conversamos sobre isso e você prometeu que toda vez que estivesse com esse sentimento, iria desabafar. — acariciei seu bracinho.

— Ontem minha coleguinha sentiu seus dedos e depois a perna... Por que isso não acontece comigo? Tenho medo de ficar assim para sempre e às vezes odeio quando a mamãe diz que chegou a hora de fazer as sessões de fisioterapia. Tia Naty, não vejo progresso. — explica tristonha.

Suspirei. Seria uma longa conversa até que a mesma entendesse. Clarie é uma das nossas pacientes que tem a autoestima mais baixa da turma.

— Clarie, o tempo de sua coleguinha chegou, assim como o seu também vai. — seguro em sua mão. — Gosta de histórias? — pergunta e ela concorda com um olhar ansioso. — Vou te contar uma que é real: Sabe, no céu existe um Deus maravilhoso.

— Mamãe me fala dele. — disse.

— Sério? Ele é muito famoso mesmo. Sua mãe te contou a parte do caderno celestial? — ela nega. — É uma das coisas mais impressionantes que gosto nele.

— O que tem nesse caderno?

— O nome de todos os seres da humanidade. Todas as pessoas do mundo, inclusive algum bebê que nasceu ontem, que vai nascer hoje ou que vai nascer daqui alguns meses... Ele anota todos os progressos de cada um. Anota as datas dos fatos que vão acontecer na vida daquela pessoa. Anota os dias que ela vai ficar doente e o dia em que será curada. Então, na vida nossa coleguinha não foi diferente. Deus marcou o dia da cura. Assim, Ele fará contigo. No caderno dEle está escrito a data em que você também vai sentir seus dedinhos... — faço cócegas em seu pé. Ela ri. — É uma data secreta, porque gosta de surpreender. — faço um gesto como se estivesse contando um segredo. — Agora, precisa acreditar. Se um dia perder a fé, Ele pode adiar essa data. Não é isso que queremos, certo?

Ela concorda.
— Obrigada por me contar essa história, tia Naty.

— Não é apenas uma história, querida. É a realidade.

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  A hora do almoço chega. Mony e eu optamos por almoçar fora. Eu precisava comer algo diferente e fugir um pouco do interesse de Maurício. Depois que meus olhos foram abertos, tomei um certo desprezo por sua presença.

— Vocês terminaram?! — exclamou.

— Não. Apenas o noivado foi rompido. Ele não está preparado, entende? Ontem Deus falou comigo profundamente, então... Mony, preciso continuar seguindo. — expliquei.

— Eu sei. Naty, não acho que deva ficar tanto tempo sem se falar. Se realmente o compreende, deve manter o relacionamento saudável. A distância vai acabar gerando um costume e... Um possível rompimento.

— É que eu ''tô'' tentando digerir essa ideia.

— Amiga, se ficar digerindo demais, os pensamentos, como: ''ele não me ama, porque se me amasse casaria comigo!'' Naty, isso vai acabar te matando por dentro. Mas vamos esquecer desse assunto.  Sabe que se precisar de qualquer coisa, estarei aqui para te acolher. Não quero lhe ver sofrendo. — assegurou.

O INCAPAZ - História de Joabe e NatalieWhere stories live. Discover now