O INCAPAZ - História de Joabe e Natalie

4.3 ♿

  
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Capítulo dedicado a AndrezaRodrigues737
csilva_mascarenhas
BrunaMaria903254

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   A voz de Maressa não saia da minha mente. E meu medo de perder a Natalie só aumenta. Eu precisava conversar com ela. Mas me pediu para ir embora e vou respeitar esse tempo. Por mais que doa.

Deus, sei que existe. Trás minha Natalie de volta.

— Joabe? — mamãe se aproxima, sentando a beira da cama. — Precisamos conversar.

  Caio havia ido embora. Não estava mais no clima para jogar videogame.

— Estou aqui.

— O que... O que disse a minha neta... Foi verdade?

  Minha mãe considerava Natalie como uma filha. Era incrível esse afeto que ela tem por minha mulher. Tudo isso pelo simples fato dela mudar o meu caráter. Mamãe odiava quando me encontrava com uma mulher diferente em cada semana.

— Infelizmente. — murmurei. — Eu não queria que isso acontecesse. Lembra quando a senhora me pediu para que eu falasse?

— É por causa das suas pernas? — pergunta, receosa.

— Não sei.

— Você a ama, Joabe. Não deveria pensar nessas coisas. O amor tudo suporta e Deus colocou a pessoa certa no seu caminho. Alguém te aceita como és. Não é só porque perdeu o movimento das pernas que ela deixou de te amar.

— Seu Deus tem o poder de trazer minha Natalie de volta, certo?

— O meu Deus deseja que se achegue a Ele e as demais coisas fará. Quer ser curado? Busque-o. Quer vitória em sua vida? Busque-o. Quer andar? Busque-o. Chame a atenção dEle! Está na hora de abrir o coração, filho. Você já é um homem e foi criado num lar em que todos servem a um Deus de maravilha. Será que não pode fazer um esforço para conhecê-lo? Nem que seja um pouquinho? — me olha, esperançosa. — Antes de você nascer, um missionário me viu na última fileira da Igreja e Deus mandava ele dizer a mim que nascerá de mim uma grande promessa. Um alguém que me traria orgulho.

Não entendi onde a mesma queria chegar, mas só em falar de orgulho, as lágrimas brotaram.

— Eu...

— Desde quando nasceu, filho. — sussurra, limpando minhas lágrimas. — Você sempre foi e sempre será o meu maior orgulho. Não importa o que faça, o quanto erre, o quanto seja teimoso... Sempre, meu bebê. — ela começa a chorar.

— Bebê não, mãe. — repreendi, emocionado.

— É sim, filho. O bebê da mamãe. — aperta minha bochecha.

— Mãe, é sério. — disse irritado, limpando as lágrimas bruscamente. Ela gargalha.

— Você puxou a mim quando era adolescente. Eu mudava de humor muito rápido, era muito teimosa, rebelde! Seu pai teve que aprender muito para saber lidar comigo. Acho que Jônatas deve ter puxado isso dele.— comentou.

— Jonny sempre foi o romântico da história. E ajudou a cuidar de mim, ainda que eu o odiasse por ser o filho predileto do meu pai.

Seu olhar carregava tantas respostas guardadas. Balançou veemente a cabeça, em negação.