Dois - Lauren

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Lauren Brench

     MEUS PAIS ESTÃO parados na minha frente a tanto tempo, que não duvidaria se alguém me falasse que a porra de 1 século já se passou, na medida do campeonato nada me surpreende mais. Ambas imitação de estátuas baratas me encaram como se eu fosse uma maldita equação que não conseguem resolver. Minha mãe por incrível que pareça carrega lágrimas nos olhos e um sorriso mostrando todos os seus dentes brancos e alinhados. Agora, meu pai
está da mesma forma que Mason me encarou por horas: assustado e desconfiado.

Apesar disso, o mais frustante de tudo
é ter confiado nas palavras de Mason e bastado sua mamãe chegar pra ele não honrar sua promessa no mesmo segundo em que ela disparou na minha cara "Ela não pode ficar aqui"
e minutos depois telefonou para minha família vir me buscar mostrando que eu ainda não sou bem-vinda naquela maldita casa. É claro que teve também a parte da vadia da Mabel tentando gritar apenas pelo olhar o mesmo de sempre; que ela não me suporta. Mesmo depois de tudo que passamos, parece que Mason continua o mesmo pau mandado da mamãe e se isso não mudou nem mesmo por uma tragédia, creio que não exista nada que mude.

— Qualé, caramba! Vocês não vão abrir a porra da boca? — grito não suportando mais o silêncio e descontado minha raiva sem me importar com quem será atingido.

— Vejo que voltou com a língua mais afiada! Não quero ouvir nenhum palavrão que você escutou nesses últimos meses pelo aquelas caipiras. — meu pai devolve com o tom de voz suave, acho que seu temperamento calmo é a única coisa que faz ele ainda aguentar minha mãe.

Aperto meus lábios tentando conter a vontade de gritar todos os palavrões que conheço. Como ele podia se referir a família que cuidou de mim todo esse tempo, como se não fossem animais? Bem, no começo eu cheguei a pensar isso deles e especialmente de Benjamin, mas depois reconheci todas as suas boas intenções. Caramba, ele havia me salvado, me levou para sua casa e deixou eu ficar sobre o seu teto o quanto eu precisasse mesmo a gente se odiando. E tem sua mãe Penelope e sua irmã Kate que tentaram me acolher como se eu fosse da... família.

Uma coisa que antes cheguei a ter somente com Mason e meus amigos.

— Eu preciso de vinho — minha mãe anuncia saindo da sala, como se precisse de uma amardura para suportar a batalha.

Solto uma risada de raiva.

— Não diga uma coisa dessas da família que cuidou em 7 meses o que vocês não cuidaram em 17 anos! — grito bufando de raiva. Meu pai me encara forçando uma expressão de tédio no rosto, que eu consigo me lembrar que é a mesma que ele fazia quando sua esposa começava a implicar com alguma baboseira — Vocês dois continuam implocritas! Por acaso já conseguiram a empresa querida de volta?

— Lauren!

— O quê? Olha pra nossa família pai, o que restou de nós por causa dessa maldita empresa? — a calmaria da face dele parece ter evaporado — Tô errada?

— Lauren, agora não! — minha mãe grita, entrantando na sala. Ela tem uma taça com vinho dentro em uma das mãos cheia de anéis brilhantes.

Cruzo os braços fazendo bico.

— Vocês só estão felizes pela minha volta, por que agora tem de volta a  chance de me juntar de vez com Mason para recuperar a droga da companhia! — contínuo, ignorando minha mãe na minha frente que está a ponto de jogar o vaso de cristal do seu lado direito para calar a minha boca ou até mesmo sua preciosa taça com vinho — O que é? Não me diga que tão tentando empurrar a vadia da Lorraine pra cima do meu namorodo ou a...

Fray não diz nada e tampa o lado esquerdo do seu rosto com uma soltando um suspiro que preenche o silêncio do cômodo. Meu pai continua parado e olhando, mas não pra mim para algo atrás de mim.

Meu Destino #2Where stories live. Discover now