Epílogo

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— A Stra. Scott contou uma história... sobre um moço e Julieta... — o menor entre os três garotos disse. Suas pequenas mãos eram as mais ágeis para pegar os brinquedos que estavam no chão.

— Você quis dizer Romeu? — Mabel riu no fundo do quarto a procura do dinossauro favorito de Mason que estava perdido desde do começo da tarde.

— Gostei mais quando ela contou a história da Viagem Ao Centro Da Terra — Mason com seus cabelos bagunçados e vestido com seu pijama de carros desenhados reclamou.

— Tia Mabel — Victor chamou coçando um olho com seu superherói na outra mão. — o que é esse tal de amor?

A mulher largou os brinquedos na grande caixa e olhou para as três crianças espalhadas pelo quarto ajudando-a arrumar o quarto do filho dos seus patrões, da qual passaram o sábado inteiro bolando várias brincadeiras e por pouco não destruíram o cômodo.

Ela sorriu para os três meninos inocentes que a olharam com curiosidade.

— É a coisa mais bela que alguém poderia sentir, mas também pode se tornar a pior — ela descreveu.

— A Stra Scott também disse que quando é amor, é para sempreeeee! — dramatizando a última palavra Neal com sua curiosidade adocicada continuou: — e por isso, Romero e Julie caíram mortinho.

— Romeu e Julieta! — Mason corrigiu irritado.

A mulher apenas assentiu concentrada em seu trabalho.

— C-como posso saber... que amo alguém assim? — Victor perguntou com vergonha.

Mabel se virou para os meninos vendo que as perguntas não teriam fim e os chamou para se aproximarem.

— Quando você preferir morrer do que ver a pessoa machucada, é porque a ama — ela olhou para os três pares de olhos pequenos. Deixou seus pensamentos irem para longe, sabendo que eles esqueceriam esse assunto depois de 1 hora — e quando você encontrar alguém... uma garota por exemplo, para saber distinguir é saber que você nunca deixaria a pessoa sofrer e cuidará dela todos os dias, protegendo-a e fortalecendo.

— Credo garotas são nojentas — Mason reclamou franzindo a testa.

— E elas não gostam de carrinhos — Neal concordou — e nem do nosso comprimento com guspi.

— Me falaram... que elas sangram — Victor revelou baixinho com relutância. — todo mês, por que foram possuídas quando nasceram.

Os três arregalaram os olhos e forçaram uma careta de medo. Mabel gargalhou achando graça.

— Eu nunca vou amar alguém assim — Mason disse indiferente.

— Vai sim, todos nos estamos destinados a isso — Mabel rebateu com a voz suave — Quando você olhar para alguém e ver que faria qualquer coisa por ela. Moveria todo o mundo só pra ver sua falicidade... E o mais importante de todos, nunca se esqueça disso, quando você tiver certeza que morreria pela pessoa. Isso é amor — a voz da mulher nunca havia saido com tanta paixão antes.

Os três amigos se aproximaram mais como se estivessem assistindo um episódio do Scooby Doo.

— Eu gosto quando mamãe sorri. E enfrentaria dragões por ela, até zumbis que eu tenho medo — Mason comentou com a cabeça longe.— Eu morreria... por ela — o garoto disse repetindo a frase da sua babá, da qual achou digna de um super-herói em que ele e os amigos são fãs.

— É porque você a ama de verdade. E esse amor durará para sempre. — Mabel concluiu. Os meninos não fizeram mais perguntas e o quarto se tornou silencioso pelas vozes enquanto todos terminavam de arrumar a bagunça. Lá fora a neve começava a cair engolida pela noite do inverno.

Fim

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