Vinte e nove - Mason

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Mason Cooger

— VOCÊ TEM CERTEZA que não está gostando da Camila? — minha mãe pergunta fazendo-me forçar uma careta.

— Qualé mãe!

Tampo meu rosto com uma mão como se o assunto fosse mais idiota que ela disse.

— Bem, você me contou que brigou com os meninos para protegê-la — ela argumenta.

Chacoalho a cabeça negativamente.

— Eu disse que... — minhas palavras se perdem no ar ao analisar seu semblante e sabendo que ela não descansará fácil — Tá. Ok! Eu confesso foi um instinto meu na hora. Mas foi o mesmo para Lauren.

— Mas você disse...

— Chegaaa! — levanto com as mãos erguidas.

Meu pai atravessa a sala sorrindo sem o palito e todo informal.

— Não irrite o menino, Emma — parado ao meu lado ele da uns tapinha no meu ombro alargando o sorriso — Quer dizer que meu herdeiro bateu em um valentões?

— Foi só pra ajudar uma amiga, pai — rebato, mas me arrependo quando olho para minha mãe e Mabel logo atrás espiando na porta o olhar maroto de ambas — ...e Lauren — acrescento.

Me jogo no sofá esperando que a governanta da casa pare de escutar atrás da porta e venha me socorrer trazendo mais um saco de gelo para mim por nos meus machucados.

— Já que o meu filho está causando atos nobres. Nada como um presente para repensar — ele pisca pra mim. Batendo uma palma e em segundos um funcionário entra com um laptop ligado e entrega para meu pai.

Franzo a testa e troco um olhar com minha mãe. Ela sorri animada.

— O que acha desse apartamento? — ele me entrega o aparelho aberto.

Olho para as fotos na tela e deslizo meu dedo para ver as próximas. Trata-se de coberturas luxuosas, todas vazias e gigantescas.

— Apartamentos... em regiões mais renomadas, próximos à comércios que a galera da sua idade frequenta... — ele me mostra a localização pela internet, vejo nomes de bares famosos pelo os nomes que procuram o lugar, restaurantes e outros lugares que curtiria me aventurar tudo justo na capital do estado, em Chicago, New Haven... — Completamente sem mobília, esperando para o dono escolher a tinta e a decoração. Não quero que poupe dinheiro quanto a isso. Tomei cuidado em escolher um ambiente que você poderá fazer suas festas e tem esse em Chicago...

— Espera... não entendi...

— Ah sobre as festas? Não se preocupe, comprarei o prédio todo. Para caso de algum vizinho intrometa na vida do meu filho — ele continha

— Isso eu entendi, pai. Você vai comprar um apartamento pra mim? — pergunto já sabendo a reposta, mesmo assim é difícil de acreditar. Não que ele não pudesse fazer algo do tipo, mas apenas não esperava essa confiança toda.

Eu me tornei o filho problemático, e agora... Graças a...

— É o seu presente de aniversário!Como você acha que eu lhe deixaria morar outubro em uma república com jovens deliquentes?

— Espera, mas aquela faculdade de Wisconsin...

— Ah pública, que você se inscreveu? Tomei nota disso também — ele acena pra minha mãe que sorriu o tempo inteiro.

Ela retira alguns envelope de cima da mesinha ao lado do sofá e entregam para mim.

— São cartas de admissão das faculdades... — digo sem reação. Olho para minha mãe que me olha alegremente — Vocês não...

— Claro que não filho. Acreditamos no seu potencial. Seu pai apenas conversou com os reitores para você ter em primeiro mão antecipado — ela explica me deixando aliviado.

Vou abrindo as cartas sentindo a adrenalina. É uma felicidade que não imaginei que sentiria, já que não estou mero animado para construir uma vida que todos desejam. Uma faculdade me chama atenção, me inescrevi só por precaução, apenas para uma tentativa, mas não pensei que pudesse ser aceito. Pelo meu próprio mérito, minha história drástica com...

Chacolho a cabeça afastando o pensamentos.

— Yale, a pública Madison, Universidade de Chicago e Columbia parecem que gostaram da sua redação — ele comenta piscando.

Ainda seguro o envelope da Universidade De Chicago. Eu sempre quis ir para lá, desde criança algo naquele lugar me chamava atenção, mas nunca soube o por que. Lauren até me zoava com isso, pois nasceu no Ezekiel Holgen Hospital em Chicago, onde o Dr. Elliot era residente enquanto o pai comandava o da sede.

— Você poderá escolher qual quiser filho. Não queremos segurar você desde que siga algumas regras e se comporte — minha mãe alerta preocupada.

Assinto.

— Estou limpo e pretendo ficar.

Levanto do sofá. O dia pode estar estressante e quase no final e eu cercado por machucados, mas não quer dizer que vou malhar um pouco para me exercitar.

— Tem certeza que não quer aumentar o dia da sua festa? — meu pai zomba atrás de mim.

— Já comemorei demais — brinco olhando por cima do ombro vendo minha mãe advertir meu pai.

Olho para ambos. São meus pais, com suas falhas, as vezes com egoísmo do meu pai com e seu preconceito que agora detesto. Mas são meus pais e eu morreria por eles.

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As coisas estão mais próximas de virarem uma verdadeira explosão, ansiosos?

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Até sábado.

Meu Destino #2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora