Capítulo 36 - A raposa

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A raposa

Lyra sabia o quanto Snape não gostava de Potter e deixava isso bem claro sempre que encontrava o menino ou falava sobre ele. A questão agora era que tudo isso estava enchendo a menina de uma forma que ela nunca imaginara que Snape fosse capaz de fazer. O homem falava como Potter era um mau caráter que tivera a coragem de entrar em sua sala para pegar guelricho escondido.

- Você tem que parar com essa perseguição! - Lyra disse folheando o livro de porções do mediterrâneo. - Ok, ele pode ter entrado ou não... Não acho que ele tenha entrado, alguém deve ter feito isso por ele.

- Potter entrou na minha sala, Lyra. - Snape escrevia algo em um pergaminho.

- Ah, por favor... esqueça um pouco Harry Potter e assim se verá livre dele de uma vez. É só não ficar pensando no garoto o dia todo. - Lyra não gostava desse fanatismo de Snape por Potter.

- Lyra! - Snape parecia irritado. - Está contra mim agora?

- Não estou do lado de ninguém, padrinho. Só estou cansada de ouvir você falando mal de Potter a todo momento.

- Também é fã dele? Só me faltava essa, ter você para defender aquele garoto.

- Talvez eu seja! - Lyra levantou da poltrona com o livro em mãos. - Isso não vem ao caso, o que interessa é que só persegue aquele menino por causa dos pais dele. E se ele não fosse filho de Lilian Evans e nem de James Potter? Qual seria o seu propósito se não fosse atormentar Harry sempre que tem oportunidade?

- Não fale de Lily! Falou um pouco mais alto. - Você não sabe de nada.

- Não estou falando dela! Estou falando de quem está aqui e eu garanto que ela não iria gostar de saber que você esta tratando o filho dela mal.

- Lyra... acho melhor você ir para o seu salão comunal. - Snape agora tocava em seu pulso.

- É difícil ouvir a verdade não é? Eu sei que é... até a aula, professor.

Mesmo sabendo que suas palavras tinham um quê de verdade não queria ter sido tão ríspida. Porém não aguentava mais ouvir tanto sobre Potter enquanto Snape tentava não passar o que estava realmente sentindo. Via o quanto seu padrinho estava preocupado com algo ou até mesmo com alguém, ela não sabia. Tentava sempre introduzir o assunto, mas o homem desconversava com uma rapidez inacreditável. Na semana anterior viu Snape em uma conversa calorosa com Karkaroff, o homem levantou a sua manga e mostrou o pulso onde residia a sua marca, no mesmo lugar onde se encontrava a de Snape e de vários outros ex-comensais.

      Lyra tentara ouvir ao máximo toda a conversa, só não contava com o feitiço que Snape usara para manter a conversa dos dois em segredo. Queria muito não se preocupar como Draco disse para não ficar, mas não conseguia parar de pensar que algo estava acontecendo e que isso traria muitas consequências. O lago refletia o brilho do sol, sol esse que não estava tão forte naquele dia. Hydra rastejava pela grama e permanecia perto de Lyra a todo momento.

        - Pode ir para mais longe se quiser, Hydra. - Lyra falou fechando os olhos para se de deixar receber os raios de sol. - Precisa conhecer as terras do Castelo.

       - Você pode me levar para conhecer as terras do castelo. - Hydra disse subindo na perna de Lyra. - Essas pessoas podem pisar em mim, são tão desagradáveis.

        - Hydra! - Lyra pegou a cobra e a encarou. - Eles não são tão desagradáveis.

         - Aquela garota com a voz arranhada... aquela que chama o senhor Draco de Draquinho.

Perfeita Malfoy - Livro 1Where stories live. Discover now