Capítulo 38 - O labirinto

1K 88 51
                                    

O labirinto

Lyra caminhava até uma casa em cima de um morro, ouvia alguém lhe guiando até lá. A casa estava abandonada, estava abandonada com toda certeza.

- Entre, entre na casa...

Uma sombra passou pela janela pregada e parou por um instante, antes de sumir. Lyra parou em frente a porta e olhou um minuto para trás, para o povoado mal iluminado que ficava aos pés do morro. Era noite e o único local bem iluminado era a igreja da cidade que abrigava em seu terreno um cemitério. Aquele cemitério não era estranho para Lyra. A menina levantou a destra fechada para bater na porta, mas a voz lhe impediu.

- Não bata! Apenas entre na casa e suba as escadas.

Tocou na porta e a mesma se abriu sem ser preciso nenhum esforço da parte de Lyra. Um cheiro de podridão invadiu as suas narinas assim que adentrou a casa. A escada de pedra estava iluminada pela luz que entrava pelas janelas que ficavam de cada lado da porta. Subiu os degraus silenciosamente prestando atenção em qualquer som no andar de cima. Assim que botou os dois pés no último degrau, viu uma luz fraca sair pela fresta de uma porta no final do corredor.

- Vá até lá, menina!

- E se...

- Não existe "e se", vá até lá e não entre. Escute atentamente.

Lyra se aproximou da porta lentamente e escutou alguns ruídos diferentes do crepitar da lareira. Ouviu um rastejar lento, aquilo era o rastejar de uma cobra, não se esqueceria do rastejar que sempre ouvia em baixo de sua cama depois da chegada de Hydra. Havia alguém sentado em uma poltrona em frente a lareira.

- Me conte como anda o plano, Bartô, ou eu deveria chamá-lo de Alastor? - uma voz cortante fez com que Lyra semicerrasse os olhos.

Bartô Crouch estava ali ou Alastor Moody? Como o professor de Defesa estaria ali com aquele homem e naquela casa? Por que Bartô Crouch estaria ali com eles?

- Milorde, tudo está indo como previsto. O menino Potter não é nada esperto e acredita piamente que eu sou aquele velho. - Ouviu a voz de uma homem, aquela voz não parecia com a de Bartô.

- Bom, muito bom... Vê, Rabicho? A sua negatividade não fez com que meu servo mais fiel falhasse. - a voz cortante foi ouvida novamente. - Como anda o verdadeiro Olho-Tonto? Ainda lúcido? A poção polissuco ainda está fazendo efeito?

- O velho está mais lúcido que antes... - ouviu passos. - Todos os alunos daquela escola acreditam que sou o velho Olho-Tonto Moody. O menino Malfoy que o diga.

- Como ela está? - Lyra se aproximou mais da fresta.

- Ela é muito inteligente e domina bem a maldição Imperius. Não nega o sangue, senhor.

- Isso é bom, muito bom. O presente foi entregue?

- Sim, Milorde. Ainda quer que eu mande cartas informando como anda a menina? - Milorde... ela já havia ouvido Lucius chamar alguém daquela maneira.

- Obviamente! Informe tudo o que acontecer com ela. - Quem era ela?

- Tenho que ir agora, Milorde. Preciso ajudar Potter a ir de encontro ao senhor. - o homem deu uma risada alta quando falou sobre Potter.

Lyra se afastou assim que ouviu os passos se aproximarem da porta. Se encostou na parede mais escura do corredor e esperou o homem passar por ela para poder sair dali. Aquele não era Bartô Crouch e muito menos Alastor Moody, mas assim que bebeu do frasco, que tirou apressadamente do bolso, se transformou em seu professor de DCAT. Lyra esperou para ver quem estava por trás daquela voz fria e aguda, mas não conseguiu ver e sentiu seu corpo cair novamente.

Perfeita Malfoy - Livro 1Where stories live. Discover now