1• I'm not the killer

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“Bem-vindo a sua vida,
Não há volta
Mesmo enquanto dormimos
Nós encontraremos você

Comportando-se da melhor maneira
Dê as costas à Mãe Natureza

Todos querem governar o mundo

{...}

Há um lugar onde a luz não encontrará você
Dando as mãos enquanto as paredes desmoronam
Quando isto acontecer, estarei bem atrás de você”

(Everybody wants to rule the world - Tears for Fears)

•••♣•••

Depois de levar o rapaz para viatura, os policiais forenses foram fotografar e analisar o local do crime.

Luke analisava todo o local e começou pensar o que aquele homem fazia ali. Ele obviamente era o principal suspeito, mas ele não parecia ter interesse nenhum em matar, não que algum serial killer aparente, mas ele parecia mais uma daquelas pessoas que eram curiosas e se metiam onde não deviam. Mas como um agente treinado para essas coisas, Luke sabia que não podia também defender o rapaz, com certeza ele poderia ser o suspeito e estava se fazendo de inocente.

Depois de ficar pensando em várias hipóteses, uma moça o chama para dentro do aquário.

— Sim? — Pergunta.

— As marcas de sangue. Se ele a mata e depois agride as vítimas, porque os respingos retratam uma luta? — A mulher apontava para os respingos em todo local. — Parece que essa moça estava andando e talvez tivesse sido atacada e ela tentou se defender de um suposto estuprador.

— O nosso assassino teria a atacado, provavelmente a apagado, então aí a agredia sexualmente e logo que ela estivesse consciente, ele a mataria. — Luke pontuava. — Então depois haveria agressão física, mas não seria a causa da morte, e sim o pescoço quebrado.

A mulher apontava para algumas fotos que havia tirado.

— Pelo que notei, não há marcas de pescoço quebrado.

Talvez o homem não fosse o assassino que ele procurava, mas não mudava que ele poderia ser o assassino dessa jovem.

— Vamos ver com o legista se há resquícios de sêmen, e se ela foi abusada sexualmente.

Com isso, se retirou e foi para delegacia.

•••♣•••

— Ele disse alguma coisa? — Hemmings pergunta a Calum depois da meia hora que tirou para comer alguma coisa, assinar uma papelada e conversar brevemente com o legista sobre o corpo encontrado.

— Só disse que não fez nada. — Respondeu irritado. —  A mesma coisa que ele fala desde que foi apreendido há duas horas.

Luke estava cansado daquele homem. Tudo indicava que ele era o assassino, até mesmo as pegadas que tinham no lugar era do tamanho de seu pé. Havia sangue em seus coturnos e ainda sim, ele negava até a morte ter cometido tal ato.

Claro que Hemmings também considerava o fato de ter sido um infortúnio e o rapaz ter acabado ali na hora errada e no lugar errado. Mas ele se lembra muito bem que antes de entrar na cena do crime, alguém, que portava as mesmas roupas e características do rapaz que fora preso, olhava para os lados e esperava a hora para entrar. Como se soubesse o que havia ali. Como se tivesse alguma culpa.

Monster • MukeOnde histórias criam vida. Descubra agora