6• Your truth will never be the right one, Mr. Hemmings

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Nunca me senti mal por isso
Enquanto cavamos fundo pelas nossas mentiras
Porque eu senti imãs derretendo, querido
{...}
Garotas bonitas não sabem as coisas que eu sei
Mas do meu jeito, eu compartilho as coisas que ela não
{...}
Amo essa linguagem secreta que estamos falando
Diga para mim, vamos abraçar o ponto em que não há volta”

(Magnets - Lorde feat. Disclosure)

•••♣•••

Luke sentia que as coisas a cada dia ficavam mais confusas. E não, ele não achava que era por motivo de algo melhor acontecer. Ele tinha certeza de que tudo que poderia a vir a partir de agora seria do pior para inimaginavelmente pior.

Suas mãos gelaram no momento em que Zayn o havia dito aquelas palavras. “O imitador mandou uma carta pra você”, ele dissera. Nunca sentiu um arrepio passar por sua coluna tão rápido quanto naquele instante. Ele sabia que era alguém sensível a qualquer estímulo sensorial, mas aquelas palavras tiveram o mesmo efeito que água gelada jogada em alguém que estava dormindo. O assustou e o acordou para outro problema que estava lhe dando uma baita dor na bunda, no cérebro, destruindo seu orgulho e sua paciência.

Depois de desligar a chamada, Michael o encarou confuso e tudo que ele disse ao homem foi que precisava ir para a delegacia e era assunto de vida ou morte.

Clifford passou por tantos sinais vermelhos e quase atropelou tantas pessoas que Luke pensou em aliviar para o seu lado quando o departamento de trânsito o mandar as multas e pedir para caçar sua carteira de motorista. Isto é, se Michael Clifford ainda tiver uma carteira de motorista.

Passou o caminho todo calado e se perguntando se esse tempo todo ele estava certo e a mensagem que o imitador mandava era para ele. Antes não queria acreditar, mas teve pesadelos demais para não acreditar nisso. Não que pesadelos fossem algum tipo de parâmetro, mas devia explicar alguma coisa.

Agora que estava ali, na delegacia, a metros da sala de Niall que era o encarregado de fazer toda a análise dessas coisas, ele se sentia nervoso e ansioso. Era ridiculo para um policial experiente como ele? Sim. Porém ele não conseguia evitar. Era o mais próximo de contato que tiveram com algum desses monstros e sinceramente, Luke não aguentava mais ficar nesse escuro que estava o caminho da suas investigações.

Clifford decidiu que não era o certo entrar na polícia. Era suspeito de qualquer maneira e mesmo que Luke o tenha buscado para ajudar, não conhecia o tal Niall e sabia o que ele diria se o visse ali, tendo contato com as provas e documentos dos casos. Ele sabia que mesmo ajudando Hemmings, não mudava a visão das pessoas ali, sem contar que somente — que era de seu conhecimento— Zayn e Lauren sabiam de sua ajuda para com o superior deles. Imaginava que Luke não queria que soubessem o que ele se submeteu a fazer por desespero de prender os assassinos. O que o resultou a voltar para loja que provavelmente devia estar abandonada.

Luke caminhou até a sala de Horan e a abriu devagar. Sabia que o homem era sempre agitado, mas odiava ser atrapalhado quando tinha de fazer seu trabalho. As vezes Luke achava que ele usava essa desculpa para poder dormir em paz. Já o havia pegado dormindo várias vezes.

O rapaz de cabelos castanhos estava debruçado contra a mesa, analisando um pedaço de papel e anotando o que achava importante. Assim que fechou a porta, o homem se virou para ele sorrindo. Era a marca registrada de Niall, os sorrisos. A situação poderia ser a mais terrível que Niall Horan estaria tentando te pôr para cima. Ele era de suma importância para equipe, mesmo que as vezes Luke o quisesse estrangular.

Monster • MukeWhere stories live. Discover now