12• I would hate to have to pull you back to the surface so deep.

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Bem, você construiu um mundo mágico
Porque sua vida real é trágica
É, você construiu um mundo mágico”

(Brick by Boring Brick - Paramore)

•••♣•••

O que estava ali era mais do que o ar caseiro e o cheiro doce de chocolate, era uma imagem perfeita do desastre.

Michael estava recostado contra a parede do café. Parecia cansado ou até mesmo sentindo dor. Luke não parecia entender o que acontecia, até que ele levantou o rosto e o olhou. Ele não parecia nada animado. Na verdade, parecia distante. Luke andou até ele e sentou a sua frente.

— Você parece que não dorme a dias. — Luke disse.

— Eu só estou com dor de cabeça, nada demais. — Michael respondeu.

Hemmings notou que ele usava um gorro na cabeça. Era um vermelho, do qual ele já o via visto usar antes. Seu moletom junto a touca e o fato de ele puxar as mangas para cobrir seus dedos o deixavam com um ar mais jovem e ansioso. Luke o encarou por um tempo. Não sabia o que falar. Não era a primeira vez que se viram depois do que aconteceu semanas atrás, mas parece que pela primeira vez, a sombra disso passou por eles. Talvez fosse o fato de Michael estar recostado contra a parede puxando a ponta das mangas mesmo sem necessidade, ou o fato de Luke ter começado a roer a unha. Eles sabiam que isso não ia levar a nada, mas não conseguiam evitar.

— Então Arthur Reed falou algo importante? — Michael decide falar. Ele sempre fora mais racional e mais prático. Por isso Ashton sempre pedia conselhos a ele e não ao contrário. Ele sabia medir e ser inteligente a respeito de coisas que muitas pessoas iam deixar pior. — Algo que pode ser produtivo? Espero que ele tenha mandado elogios a respeito dos meus talentos em apagar pessoas.

Luke revirou os olhos.

— Ele com certeza mandou abraços e pediu que fosse lhe dar uma visita na cadeia. — Deu de ombros. — Você não é a pessoa favorita dele, não que faça diferença, de qualquer maneira. Mas ele foi produtivo. Como eu já havia dito, ele acabou falando, não diretamente, claro, que conhece o assassino.

Michael parecia pensar e raciocinar o que Luke falava. Ele funcionava melhor pensando no canto dele, em silêncio. Luke não parecia se importar muito com isso, porque continuou narrando o interrogatório. Clifford assentiu e algumas vezes pedia para Luke repetir algo que ele falava muito embolado.

— Ashton não me disse nada sobre a função de Arthur Reed nos negócios deles, mas comentou que Reed sabia coisas demais. — Michael dizia depois de minutos em silêncio. — Eu poderia perguntar a Tony, mas duvido que ele nos dissesse algo. Ele tem muito medo do que podem fazer com ele e eu não o iria submeter a correr o risco. Mas acho que temos como saber o que fazia sem nos aproximamos da Diamonds ou de qualquer um de lá.

Luke franziu o cenho e assentiu para que continuasse.

— Vamos atrás das famílias. — Afastou-se da parede e manteve-se mais próximo. — Se Alana conhecia Arthur, ela pode ter citado a algum amigo. Se as vítimas todas são do mesmo grupo de amigos, eles também podem conhecer ele. Além de que temos os seguranças do museu. Precisamos ir atrás das pessoas certas. Todos provavelmente estão com medo da máfia, mas acho que podemos conseguir algo.

— E se o fato de Arthur se infiltrar na máfia fosse proposital? — Luke pensa. — Se a máfia não ia querer que se envolvessem com os negócios deles, provavelmente iam fazer com que os rastros fossem cobertos. Ele sendo assassino ou cúmplice, seria perfeito. Ele escolheria garotas que iam a Diamonds ou que tinha ligação com a máfia, no máximo pessoas que vivem em lugares que tem a influência deles. Uma vez que as pessoas fossem ameaçadas a não falar nada e nem mesmo citar algo comprometedor, ele poderia, já que ele está dentro, despistar. Ousado, mas era uma forma mais fácil de encobrir rastros.

Monster • MukeDove le storie prendono vita. Scoprilo ora