25• Something happened

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Eu cresci com um monte de sonhos
Planos de quem quer ser
Nenhum deles, nenhum era meu

{...}

Nunca uso estratégias seguras
Quando vou, eu vou com força”

(Moments — Tove Lo)

•••♣•••

Michael sempre acreditou que as coisas poderiam dar certo. Não é algo a respeito de ser positivo, mas de manter a mente focada, trabalhar mentalmente e acreditar que poderia. É educar a sua mente de que as coisas acontecem se você acredita e fizer acontecer. Ele passou anos aperfeiçoando essa arte, uma vez que quando criança seu mundo foi virado de ponta cabeça.

Ele acreditava que poderia fazer as coisas. Acreditava que poderia descobrir sobre um assassino, poderia segurar as pontas por Tony, por Ashton e por Luke. Michael trabalhava na sua mente formas de convencer a todos os homens da sua vida de que deveriam deixar de ser teimosos. Ele sabia que às vezes pode ser pesado, mas para isso, ele tem uma psicóloga, ele tem alguém que pode o ouvir (Anthony é um ótimo ouvinte quando quer) e tem Ashton que da forma mais estranha do mundo, é o melhor amigo e irmão que ele poderia ter.

Olhando para tela do notebook em seu colo, ele pensou no que poderia fazer para chegar ao ápice de sua pesquisa. Tony estava com a cabeça em seu ombro enquanto comia alguma coisa que cheirava doce demais. Ele era uma criança, literalmente.

— Mike. — Tony o belisca. — Seu celular não para de acender a tela.

Ele olhou e notou o número que havia ignorado a dias. Ele ainda não sabia se tinha cabeça ou estava pronto suficiente para lidar com problemas pessoais. Sua mãe e seu pai o ligavam várias vezes ao dia e mandava mensagens. Karen queria saber se ele poderia conversar com ela, Darryl se ele poderia conversar com Karen. E Michael queria falar com ela. Mas o problema nunca foi sua mãe, mas sim seu esposo, e falar com ela significa ver ele e Michael não quer vê-lo. Não quando sabe que poderia acabar com ele assim que visse o sorriso debochado toda vez que Karen tenta amenizar toda a situação séria. Ele nunca quis matar pessoas mesmo que seu irmão fizesse, mas aquele homem desperta esse sentimento primitivo em Michael e ele o odiava com todas as forças.

— Sua mãe provavelmente sente sua falta. — Tony disse. Ele havia conhecido a família de Michael no dia que seu pai foi visitar os filhos e encontrou um menino com a cara amassada e gritando por Michael pela casa. Demorou meses até que sua família entendesse que eles eram amigos e que Michael o via como irmão. Até lá, a irmã deles vivia atrás de Tony para saber dos podres dos irmãos. — Eu sei que você não quer falar com ele, e sei que você precisa de tempo, até porque meses atrás você estava preso porque bateu nele e sua mãe por muita pressão admitiu que era por defesa, mas ela ainda é a sua mãe. Ela quer você por perto.

— Eu sei. Mas eu não estou pronto para ver ela. — Michael respondeu. — Saber que ela não iria me ajudar e que só admitiu porque a Anne e meu pai falaram com ela ainda me magoa muito. Sei que não é culpa dela, mas eu ainda sou filho dela, eu não faria nada que achasse que a magoaria.

Tony abraçou o amigo e beijou o topo da sua cabeça. Anthony era mais baixo que Michael, mas não se importava com o peso do amigo em cima de si.

— Eu sei que o Ashton já falou com você e a sua psicóloga também, mas você tem de falar com ela, Mike. Eu sei que você tentou a anos e ela te magoou muito, principalmente por ela ter optado por não ter ficado com você quando seus pais se separaram, mas ela pode ter mudado. Não acha?

Monster • MukeWhere stories live. Discover now