10• I know that you missed me, golden button

322 31 224
                                    

E eu não sinto sua falta
Você não está em todas as coisas que eu faço

{...}

Eu não vou ouvir
Quando alguém disser seu nome

{...}

Eu provavelmente tô mentindo pra mim mesmo, de novo”

(Empty Space — James Arthur)


•••♣•••

A manhã inteira havia chovido e definitivamente o dia estava sendo terrível. A semana estava sendo desastrosa e Luke sentia que ia subir nas paredes. Depois que foi visitar a sua mãe e encontrou com Jack na semana anterior, as coisas tomaram um rumo estranho: ele recebia ligações de sua mãe todos os dias — ele anda sendo mais gentil com a senhora, sabia que ela só tinha preocupações de mãe e as vezes, ele era duro demais com ela sendo que a culpa era toda dele —, Jonathan e ele andavam tendo mais tempo juntos, eles começaram a ter um bom diálogo e Luke podia se ver futuramente o tendo como um bom amigo, isso se o noivo o quisesse como amigo depois de tudo — particularmente, ele duvidava muito —, e as coisas estavam estranhamente calmas. Calmas demais.

Michael Clifford não havia aparecido mais na polícia ou o ligado. Às vezes, mandava mensagem dizendo coisas que descobriu a respeito do caso e Luke o respondia. Mas definitivamente ele havia se afastado. E Luke não sabia bem como pensar a respeito. Antes, o que ele mais queria era se livrar de Michael e seus momentos de “sou mais inteligente que você, policial idiota”, mas agora, ele o ajudava com organização de perfil e o trazia informações importantes demais para serem ignoradas.

Mais um motivo do qual você não pode transar com alguém que convive com você, Luke. Principalmente se o cara é alguém que você vê todo dia e ainda por cima é suspeito de um assassinato. Ele dizia a si mesmo durante a semana inteira, da qual não recebeu nem mesmo um sinal de vida do homem além de mensagens distantes.

O mais estranho em toda essa situação é que ele não havia se arrependido do que havia acontecido com Michael. Não se arrependia do que haviam feito, o que geralmente acontecia quando ele traía Jonathan com outras pessoas. Seu arrependimento verdadeiro era com Jonathan, o homem não merecia o que Luke o havia feito durante esse tempo, e imaginar como seria se fosse ao contrário fazia o policial se odiar completamente. Não queria ser Jonathan se fosse ele.

Ele só queria saber por qual motivo Michael, do nada, depois de falar aquilo na última vez que falaram — por chamada — quando Luke ia para casa e Michael disse sobre ele e o Jonathan precisarem de sorte e nunca mais deu sinal de vida.

Luke tinha consciência de que o homem não vivia o tempo todo na sua sombra e que ele ainda tinha um trabalho. Mas se ele insistiu tanto para ajudar no caso, por qual motivo ele sumiria do nada? Pensar nisso fazia a cabeça de Hemmings doer.

O melhor era deixar esse assunto de lado e começar a cuidar do seu caso da forma que devia ter sido feita desde o início: sem Michael Clifford. No fim, ele ainda era um suspeito e quanto mais cedo não começar a confundir as coisas — O que tinha a certeza que já havia feito —, melhor seria.

— Niall! — Gritou assim que saiu de sua sala. O homem saiu de onde estava com um semblante entediado. Não era novidade para ninguém ali que aquela semana o chefe estava simplesmente insuportável. Eles só queriam saber por qual motivo. — Você já tem algo a respeito de Aaron Johnson? Algo que ligue com alguma das vítimas?

Monster • MukeWhere stories live. Discover now