Ambientada na Rússia, Pakhan conta a história de Igor Petrov e sua ascenção a líder da máfia russa. Ele foi criado com um único propósito, tornar-se o mais cruel e impiedoso líder que a máfia já teve. Em sua infância passou por horrores inimaginávei...
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E aos poucos eu vou me desfazendo e me perdendo num mundo que eu não criei, um mundo que fui obrigada a fazer parte.... A ordem natural da vida diz que um ser humano nasce, cresce, se reproduz e depois morre, essa é a ordem natural para qualquer pessoa e em todos os casos as pessoas tem seu livre arbítrio para decidir o que fazer de sua vida. No meu caso meu livre arbítrio foi retirado de mim e minha ordem natural foi decidida por um bando de idiotas que acham que sabem o que é melhor para mim, eu venho de uma longa linhagem de mafiosos, meus decendentes sempre foram fiéis servidores e aliados dos pakhan's da máfia russa ao longo dos tempos e desde sua criação. Quando chegou a vez do meu pai servir ele foi escolhido pelo atual Pakhan para gerar a futura esposa do herdeiro da máfia, eu comecei a ser planejada com esse único propósito ser a esposa de alguém que eu não escolhi. Poucas horas após meu nascimento um contrato de casamento foi assinado pelo Pakhan, meus pais e os principais membros da máfia, o intuito era garantir que esse acordo fosse cumprido no futuro. Quem vive nesse meio sabe que se alguem por qualquer motivo que seja não cumpra um acordo com a máfia pagara com a própria vida, e assim eu cresci sabendo que jamais teria outra alternativa a não ser me casar com o cara que escolheram para mim. Aos nove anos de idade eu comecei meu treinamento como todo filho da máfia e lá tive a oportunidade de conhecer Igor Petrov meu futuro marido, naquela época eu achava legal ter um esposo e vivia chamando ele de maridinho o resultado era sempre alguns arranhões e machucados por conta dos empurrões que ele me dava, eu acho que naquela época vendo todas aquelas merdas de filmes da Disney eu acreditava que Igor seria meu príncipe encantado e que eu seria feliz para sempre, acontece que príncipe encantado não existe e aquelas mulheres das histórias eram na verdade um bando de alienadas subjulgadas por um bando de macho escroto. Estou nesse momento sentada na sacada no meu quarto tomando a segunda garrafa de vodka e lembrando da minha maldita vida, queria tanto voltar no tempo e não ter nascido ou ter vindo um menino porque aí minha vida seria mas fácil hoje em dia... Mas voltando as princesas eu odeio elas porque me fizeram acreditar que tudo seria fácil e que eu seria feliz quando na verdade felicidade não existe, quando eu cheguei na fase da adolescência eu já havia percebido que meu futuro não seria flores e sim espinhos, eu tentei ter algum sentimento por Igor, tentei imaginar que quando nos casássemos ele seria diferente e eu finalmente seria feliz, mas a cada dia que passava ele me maltratava ainda mais e fazia questão de ficar com qualquer garota na minha frente sem ter qualquer consideração ou respeito por mim e isso só fazia meu ódio por ele aumentar a cada dia. A juventude por outro lado é uma fase tão bonita, nela surge o primeiro amor e nela você planeja seu futuro comigo não foi tão diferente assim... Meu primeiro amor surgiu sim mas eu cresci odiando quem eu deveria amar e amando quem eu jamais poderia, e isso me quebrou por dentro a cada dia desde então. O amor proibido nos deixa cegos nos torna insanos e se eu fosse correspondida eu juro que lutaria contra tudo e todos para sair desse inferno que eu vivo mas acho que ele nem sabe que eu existo. Eu poderia passar o resto da noite enumerando detalhes da minha vida inútil mas prefiro ir para minha cama mesmo já que meu último gole de vodka acabou.
