Charles e Keren finalmente solidificam o sentimento intenso e avassalador existente entre eles, então embarcam em viagens conhecendo um pouco do mundo. Não desistem e lutam ao máximo pela vida de Charles, que começa a fazer o tratamento médico com a...
Argentina, Uruguai, China, Japão, Alemanha, Austrália, Dubai e Índia. Todos os países que Charles e eu nesses cinco meses de lua de mel conhecemos, todos tão lindos e com culturas tão ricas. A Índia e China, por exemplo, eu fiquei deslumbrada com as pessoas, o jeito como elas andavam nas ruas, falavam e se comportam. Mas, o melhor de tudo, era ter Charles ali do meu lado, durante as viagens ele continuou tomando os remédios e as injeções mensais e estava respondendo ao tratamento, sem nenhuma crise em meio a todos esses meses após aquele incidente no Brasil. Isso me deixa tão esperançosa, esquecendo essa merda de tempo. Não me esquecerei jamais de nossas transas, em meio a cada país diferente onde deixamos nossas marcas, Charles parecia tão leve e feliz que deixamos de lado nossos fantasmas de Los Angeles, por alguns breves momentos. Entretanto, já era hora de voltar, temos assuntos a tratar em nossa cidade. Minha boca estava salgada e meu estômago se revirava, querendo subir por minha garganta, mas eu respiro fundo e abro a torneira, pegando um pouco de água para jogar atrás de meu pescoço, me sinto tonta, enjoada e com muita dor de cabeça conforte me mexo no banheiro do jatinho de Charles, nesse momento estamos prestes a desembarcar voltando para Los Angeles. Engulo seco tentando controlar meu enjoou, provavelmente deve ter sido causado por alguma comida do hotel em Dubai, eu estava tão desanimada hoje que apenas coloquei um vestido vermelho com bolinhas brancas soltinho indo até o joelho e com mangas ombro a ombro, e um tênis plataforma branco. Deixei meu cabelo meio selvagem em um coque baixo com vários fios soltos e passei uma maquiagem leve, mas mesmo assim não cobria a palidez de meu rosto. Suspirei e saí do banheiro no mesmo instante em que Charles estava entrando no pequeno quartinho do jatinho, então me joguei deitando na pequena cama com meu braço sobre minha testa. Charles andou até mim parecendo preocupado.
- Como está?
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- Ainda enjoada, tonta, cansada e com dor de cabeça. (Explico de olhos fechados).
Sinto o mesmo se sentar à beira da cama.
- Já estamos quase chegando, podemos ir direto ao hospital... (Eu lhe interrompo). - Não, Charles. Não precisa, deve ser só um mau estar por causa da turbulência do avião ou algo comi no hotel em Dubai. (Argumento). - Achei que tu tinha gostado da comida árabe. - Gostei tanto que enjoei e não quero ver mais tão cedo. (Rebato rindo). - Mas até que é bom o... (Eu lhe interrompo sentindo náuseas). - Pelo amor de Deus, não me lembre de nenhum prato árabe ou eu coloco para fora até o bolo de nosso casamento de meses atrás. (Digo com cara de nojo e Charles sorrir). - Vou te deixar descansar um pouco então, qualquer coisa me chama tá.
Meu marido diz e assinto enquanto ele se arqueia dando um beijo delicado em minha testa, depois saí para a salinha e eu fecho os olhos tentando descansar do meu mau estar. [...]
Los Angeles finalmente, como dizem por aí: "Nada melhor do que nosso lar, doce lar". Mesmo ainda meio cansada da viagem e do meu mau estar, eu não parava de olhar para a vista da cidade lá fora, tão calma mas agitada ao mesmo tempo também. Então finalmente nosso carro para em frente a nossa casa, quer dizer, mansão.
