My Love (Meu Amor) - 2° Temporada de My Lord (Meu Senhor)

Capítulo 47

{POV. Charles}

Entramos de braços dados no salão de festa que já estava quase lotado e barulhento pela música e pelas conversas das pessoas. E como em todo ano, a decoração estava maravilhosa com mesas de vidro, flores e luzes decorando tudo, uma pista iluminada em vermelho, lustres enormes fazendo uma explosão de luz, pessoas elegantes sentadas ou em pé expondo suas roupas caríssimas enquanto os garçons iam e viam servindo bebidas e petiscos.

- Incrível como todo ano eles se superam, tudo tão lindo.

Keren disse com os olhos brilhando ao olhar ao nosso redor.

- Dizem que esse ano teremos mais espetáculos e maiores doações. (Comentei).
- Afinal é para isso que estamos aqui né? (Retrucou Keren e sorrimos).

E em nossa direção caminho Dony e Naira em meio a multidão, um casal de parceiros nossos.

- Charles e Keren, que bom que chegaram. (Disse Nayra e elas trocaram um leve beijo nas bochechas).
- Fico feliz em vê-lós também. (Falei apertando a mão de Dony).
- Eles arrasaram na decoração esse ano né? Eu que dei umas dicas. (Naira disse empolgada).
- Eu acabava de falar isso para Charles, o quanto esse ano tá muito mais que lindo que os anteriores. (Falou Keren com elegância).
- E você está tão linda assim gravidinha, meu Deus, parece que não engordou nada. (A loira continou a tagarelar enquanto Dony e eu ficávamos apenas a conversar).
- Graças às minhas médicas que me põem na linha, porque tem vezes que parece que eu estou com um buraco no estômago. E Charles também não facilita, trazendo quase todos os dias um chocolate diferente para mim. (Keren brincou revirando os olhos).
- Tem que agradar a futura mãe dos meus filhos né? (Eu falei lhe puxando para um selinho rápido e todos rimos).
- Ah falando nisso, vocês estão sabendo do último babado da alta sociedade? (Disse Naira e eu uni as sombracelhas confuso). - Magny, mulher de Toy, deu a luz há poucos dias. É uma linda menina dessa vez. (Explicou).
- Ai meu Deus, eu não fazia ideia. Nossa eles devem está muito felizes. (Disse Keren com os olhos brilhando em surpresa e colocou uma das mãos na boca).
- Sim, por isso que esse ano que está recepcionado o evento somos nós. Geralmente é Toy e Magny, mas eles estão em Paris com o bebê ainda recém nascido. (Explicou Dony).
- Temos que ligar para eles rapidamente para dar os parabéns. (Sugeri a Keren).
- E mandar um presente também, não me esqueço do lustre enorme que eles nos mandaram de presente de casamento. (Sugeriu de volta e eu assenti). - Estou muito feliz por eles, também não vejo a hora de ter meu bebê nos braços. (Completou ela).

E eu também, essa nova vida entre nós, a vida que é a maior ligação entre duas pessoas e que será minha chance de acertar em pelo menos alguma coisa na vida. Keren e esse filho são a razão por eu ter escolhido viver, e por eles viverei.
Então ao nosso lado aparecem Ribeiro e Ieda vindo nos cumprimentar a pouco.

- Olá a todos, meus amigos. (Disse Ribeiro dando a mão a todos nós).
- Boa noite. (Falamos em uníssono).
- Estávamos falando nesse momento a novidade para Charles e Keren, sobre o bebê de Toy e Magny que nasceu. Achei que Ieda já havia te contato, Keren, ela sempre sabe de tudo primeiro.

Comentou Naira e eu pude sentir tanto Ieda quanto Keren controlar a tensão.

- Há alguns nós não nos vemos, andei muito ocupada. (Mentiu Keren).
- Mas falando nisso, Keren, queria saber se podemos ter uma palavrinha rápida? (Disse Ieda cautelosa a Keren).
- Claro.

Disse minha esposa deixando meu braço e elas seguiram andado elegantemente até uma mesa mais afastada, e eu me entreolhei rapidamente com Ribeiro que não parceria tão preocupado quanto eu. Talvez ele tenha conversado com a esposa sobre a injusta que havia cometido com Keren.

- Bom, enquanto isso eu vou recepcionar o restante dos convidados. Com licença, cavaleiros. (Naira falou e todo assentimos enquanto ela saía).
- Então, Ribeiro e Charles como está a parceria entre as empresas? Só vejo falar em lucros e mais lucros?

Dony puxou assunto e rimos começando a falar de negócios, mas de vez em quando eu dava uma olhada na mesa onde estava Keren e Ieda.
[...]

{POV. Keren}

Sentamos em uma mesa um pouco mais afastada da multidão de pessoas e eu confesso que estou intrigada com essa aproximação repentina de Ieda.

- Então, o que queria falar? (Eu digo assim que nos sentamos e Ieda suspira).
- Ribeiro conversou comigo há alguns dias, na verdade, ele vem conversando comigo sempre e depois que eu vi aquela sua reportagem, eu que... que eu estava muito errada em ter surtado e te ofendido dentro da sua própria casa. Errei muito como a dama elegante da sociedade que eu sou. (Ieda disse e eu esperei ela continuar). - Eu sempre vive na minha bola comôda, entende. Todos da alta e quando eu vi uma pessoa vindo de baixo como você tinha os mesmo modos de elegância que eu que nasci em berço de ouro, eu fiquei assustada. Confesso, preconceito meu. Mas aí eu descobri que você sempre foi stripper, da pobreza que veio e tudo que passou, eu me senti mau por ter te tratado assim. Por um instante eu cogitei o fato de tu ser uma interesseira. (Completou meio nervosa).
- Todos erramos, Ieda. Como tu disse, tu sempre viveu nessa bolha e agora conheceu alguém que tem os mesmo modos de vocês mas que sabe como o mundo pode ser cruel. Nessa idade, agora que tu viu como é a realidade do mundo de perto. (Falei lhe compreendendo).
- Ah por favor, não revele minha idade. (Brincou ela e nós sorrimos). - Mas eu precisava te explicar isso, te pedir perdão pela idiotice que fiz. Não devia ter te ofendido e nem as suas amigas.
- E eu não devia ter te expulsado daquele jeito da minha casa, tu poderia fazer Ribeiro quebrar a parceria com Charles. (Brinquei e rimos).
- Jamais, Ribeiro sabe muito bem separar o pessoal do professional. (Ponteirou Ieda).
- De todo modo, desculpas por ter te tratado daquele jeito.
- Também te tratei mau, desculpas.
- Amigas novamente? (Perguntei rindo de lado).
- Claro ou tu fica complemente desatualizada dos babados da alta sociedade.

Brincou Ieda e nós rimos enquanto ela se aproximou para um abraço leve mas cheio de afeto por reconciliação.
[...]

Continua...